Blog "Gestão e Negócios Sustentáveis”, de
autoria de Superdotado Álaze Gabriel.
Disponível em http://gestaoenegociossustentaveis.blogspot.com/
LAYOUT MODELO DA PLANTA DO SUPER MX
– TAMANHO AJUSTADO CONFORME A COMERCIALIZAÇÃO
4.3 Capacidade
comercial/serviços
Possuímos seis
lojas de 6.000m² cada uma, sendo 2.000m² para o supermercado, 200m² para cada
drogaria Super MX, 200m² para cada Delivery Super MX, 200m² para o Games MX,
1.600m² o estacionamento, 50m² para o estoque da drogaria, 50m² para o estoque
do delivery, 400m² para o estoque do supermercado, 684m² para os escritórios,
400m² para cada restaurante Super MX, e
216m² para outros fins (toletes, corredores, etc.); operando com 8 check
outs em cada loja, a sociedade mercantil atende a oitenta municípios sulmineiros.
Fazemos cerca de 30 entregas domiciliares por turno por motorista diariamente
em cada uma das seis lojas, perfazendo um total de 60 compras entregues por dia
por cada motorista; sendo dez motoristas por loja, entregamos diariamente 600
compras; sendo, em média, 30 itens por compra, vendemos diariamente cerca de 18
mil itens, semanalmente cerca de 126 mil itens e mensalmente cerca de 504 mil
itens, o equivalente a 60 vezes o número de produtos diferentes disponível em
cada loja, a saber, 8,4 mil produtos.
Cada loja possui
doze carros disponíveis para entregas, sendo um para cada motorista e seu
respectivo ajudante e dois de reserva para caso de imprevistos. A capacidade de
cada um dos veículos é equivalente ao transporte de 30 caixotes grandes de
plástico, suficiente para movimentação de cerca de 15 compras por vez, tendo,
então, de dar aproximadamente duas viagens por turno cada um dos motoristas.
Cada município pólo foi estrategicamente dividido em cinco rotas internas,
estando cada motorista vinculado a apenas uma rota; em caso de necessidade de
auxílio em rota diferente da qual está vinculado, o motorista pode auxiliar seu
companheiros na rota dele, desde que na sua não haja mais serviço algum para
fazer; os municípios pertencentes ao campo de abrangência de cada município
pólo também foram logisticamente divididos em rotas, no intuito de facilitar as
entregas bem como evitar ônus desnecessários à empresa; estão assim divididas
as rotas externas: a) São Lourenço (matriz): rota 1, São Lourenço até Passa
Quatro; rota 2, São Lourenço até Lambari; e rota 3, São Lourenço até Carvalhos;
b) Itajubá (filial 1): rota 1, Itajubá até Wenceslau Bráz; rota 2, Itajubá até
Heliodora; e rota 3, Itajubá até Brasópolis; c) Pouso Alegre (filial 2): rota
1, Pouso Alegre até Ouro Fino; rota 2, Pouso Alegre até Gonçalves; rota 3,
Pouso Alegre até Ipiúna; e rota 4, Pouso Alegre até Careaçu; d) Poços de Caldas
(filial 3): rota 1, Poços até Albertina; rota 2, Poços até Santa Rita de
Caldas; e rota 3, Poços até Cabo Verde; e) Alfenas (filial 4): rota 1, Alfenas até
Monte Belo; rota 2, Alfenas até Divisa Nova; e rota 3, Alfenas até Poço Fundo;
e f) Varginha (filial 5): rota 1, Varginha até Três Pontas; rota 2, Varginha
até Carmo da Cachoeira; rota 3, Varginha até Paraguaçu; e rota 4, Varginha até
Monsenhor Paulo (trajeto Cambuquira). No total são três rotas externas para São
Lourenço, Itajubá, Poços de Caldas e Alfenas e quatro rotas externas para
Varginha e Pouso Alegre. Para cada rota externa há apenas um motorista
vinculado, estando os demais vinculados às rotas internas. O total de
funcionários somando-se meramente os motoristas e seus respectivos ajudantes
são 120.
Cada check out é
responsável pelo atendimento de, em média,
75 compras diárias e, destarte, no mínimo, 75 consumidores por dia.
Segundo pesquisa da AMIS, os consumidores mineiros realizam suas compras no
período vespertino como o utilizado por 95% de todas as donas de casa para
fazerem a denominada “compra do mês” e que o horário do pico supermercadista se
encontra no intervalo das 17:00hs às 19:00hs em praticamente todo o Estado de
Minas Gerais, com raras exceções. Enquanto profissionais competentes, não só
estamos plenamente preparados para atender a essa gigante demanda mas também
prestamos atendimento e produtos de qualidade e melhor preço. Nossos 486
funcionários garantem com competência o atendimento diário de aproximadamente
3.600 consumidores (600 donas de casa, cada uma com um acompanhante). Educamos
nossos consumidores vendendo a prazo máximo de 15 dias; com isso reduzimos
gastos desnecessários, equilibramos o trabalho de nossos funcionários,
atenuamos a inadimplência de 15% para 3% de nossos consumidores.
4.4 Processos
operacionais
Adotamos como modelo de gestão o Balanced
Scorecard - BSC, o qual apresenta as relações de causa e
efeito entre as diversas áreas chave do
negócio e entre estas e o desempenho financeiro como seu grande diferencial em
relação às demais metodologias de gestão existentes. Ademais, a quantidade de
indicadores apresentada pelo BSC não é excessiva; avalia quatro dimensões
principais: a) financeira (ROI); b) clientes (fidelização, satisfação plena);
c) processos de negócios internos (qualidade, competência, melhor preço e
prazo); e aprendizagem e crescimento (otimização do desempenho dos recursos
humanos mediante treinamentos específicos).
Conforme
ilustrado na figura acima, o retorno financeiro depende da plena satisfação dos
consumidores, a qual está diretamente vinculada à qualidade do atendimento e à
produção dos resultados exigíveis no tempo apropriado; esses, por sua vez, são
consequências do trabalho de profissionais competentes, completamente treinados
e preparados para o cumprimento de suas atribuições bem como para a solução de
quaisquer que sejam os problemas em âmbito organizacional.
4.5 Política
de recursos humanos
A política de
recursos humanos do Super MX é pautada nos valores organizacionais, tais como a
transparência, a justiça, o respeito e a competência. Por isso, para cada tipo
de stakeholder adotamos atitudes apropriadamente personalizadas. Para os
stakeholders internos criamos e implantamos um Plano de Carreira completo,
transparente e alcançável, do conhecimento de todos. Aplicamos nele o
downsizing, o qual consiste na redução de níveis hierárquicos da organização no
intuito de manter o essencial e a aproximação da base em relação à cúpula
(direção), acompanhado da descentralização do processo de tomada de decisões
para os níveis inferiores da pirâmide hierárquica da mesma (LIMA, 1996).
Alinhamos todos os cargos às suas respectivas atribuições e remunerações;
adotamos como avaliação de desempenho a gestão HIT, realizada a partir de
questionários de mensuração do DIG relativo mensal e DIG real trimestral de
todos os funcionários bem como do DC e do DO; Nota: DIG alude-se ao Desempenho
Individual Geral, DC é o Desempenho Coletivo e DO o Desempenho Organizacional.
Os critérios de
bonificações, premiações e promoções são igualmente justos e transparentes a
todos os stakeholders internos. Todos os funcionários que satisfazem os
requisitos ideais de seu respectivo cargo passam a auferir a gratificação de
desempenho I equivalente a 10% de aumento; aqueles que satisfazem os requisitos
promocionais ou são promovidos – quando houver vaga disponível – ou passam a
auferir a gratificação de desempenho II equivalente a mais 20% de aumento.
Todos recebem, além do piso salarial comercial de seu cargo acrescido de seus
adicionais de direito (no Super MX somente insalubridade, auxílio-transporte,
salário-família e horas extras), o auxílio-alimentação equivalente a R$154,00 –
a partir do quarto mês de atuação (após o contrato de experiência), o plano de
saúde Unimed, o plano odontológico Sisdent – ambos os planos após o quarto mês
de atuação – e o peru natalino. O uniforme é concedido no primeiro dia de
atuação.
O contrato de
trabalho é regido primariamente pela Constituição Federativa Brasileira de
05/10/88 e, logo em seguida, pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, a
qual concede aos celetistas os seguintes encargos trabalhistas: salário (jamais
inferior ao mínimo) acrescido dos seus respectivos adicionais (insalubridade,
penosidade, periculosidade, noturno, horas extras, salário-família)
descontando-se os encargos previdenciários (INSS), faltas, danos empresariais,
pensão alimentícia e encargos já quitados e, além desses: FGTS proporcional,
13° salário proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3, aviso prévio
equivalente a um salário mínimo mais 3/30 por ano a partir do segundo ano de
atuação (exceto em demissão por justa causa ou por solicitação do funcionário),
todos esses por parte da empresa; o funcionário ainda pode pleitear o
seguro-desemprego a partir de seis meses de atuação (inclui o aviso) e o seu
abono salarial caso satisfaça os requisitos mínimos do Programa de Integração
Social – PIS. Ademais, fornecemos treinamentos corporativos no CTES MX – Centro
de Treinamentos Empresariais Supermercadistas do MX, quitamos 50% da graduação
de nossos funcionários universitários e incentivamo-los a realizarem cursos da
AMIS – Associação Mineira Supermercadista – em virtude de sermos associados da
mesma. Adotamos o modelo de liderança multicultural (situacional) de Paul
Hersey e Kennedy Blanchard (1986) para com nossos stakeholders; treinamos todos
os gerentes e supervisores segundo a mesma. Somos muito flexíveis quanto à
recepção de sugestões de melhorias provenientes de qualquer stakeholder, seja
ele interno, intermediário ou externo. No nosso Plano de Carreira fizemos
questão de mencionar não somente os cargos com suas respectivas atribuições e
remunerações, mas também os procedimentos e prazos para promoções,
bonificações, premiações; especificamos clara e assertivamente as maneiras de
crescimento vertical e horizontal empresarial, assim como definimos expressões
tais quais plano de carreira, carreira, cargo, piso salarial, nível, grau, promoção,
progressão, avaliação de desempenho, DIG, DC e DO. Ademais, criamos o Regimento
Interno para os stakeholders internos como um manual prático da conduta diária
exigida pela organização para cada um deles. Não obstante, o Código de Ética
Profissional que também criamos e implantamos visa nortear todas as ações,
evidentemente de uma forma geral, de todos os stakeholders, inclusive os
externos, como os demais não incluídos no Plano de Carreira, composto pelo
Plano de Caros e Salários, pelo Organograma Funcional e pelo Regimento Interno,
conforme plenamente explanados nos próximos subsubtópicos. Em nossa gestão
aplicamos a técnica denominada Kaisen, a qual consiste nos esforços sistemáticos
e contínuos no qual todas na organização contribuem para que lucratividade, a qualidade do produto e o
prazo de entrega do mesmo ao cliente sejam constantemente melhorados.
Como
empresa seríssima no que tange à liderança competente e cooperação mútua entre
líderes e liderados, para a elaboração, promulgação e implantação do Plano de
Carreira, do Regimento Interno bem como do Código de Ética Profissional,
tomamos por base o que se segue:
“O código de
ética de uma instituição seja ela governo, empresa, ou ONG - Organização não
governamental, teoricamente só pode ser vantajoso para os seus vários públicos
com os quais interage, eis que fortalece a imagem da organização”.
“Enquanto
muitos executivos apenas vêem um modismo capaz de capitalizar benefícios ou dividendos,
outros têm se desdobrado para criar um instrumento genuíno, com adesão
voluntária de todos os integrantes da organização, incorporando de maneira
natural e profissional os princípios éticos da instituição. A adoção de um
código de ética é uma ótima oportunidade de aumentar a integração entre os
funcionários da empresa e estimular o comprometimento deles. Ademais, o código
de ética permite a uniformização de critérios na empresa, dando respaldo para
aqueles que devem tomar decisões. Serve de parâmetro para a solução dos
conflitos. Protege, de um lado, o trabalhador que se apóia na cultura da
empresa refletida nas disposições do código. De outro lado, serve de respaldo
para a empresa, por ocasião da solução de problemas de desvio de conduta de algum
colaborador, acionista, fornecedor, ou outros”.
“O código de
ética costuma trazer para a empresa harmonia, ordem transparência,
tranqüilidade, em razão dos referenciais que cria, deixando um lastro
decorrente do cumprimento de sua missão e de seus compromissos. É absolutamente
imprescindível que haja consistência e coerência entre o que está disposto no
código de ética e o que se vive na organização. Caso contrário, ficaria patente
uma falsidade que desfaz toda a imagem que a empresa pretende transmitir ao seu
público. Essa é a grande desvantagem do código de ética”.
“Há, ainda,
aqueles que, considerando que a consciência ética dos integrantes de uma
organização, desde os mais altos executivos até o mais simples funcionário, é
um patrimônio do indivíduo, defendem a desnecessidade de se implantar códigos
de ética, já que a atuação de cada um propiciará, por via de conseqüência, um
ambiente ético”.
“Com efeito, a
conduta ética das empresas é o reflexo da conduta de seus profissionais. Tal
conduta não se limita ao mero cumprimento da legislação, sendo o resultado da
soma dos princípios morais de cada um de seus integrantes. Assim como a
educação, a ética vem do berço. A conduta ética, portanto, que se espera das
empresas vai muito além do simples cumprimento da lei, mesmo porque, pode haver
leis que sejam antiéticas ou imorais. Importa que os homens de negócios sejam
bem formados, que os profissionais sejam treinados, pois o cerne da questão
está na formação pessoal. Caso contrário, a implantação do código de ética será
inócua”.
Fonte:
Vieira, Ricardo Bezerra C. Pós-doutorado em Administração Empresarial. Normas
Disciplinares Organizacionais Internas. 2010.
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