sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Modelo de Análise Mercadológica Supermercadista - PN Completo - Parte 4



Blog "Gestão e Negócios Sustentáveis”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.



3.2 Estudo dos consumidores
  
       MERCADO CONSUMIDOR BRASILEIRO ATUAL

Estudo exclusivo da Latin Panel para Super Hiper, intitulado “O sonho do brasileiro pode estar na sua loja”, mostra o que o consumidor faria se o seu poder aquisitivo fosse ampliado, quais categorias passaria a comprar, e as marcas mais valorizadas por ele que entrariam no seu carrinho de compras.
Se a renda melhorasse, o que fariam os brasileiros? Conforme responderam à pesquisa, alguns reformariam ou construiriam casas, outros pagariam dívidas ou poupariam e 24% comprariam. Poucas categorias de produtos têm presença constante em 100% dos lares do País. Porém, à medida que o poder de compra da população se amplia, é nos alimentos, bebidas, itens de higiene e beleza, limpeza doméstica e, não poderia deixar de ser, nos eletroeletrônicos que estão as principais oportunidades de crescimento nas vendas. Enfim, boa parte dos sonhos de consumo do brasileiro está nos supermercados, principalmente nos produtos que oferecem atributos como praticidade, conveniência, diversificação, saudabilidade e tecnologia.

Mas a pergunta importante para os empresários de supermercados é: O que os consumidores comprariam? O estudo mostra que dos 25% da população predispostos a gastar, 24% comprariam mais alimentos e 39% comprariam mais eletroeletrônicos ou eletrodomésticos, entre outros bens (veja quadro).


           MERCADO CONSUMIDOR POR CATEGORIAS


Estudo Super Hiper/Latin Panel sobre Gerenciamento por Categoria na Ótica do Consumidor mostra quem dita as regras do seu negócio, ou seja, o shopper, e como ele se relaciona com as categorias de produtos que você comercializa. Dessa forma, é possível criar estratégias mais assertivas. Ao partir da máxima de que o supermercado, independentemente de tamanho e localização, precisa facilitar a vida de seu cliente, oferecer o que ele procura e ainda estimulá-lo a comprar mais em seu estabelecimento, faz-se necessário identificar quem é o seu shopper (comprador) e qual é a relação dele com as categorias de produtos.
Com base nessas necessidades, o Estudo Super Hiper/Latin Panel sobre Gerenciamento por Categoria na Ótica do Consumidor, apresentado nesta edição, busca oferecer aos supermercadistas respostas para aproveitarem oportunidades baseadas na análise da sua loja, para saber se está oferecendo aos respectivos consumidores as soluções adequadas ao seu negócio. O fato é que os gastos totais com alimentação dentro do lar cresceram 15%, segundo a Latin Panel em um cenário conturbado, pois a crise financeira, que se agravou em 2008, atingiu diversos setores, mas o autosserviço alimentar não sentiu tanto esse impacto.
“Por isso, não perder oportunidades e ser mais assertivo de acordo com os diferentes formatos de loja e regiões é vital para sobressair à concorrência. Hoje, mais do que vender produtos, é preciso vender soluções para o seu cliente e da forma correta”, define a diretora de Retail & Shopper Insights da Latin Panel, Fátima Merlin. Ela acrescenta que o caminho é saber qual é a relação do shopper com as principais categorias: como ele as compra; com que frequência, qual é o desembolso que faz com cada categoria, em que período do mês as compra e como quer encontrá-las.
Com todas essas informações, é possível interpretar as dicas que seu cliente lhe dá e gerenciar melhor o sortimento, fazer mudanças no layout da área de vendas da loja, seguir um planograma e desenvolver ações promocionais e de merchandising.
Não é à toa que, a partir da necessidade de responder de forma eficiente a todas essas questões, o gerenciamento por categoria passou a fazer parte do dia a dia principalmente dos grandes varejistas e fornecedores, a partir de 1997, quando o ECR Brasil trouxe essa ferramenta para cá. Depois dos projetos-piloto e da implementação das ações, ficou provada a sua eficiência e médias e pequenas empresas também podem aplicá-lo.
Segundo o superintendente do ECR Brasil, Claudio Czapski, o estágio atual do gerenciamento por categoria é de oferecer soluções de compra para o shopper. “Isto cabe para todo o formato de loja, independentemente do porte e da sua localização. O que deve ser levado em conta é o perfil, hábito e comportamento de cada grupo de compradores”, explica.
Para oferecer soluções de compra de matinais, por exemplo, é preciso pensar um novo layout da loja, a disposição de produtos e o sortimento correto, mas antes de tudo conhecer a dinâmica do shopper. O ponto de partida para realizar o gerenciamento por categoria é estudar o seu negócio e implementá-lo sobre bases bem sólidas, formadas por uma série de ações adotadas dentro de cada loja, seguindo um cronograma de práticas muito importantes, como: análise de Informações Internas – Para saber como estão o giro, os estoques, os itens, a lucratividade, etc; pesquisa com clientes – Para identificar os hábitos, as necessidades e o comportamento do consumidor na loja; pesquisa de fluxo – Para saber como o consumidor se movimenta na loja e para avaliar a melhor forma de organizar e expor as categorias de maior lucratividade na rota que ele faz; análise da dinâmica da loja – Para identificar oportunidades pontuais, com mudanças no layout, nos espaços, na logística, etc; análise de sortimento – Para identificar e mapear o sortimento ideal de produtos que vão proporcionar solução de compra para o cliente da loja.
Além dessas ações, o varejista também deve criar mecanismos operacionais que facilitem o gerenciamento por categoria, com probabilidades bem maiores de ele se tornar um sucesso: criar um Cartão de Metas, para medir e monitorar o desempenho da categoria em função dos objetivos estabelecidos por sua loja e pela indústria; usar intensivamente a tecnologia da informação para dar apoio a decisões, análises e controle de desempenho de cada categoria; definir as funções dos gestores das categorias; padronizar a comunicação em toda a loja, da diretoria ao chão de loja; definir com muita clareza a posição dos gestores no organograma da empresa; fazer parcerias fortes e efetivas com o fornecedor (indústria, atacadista, central de negócios); desenvolver estratégias para oferecer valor ao shopper; ter um processo estruturado de atividades organizadas pela indústria, que tenha foco na implantação de um plano de negócios para a categoria.

MERCADO CONSUMIDOR MINEIRO ATUAL

O supermercadista mineiro sabe o que o seu consumidor deseja encontrar na loja? Sabe que seções mais o agradam? Quais delas estão manchando a imagem da loja? Que fatores levam o consumidor a escolher o supermercado para fazer compras?
Essas são algumas das perguntas respondidas por 1003 consumidores responsáveis pelas compras da casa, entrevistados pelo Instituto Fides, nos dias 12 a 20 de setembro, em pesquisa encomendada pela Associação Mineira de Supermercados (AMIS) e divulgada durante a 23ª Superminas.
As cidades escolhidas para retratar os hábitos do consumidor no Estado foram Belo Horizonte, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Poços de Caldas e Uberlândia. A margem de erro da pesquisa é de 3,20% e o intervalo de confiança de 95,6%.

PERTO DE CASA

A pesquisa “Hábitos de frequência em supermercados” revelou que a população de Belo Horizonte está mais propensa a escolher o supermercado pela proximidade da residência do que nas outras cidades. Na capital, 27,9% dos entrevistados disseram que o fator para a escolha de um supermercado é a “proximidade da residência”. Este resultado é parecido com o de Poços de Caldas, onde 26,2% afirmaram a mesma coisa.
A proximidade de casa tem menos efeito na escolha do supermercado nas outras cidades pesquisadas. O resultado em Uberlândia foi de 14,2%, enquanto em Juiz de Fora foi de 10,7%, em Montes Claros, 10,5% e Governador Valadares é onde as pessoas menos valorizam a loja de vizinhança. Lá, 9,5% das pessoas pesquisadas disseram escolher um supermercado por ele se localizar perto da residência.
No entanto, quando perguntados que fatores influenciam na escolha do supermercado, Governador Valadares foi a cidade em que as pessoas mais disseram levar em conta o fator “menores preços”, com 46,9% das respostas.
A segunda cidade em que mais se valoriza o preço baixo é Uberlândia, com 40,4% das respostas, seguida de Montes Claros, 38%; Juiz de Fora, 36,7%, Poços de Caldas, 26,7% e, por último, Belo Horizonte, com 32% das respostas.

PADARIA, AÇOUGUE E FLV

A pesquisa da AMIS/Fides mostra que os supermercados têm um grande desafio, mas com muito potencial de conquista do consumidor. É que 78,3% dos entrevistados afirmaram que compram pães e confeitaria em geral em panificadoras/padarias e 19,5% dos entrevistados disseram comprar esses produtos nos supermercados.
Outra categoria de produto que os supermercados ainda não conseguiram conquistar a maior fatia dos consumidores são as frutas e verduras. Enquanto 38,6% das pessoas compram hortigranjeiros em supermercados, os sacolões são os locais preferidos por 43% dos entrevistados. Deve ser ressaltado também o papel das feiras que têm a preferência de 15,4% das pessoas responsáveis pelas compras do lar.
Quando o assunto é a compra de carnes, vem outra “pedra no sapato” do supermercadista. Se 41,6% dos entrevistados responderam que compram carne em supermercados, 46,1% disseram que preferem os açougues. A pesquisa mostra também que 1,5% dos entrevistados não compram carne. Sem detalhar, no entanto, se por hábitos alimentares ou por questões socioeconômicas.


IMAGEM BOA

A pesquisa quis saber que imagem, isto é, o que os consumidores pensam da “instituição” supermercado. O resultado foi animador para o segmento. Para 84% das pessoas entrevistadas, a imagem dos supermercados em geral é boa ou ótima. Detalhando mais, chegou-se aos percentuais de 72% que afirmaram que a imagem é boa e 12% disseram que é ótima. “Não tenho dados para comparar, mas quando a gente faz pesquisa para outras empresas, nunca vi atingir um percentual desses” relata o diretor-superintendente do Instituto Fides, Juércio Magalhães Gomes. “É um número bastante positivo”, ressalta.
Na mesma pergunta, 14% dos entrevistados disseram ser regular e para 2% a imagem dos supermercados é ruim ou péssima. Os motivos para esta última avaliação são justificados por “atendimento precário” e “preços abusivos”.

BAIRRISMO

Se a imagem dos supermercados em geral é positiva, dos mais próximos são ainda mais privilegiados nesse quesito. As pessoas pesquisadas se mostraram “bairristas” para avaliar as lojas de sua cidade. Quando questionados sobre que supermercados são melhores se os da região ou de outras partes do Estado, as respostas foram as seguintes: 49% dos entrevistados disseram que os supermercados de sua região são os melhores, enquanto 4,8% disseram que são iguais e 28,5% não souberam avaliar. Para 16,7%, as lojas de sua cidade são piores quando comparadas às de outras regiões.

ATENDIMENTO E LOJAS

Outro alento para a direção de lojas supermercadistas diz respeito ao atendimento. Para 87,9% dos pesquisados, o atendimento dos funcionários dos supermercados atendem às expectativas dos consumidores e 29,5% disseram que o atendimento melhorou em relação ao último ano. Já para 65,3%, o nível de atendimento nas lojas se manteve em relação ao ano passado.
Para 5% das pessoas, o atendimento piorou. Os consumidores estão satisfeitos também em relação aos equipamentos disponibilizados nas lojas. Essa resposta veio de 75,8% das pessoas. Para 18,9%, os equipamentos satisfazem parcialmente as expectativas e para 2,7% superam as expectativas.
A pesquisa mostrou também a satisfação dos consumidores em relação às seções das lojas. Para 36% deles, não há seção do supermercado que não satisfaça. Esse número é 63,63% maior do que os 22% entrevistados em 2008 e que disseram que não há insatisfação quanto às seções das lojas. Em 2008, 22% disseram que não sabiam ou não quiseram responder a essa pergunta. Já neste ano de 2009, o consumidor está mais opinativo e mais decidido, já que o número caiu para 6%.

CARNES

A pesquisa avaliou o que os compradores em supermercados acham do açougue e peixaria (as seções foram incluídas em uma única), padaria, hortifrútis, bebidas, enfim. Além de ouvir a opinião dos consumidores sobre as seções, comparou com pesquisa encomendada pela AMIS e realizada pelo Instituto Ver em outubro do ano passado.
O resultado geral foi positivo, mas deixou os supermercadistas em alerta em relação à seção de açougue e peixaria. Enquanto cresceu de 22% para 36% a fatia de entrevistados respondentes que as seções de supermercados satisfazem suas expectativas, a insatisfação com o açougue/peixaria também cresceu. Em 2008, 9% dos entrevistados estavam insatisfeitos com essa seção. Na pesquisa deste ano, o número passou para 21%.
Segundo o médico veterinário e especialista em treinamento no setor de açougue Arnould Andrade Trigo a carne é um item importante na fidelização do cliente quando atende aos quesitos de preço, exposição, sortimento, qualidade, qualificação profissional e segurança alimentar. “Entretanto, quando um destes parâmetros fica a desejar, a tendência é o cliente rejeitar o açougue da loja, porque a compra de carne é um processo de confiança e precisamos gerá-la em nossos clientes”, alerta.
Quanto à opção do consumidor pelo açougue que não está dentro do supermercado, Arnould concorda que realmente é um número alto, mas que é uma questão de trabalho a ser desenvolvido. “Geralmente os açougues de bairro estão focados somente na venda de carnes, mas isto não deveria ser um empecilho para que os supermercados ganhassem mais mercado, pois o consumidor prefere tudo sob o mesmo teto e busca uma carne com frescor e macia, independentemente do corte” observa.

BEBIDAS

Já a seção de bebidas demonstrou que a cada dia agrada mais aos consumidores. O investimento em leiaute, mix e em melhoria geral fez a percepção positiva dos consumidores triplicar em um ano. Em 2008, a seção foi apontada como a “que menos satisfaz as expectativas” por 12% dos entrevistados. Neste ano, o número caiu para 4%. A queda na percepção negativa ocorreu também no setor de higiene e beleza, só que em proporção ainda maior do que ocorreu na seção de bebidas: passou de 8% para 2% no mesmo período. A seção de frios e laticínios caiu de 5% para 3%. Isto é, também está agradando mais. Já a padaria se manteve estável em 2%.

FRENTE DE CAIXA

Mesmo que a dimensão de uma loja seja, muitas vezes, medida pelo seu número de check outs, isso ainda não quer dizer que o atendimento no caixa agrada ao consumidor. Pelo contrário. As filas e a demora no caixa continuam liderando as reclamações de quem vai ao supermercado. Para 63% dos entrevistados esses são os “fatores negativos” das lojas. O item “preços abusivos” ficou com 7% e “mau atendimento”, com 5,4%.

CONTAS

Na pergunta “o que os supermercados deveriam oferecer, mas não oferecem?” as respostas foram variadas. Para 34,5% das pessoas, os supermercados deveriam oferecer maior número de caixas. Os serviços de pagamentos de contas foram sugeridos por 14,1% dos pesquisados. Para 12,3% dos consumidores, os supermercados deveriam oferecer serviços de empacotador.
Avaliando os dados por cidade, a maior demanda por “pagamento de contas” foi verificada em Uberlândia. Lá, 24% dos consumidores gostariam de contar com esse serviço nos supermercados. Em segundo lugar, veio Poços de Caldas com 18%; Montes Claros, 8%; Belo Horizonte, 6%; Juiz de Fora 3% e em Governador Valadares apenas 1% dos entrevistados gostariam de contar com os serviços de pagamento de conta nos supermercados. A pesquisa não apontou se o consumidor realmente não precisa desse serviço ou se já está muito bem serviço e sem o que reclamar.
Para o diretor do supermercado Martins Andrade, Antônio Martins Andrade, a resposta é porque o consumidor está bem atendido com esse serviço na cidade. “Se não tivesse, com certeza ele iria reclamar”. O supermercadista lembra que Governador Valadares concentra muitas lotéricas, bancos e o serviço de recebimento de contas nas lojas do varejo em geral. Mas há outro fator para justificar a resposta. “É também uma questão cultural. O consumidor ainda vai ao supermercado para fazer compras e não pagar conta. Às vezes ele faz a compra na loja e em seguida vai à lotérica pagar contas”, disse.

ENTREGAS

Quando o assunto é a entrega das compras, 92% dos entrevistados disseram ser um serviço importante e 5% disseram o contrário. Porém, mesmo ressaltando a relevância do serviço, 60% dos consumidores disseram não o utilizar. Já 39% dos entrevistados optam pelo serviço.

VARIEDADE DE PRODUTOS

O consumidor aprovou também o mix de produtos vendidos nos supermercados mineiros. Para 78% dos entrevistados, a variedade de produtos comercializada nas lojas supermercadistas é boa e 8% disseram ser ótima. A avaliação teve ainda 10% de respostas com “regular” e 4% dos consumidores disseram que é ruim. Já a qualidade desses produtos “satisfaz” 79% dos consumidores, “supera as expectativas” de 2,7% e “satisfaz parcialmente” a 16% dos entrevistados. A qualidade dos produtos vendidos em supermercados “não satisfaz as expectativas” de 2,5% dos compradores.

PREÇO X QUALIDADE

Para escolher os produtos adquiridos em lojas supermercadistas, os consumidores levam em contar dois fatores primordiais. Mesmo que eles sejam conflitantes, o consumidor leva em conta preço e qualidade. O primeiro foi respondido por 48% dos entrevistados, enquanto 45,5% dos consumidores escolhem um produto pela qualidade e 6,1% levam em conta a marca. Quem mais opta por preço dos produtos (quando confrontado com a qualidade) são os consumidores de Poços de Caldas, com 69% e o menor número está em Belo Horizonte, com 42%. “Há uma concorrência muito grande na cidade e isso acaba nivelando os preços por baixo”, justifica o diretor do Supermercado Super Vale, em Poços de Caldas, Marcio Roberto Oliveira, concordando com a pesquisa. Nas demais cidades, o fator preço tem o seguinte peso na hora da compra: Montes Claros, 43%; Uberlândia, 46%; Governador Valadares, 55% e Juiz de Fora com 65%. Quando o assunto é a qualidade do produto como fator decisivo, o ranking das cidades ficou da seguinte forma: quem mais valoriza esse quesito é a população da capital, com 52%. Em sequência vem Uberlândia, com 48%; Montes Claros, 46%; Governador Valadares, 40%; Juiz de Fora, 30% e quem menos valoriza a qualidade, de acordo com a pesquisa é a população de Poços de Caldas, com 25%, o que corrobora a afirmação de que é o consumidor que mais quer preço baixo.

MARCA

Em se tratando da marca, Belo Horizonte, Poços de Caldas e Uberlândia tiveram 6% como resposta. Governador Valadares e Juiz de Fora, 5% e Montes Claros tem a população que mais valoriza a marca na hora da compra: 11%. Durante a pesquisa, foram ouvidas opiniões de consumidores sobre o hábito de compra de produtos como café, vinho, cerveja, refrigerante, massas. Na hora de escolher produtos de higiene e limpeza tanto pessoal quanto para a casa, o consumidor confirmou o que já poderia ser previsível. Quando se trata da casa, 40,9% optam pelo preço e 46,7% pela qualidade. No entanto, quando é para a higiene pessoal, o fator qualidade sobe para 60,1% e preço cai para 26,7%. Isto é, para cuidar do próprio corpo e da saúde não se pode visar apenas o preço.

 SUPER HIPER – EDIÇÃO DE MAIO DE 2009 – MATÉRIA COMPLETA

PIB cresce 2,7% em 2011 e BC reduz ainda mais a Selic 18/04/2012 15:29:37

“Os juros mais baixos ajudam a estimular a economia e também a diminuir a atratividade da moeda brasileira em tempos de “tsunami monetário” e a conter a desvalorização do dólar. Nos últimos três anos, os países desenvolvidos injetaram na economia global mais de US$ 3 trilhões. Somente nos últimos três meses foram US$ 1,4 trilhão”. Por Flávio Tayra - Gerente do Departamento de Economia e Pesquisa da Abras

No início do ano passado, o governo brasileiro estimava a expansão do PIB em 5%. Os analistas do mercado, um pouco mais cautelosos, calculavam que seria de 4,5%. Mas a perspectiva de inflação acima da meta (que no final ficou em 6,50%, seu ponto superior extremo) fez com que medidas restritivas fossem baixadas. O mau momento das economias europeias, evidenciada pela crise grega, também ajudou a pôr por terra as previsões iniciais.
No final das contas, o PIB brasileiro alcançou R$ 4,143 trilhões e cresceu 2,7% em 2011, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda que bem inferior à projeção do governo no início do ano passado, o resultado pode ser considerado positivo. Segundo o IBGE, o desempenho da economia em 2011 foi puxado pelo consumo das famílias, que teve expansão de 4,1% em relação a 2010. Também tiveram bons resultados os setores agropecuário, com crescimento de 3,9%, e o de serviços, com 2,7%.
No setor industrial, o desempenho foi pior, com crescimento de 1,6%, puxado pelos setores de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,8%) e da construção civil (3,6%). Em compensação, a indústria de transformação ficou praticamente estagnada em relação a 2010, tendo crescido apenas 0,1%.
Queda da taxa de juros – O baixo ritmo de crescimento no quarto trimestre se mantém no início de 2012 e contribuiu na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central – em sua reunião de 7/3 – de baixar ainda mais a taxa básica de juros da economia brasileira de 10,5% ao ano para 9,75% ao ano, um corte de 0,75 ponto percentual, a maior redução de juros desde junho de 2009.
Com a decisão, a autoridade monetária acelerou o processo de redução da taxa Selic, iniciado em agosto do ano passado. Mesmo acelerando o ritmo de corte dos juros e baixando-os para um patamar abaixo de 10% ao ano, a taxa de juros real brasileira ainda continua alta se comparada à de outros países. Os juros reais estão, atualmente, após o corte de 0,75 ponto percentual na Selic, em cerca de 4,2% ao ano.
Além do baixo crescimento do PIB, uma série de fatores possibilitou ao Banco Central prosseguir baixando os juros neste mês. A crise financeira internacional, que impacta para baixo o nível de atividade da economia brasileira e mundial, juntamente com o recuo dos preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional), tendem a gerar menos pressões inflacionárias no Brasil – possibilitando a continuidade dos cortes nos juros por parte do BC.
Tsunami monetário – Outro fator é a guerra cambial atualmente em curso (que a presidente Dilma Rousseff chamou de “tsunami monetário”), com a injeção de quase R$ 9 trilhões nos mercados financeiros por parte dos BCs dos países mais desenvolvidos (Estados Unidos e Europa principalmente) nos últimos três anos. Somente no começo de março, o Banco Central Europeu colocou no mercado US$ 712 bilhões em empréstimos de longo prazo. Em dezembro de 2011, outros US$ 658 bilhões já haviam sido colocados. Tendencialmente, parte destes recursos buscaria as economias emergentes, como o Brasil, que ainda possuem juros elevados e registram crescimento econômico mais elevado do que os países centrais. Com juros mais baixos, haveria um menor estímulo para o ingresso de recursos na economia brasileira e isso poderia aliviar a pressão pela queda do dólar, fator que facilita as importações e destrói a competitividade das exportações.
Para o decorrer do ano, a perspectiva é de que a economia brasileira volte a apresentar maior aceleração a partir do segundo trimestre, dado que vários fatores macroeconômicos deverão começar a surtir efeito, como os efeitos defasados das quedas de juros, o aumento do salário mínimo, os programas setoriais de estímulo à indústria e à construção civil, o aumento previsto nos investimentos públicos (induzindo as inversões privadas). Segundo o Boletim Focus de 9/3, o mercado projeta 3,3% para o crescimento do PIB em 2012.

AUTOSSERVIÇO COMEÇA BEM O ANO

O ano começou positivo para o setor de autosserviço. As vendas reais do setor supermercadista em janeiro de 2012 cresceram 3,84%, em relação a janeiro de 2011, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, apurado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Na comparação com dezembro passado, houve uma queda real de -19,36%. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE. Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras apresentou crescimento de 10,30% em relação ao mesmo mês do ano anterior e queda de -18,91% sobre o mês anterior.
A queda apurada em relação a dezembro é mais do que esperada, afinal, por ocasião das festas de final de ano, dezembro é o mês mais forte em vendas para o setor. O número de janeiro vai ao encontro das expectativas da Abras, que projeta um crescimento real em torno de 3,5% a 4% para o ano de 2012. Para o resultado de janeiro, contribuiu fortemente a manutenção do nível de atividade econômica do País, com a menor taxa de desemprego para um mês de janeiro desde 2002 e também o crescimento da massa salarial do trabalhador, que cresceu 3,6% na comparação com janeiro de 2011.
Abrasmercado – Em janeiro, o Abrasmercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, analisada pela GFK, apresentou queda de -0,55%, em relação a dezembro de 2011. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o Abrasmercado apresentou alta de 4,25%, passando de R$ 303,97 para R$ 316,88.
Os produtos com as maiores altas em janeiro, na comparação com o mês anterior, foram: tomate, com 9,97%; cebola, com 8,85%; e feijão, com 6,23%. Já os produtos com as maiores quedas foram: leite em pó integral, com -3,27%; frango congelado, com -2,62%; e leite longa vida, com -2,48%.
Produto com importante peso na cesta, o leite apresentou até setembro/2011 aumento sucessivo de preços e desde então vê seus valores diminuir gradativamente. A tendência, porém, é de reversão dos preços, pois a seca na Região Sul diminuiu a sua produção e em fevereiro o preço já subiu no atacado, o que deverá provavelmente se refletir no varejo em fevereiro.
Em relação ao frango, verificou-se uma oferta maior deste produto no mercado, fazendo com que seu preço no varejo fosse reduzido. O principal fator de impacto foi a redução do preço na carne bovina, o que contribuiu para aumento de estoques em aves, com sua consequente redução de preços. Os preços dos frangos subiram de julho a dezembro/2011. No acumulado de 12 meses, registra alta de 1,44%.




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