Blog "Gestão e Negócios Sustentáveis", de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.
Disponível em http://gestaoenegociossustentaveis.blogspot.com.br/
PLANO DE NEGÓCIOS
– PN
O
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, entidade governamental
(social) autônoma cuja missão é promover
a competitividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas
e fomentar o empreendedorismo, define o Plano de Negócios por “um
documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais passos
devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos
e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros
no papel, ao invés de cometê-los no mercado”.
O
PN – Plano de Negócios – deveria ser o primeiro exercício de planejamento da
constituição organizacional, sempre antecedendo a sua abertura e funcionamento.
Entretanto,
segundo pesquisa realizada pelo SEBRAE, em 2004, a cada ano, nasce cerca de 500
mil empresas no país, o que é um número considerável, sendo que 49,4% delas encerram
as atividades com até dois anos de existência, 56,4% com até três anos e 59,9%
não sobrevivem além dos quatro anos, tendo como principal causa a falta ou a
inconsistência de um planejamento.
O
objetivo protagonista do PN é aumentar a margem de segurança no sucesso do
funcionamento organizacional, englobando a totalidade de aspectos necessários
para as estratégias administrativas eficazes a curto, médio e longo prazo, tais
como: a definição do negócio, o enquadramento jurídico e tributário, as
finanças, os investimentos, o marketing, as vendas, as promoções, o
público-alvo, a estrutura organizacional e a sustentabilidade social e
ambiental.
As
empresas de pequeno porte são fundamentais para estimular a economia do País e
possibilitar a inclusão social, mediante a maior oferta de postos de trabalho.
Por esse motivo, o desafio do SEBRAE é prestar apoio ao universo de milhões de
empreendedores de pequenos negócios componentes do conjunto produtivo da
economia brasileira e que necessitam de aprimoramento nos processos de gestão
e, principalmente, de uma visão antecipada das condições do mercado no qual
atuam ou em no qual irão se estabelecer, servindo de respaldo para a tomada de decisões
mais objetivas e com riscos calculados, o que demonstra a importância de
planejar ações. Ademais, o SEBRAE disponibiliza em seu site downloads gratuitos
de várias apostilas práticas sobre a elaboração de um plano de negócios e,
recentemente, disponibilizou, gratuitamente, um software (aplicativo)
denominado Plano de Negócio 2.0 para clientes cadastrados no seu portal, com o
intuito de auxiliar na elaboração de um PN, quer seja para fins estudantis,
quer para a constituição de uma empresa, quer para a consolidação empresarial
ou para sua expansão. Para isso, basta fazer o download do arquivo no link http://www.sebraemg.com.br/BibliotecaDigital/SoftwarePlanodeNegocio20.aspx.
A
pesquisa é, nesse caso, o alicerce desse subtópico. Informações
são a matéria-prima de qualquer plano de negócio, portanto, pesquise e procure
conhecer tudo sobre o seu setor. Informações podem ser obtidas em jornais, revistas,
associações, feiras, cursos, junto a outros empresários do ramo, na Internet ou
com clientes e fornecedores potenciais. Outrossim, além do SEBRAE existem outras
entidades sociais autônomas auxiliadoras no processo de constituição e
consultoria de empresas de todos os portes, formas jurídicas e segmentos, tais
como SENAI, SENAC, SESC, SENAR, SESI, FIEMG, IEL, ACHOCA, FGV, DOM CABRAL,
CIEMG, dentre outras. Procure a ajuda dessas organizações, pois suas
orientações são muito práticas, além de serem gratuitas.
1.1
Relevância
Uma
vez consistindo em um documento formal mediante o qual se é planejado – em
nível estratégico, tático e operacional – todos os aspectos necessários para a
sobrevivência e sucesso de uma organização, o Plano de Negócios é relevante
para a mesma tal qual a Constituição Federal o é para uma nação, ou tal como um
sistema operacional o é para um computador, ou ainda assim como o espírito
(i.e. vida) o é para o corpo humano. Destarte, o PN é o mapa do percurso, o
itinerário da mina.
O
plano de negócio é o instrumento ideal para traçar um retrato fiel do mercado,
do produto e das atitudes do empreendedor, o que propicia segurança para quem
quer iniciar uma empresa com maiores condições de êxito ou mesmo ampliar ou promover
inovações em seu negócio. Uma das prioridades da instituição, portanto, diz
respeito à capacitação dos empresários e dos interessados em abrir sua empresa,
investindo na elaboração de planejamento do negócio e no conhecimento
direcionado às práticas gerenciais, para que estes possam criar e manter seus
empreendimentos, participando efetivamente no desenvolvimento do País. Informações
são a matéria-prima de qualquer plano de negócio, portanto, deve-se pesquisar e
procurar conhecer em jornais, revistas, associações, feiras, cursos, junto a outros
empresários do ramo, na Internet ou com clientes e fornecedores potenciais, tudo
sobre o setor no qual a organização está inserida.
1.2 Elaboração
Atualmente
existem inúmeros modelos de PN, de diferentes níveis de complexidade, amplitude
e profundidade, visto que cada organização necessita de um PN personificado de
acordo com o tipo do negócio, o seu porte, o capital disponível para
investimentos, a quantidade e capacidade dos recursos humanos, a concorrência,
a legislação local, a clientela em potencial, dentre outras facetas a
considerar.
Os
itens do modelo de PN sugerido a seguir orientam a reflexão e a definição dos
vários aspectos a serem considerados para ajustar a visão do negócio através de
refinamentos sucessivos. Destarte, o PN não pode ser considerado como um
produto pronto e acabado, mas sim como um processo. Neste modelo podem ser
incluídos outros itens que forem necessários e ou convenientes para melhorar o
entendimento do negócio bem como excluídos os itens que não se aplicarem ao
negócio.
A
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é uma organização que normaliza,
entre outras coisas, os planos de negócios. A normalização é importante porque
padroniza os trabalhos, facilitando sua execução e avaliação e, no caso de um
PN bem elaborado, facilita a concessão de empréstimos e financiamentos
empresariais junto a instituições financeiras ou junto ao governo. A elaboração
do PN deve seguir as normas da ABNT, sendo sua elaboração semelhante a dos
trabalhos acadêmicos como monografias, dissertações e teses. Segundo as normas
vigentes deve conter uma estrutura semelhante a seguinte:
ü
Sumário;
ü
Sumário
Executivo (visão geral);
ü
Planejamento
Estratégico;
ü
Análise
Mercadológica;
ü
Planejamento
Estrutural/Operacional;
ü
Planejamento
de Marketing;
ü
Planejamento
de Responsabilidade Socioambiental Empresarial – RSAE;
ü
Planejamento
Tributário;
ü
Planejamento
de Financiamentos/Investimentos;
ü
Planejamento
Financeiro/Orçamentário;
ü
Cronograma
para Implantação do PN;
Dadas
as orientações acima, eis abaixo um modelo de sumário, de sumário executivo e
de um resumo de negócio de um PN fictício:
Sumário
1. Sumário Executivo
1.1 Resumo do
Negócio
1.2 Dados do
empreendimento
1.3 Dados dos
empreendedores
1.4 Recomendações
2. Planejamento Estratégico
2.1 Missão
empresarial
2.2 Visão
Empresarial
2.3 Valores
Empresariais
2.4 Avaliação
Estratégica
2.4.1 Matriz
PFOA
2.4.1.1 Ambiente
Interno (PF)
2.4.1.2 Ambiente
Externo (OA)
2.4.2 Modelo
Delta
2.4.3 Matriz BCG
2.4.4 Matriz de Ansoff
2.5 Estratégias
Empresariais
3. Análise Mercadológica
3.1 Panorama de
mercado
3.2 Estudo dos consumidores
3.3 Estudo dos
fornecedores
3.4 Estudo dos
concorrentes
4. Planejamento Estrutural/Operacional
4.1 Localização
Geográfica
4.2 Layout –
Arranjo Físico das Instalações
4.3 Capacidade
produtiva/comercial/serviços
4.4 Processos
operacionais
4.5 Política de
recursos humanos
4.6 Organograma
funcional
4.7 Regimento
Interno
4.8 Código de
Ética Profissional
4.9 Tecnologia
5. Planejamento de Marketing
5.1 Produto/Serviço
5.2 Preço
5.3 Praça
5.4 Promoção
5.5 Logística
Empresarial
5.6 Estratégias
de Vendas
5.7 Parcerias
Estratégicas
5.8
Endomarketing
6. Planejamento de Responsabilidade Socioambiental
Empresarial – RSAE
6.1
Conscientização Interna
6.2 Estratégias socioambientais
não concorrenciais
6.3 Estratégias
socioambientais concorrenciais
6.4 Contabilidade
e Marketing socioambiental
7. Planejamento Tributário
7.1 Âmbito
federal
7.2 Âmbito
estadual
7.3 Âmbito
municipal
8. Planejamento de Financiamentos/Investimentos
8.1 Financiamento
de Capital de Giro
8.2 Financiamento
de Capital Fixo
8.3 Liquidez do
financiamento total
9. Planejamento Financeiro/Orçamentário
9.1 Investimentos
Pré-operacionais
9.2
Investimentos Operacionais
9.2.1
Investimentos a curto prazo (menos de 2 anos)
9.2.2
Investimentos a médio prazo (2 a 6 anos)
9.2.3
Investimentos a longo prazo (opcional – 6 anos ou mais)
9.3 Investimento
total (resumo)
9.4 Capital de
Giro
9.5 Estimativa
do faturamento mensal da empresa
9.6 Estimativa
do custo unitário de MP, materiais diretos e terceirizações
9.7 Estimativa dos
custos de comercialização
9.8 Apuração dos
custos dos materiais diretos e/ou mercadorias vendidas
9.9 Estimativa
dos custos com MO
9.10 Estimativa
do custo com depreciação
9.11 Estimativa total
dos custos fixos operacionais mensais
9.12
Demonstrativo de resultados
9.13 Capital
Social
9.14 Fonte de
recursos
9.15 Indicadores
financeiros
9.15.1 Ponto de
equilíbrio
9.15.2
Lucratividade
9.15.3
Rentabilidade
9.15.4 Prazo de
retorno do investimento
9.15.5 Liquidez
9.15.6
Endividamento
10. Cronograma para Implantação do Plano de Negócio
Alicerçado no sumário estabelecido anteriormente,
explana-se a seguir cada um de seus tópicos e subtópicos:
1
SUMÁRIO
EXECUTIVO
Nesse
subtópico focalizamos nossa atenção em sintetizar os seguintes aspectos: resumo
do negócio; dados dos empreendedores: experiência profissional e atribuições;
dados do empreendimento: razão social, nome fantasia, foco, produtos/serviços,
localização, layout, potencialidades e fraquezas; missão empresarial; visão
empresarial; valores empresariais; segmento/CNAE/setores de atividade; forma
jurídica; porte empresarial e enquadramento tributário (só o resumo). Veja o
exemplo a seguir:
1.1
Resumo do
Negócio
Constam do resumo: a definição do negócio e a
síntese de cada capítulo do Plano de Negócios. É a parte mais analisada do PN
pelos vários públicos de interesse (stakeholders) de uma organização, sendo,
por isso, parte integrante obrigatória do PN. Deve ser escrito de forma clara e
objetiva, com frases encadeadas (não é apenas enumeração de tópicos), em um só
parágrafo. Na redação do resumo é necessário: evitar termos redundantes; evitar
adjetivos; e usar frases precisas.
1.2
Dados do Empreendimento
Nesta etapa, você irá informar o nome da
empresa e o número de inscrição no CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – se a
mesma já estiver registrada. Caso contrário, indique o número do seu CPF. Dados
como razão social, nome fantasia, inscrição estadual, inscrição municipal,
composição societária, segmento, setor de atividade, CNAE, foco organizacional,
campo de atuação, produtos/serviços, forma jurídica, porte empresarial e enquadramento
tributário são extremamente relevantes para se conhecer a pessoa jurídica ou
equiparada.
1.3
Dados dos Empreendedores
Aqui você irá informar os dados
dos responsáveis pela administração do negócio. Faça também uma breve
apresentação de seu perfil, destacando seus conhecimentos, habilidades e
experiências anteriores. Pense em como será possível utilizar isso a favor do
seu empreendimento. Para prevenir-se contra a escolha equivocada de sócios: analise
se os objetivos dos sócios são os mesmos, tendo em vista o grau de ambição de
cada um e a dimensão que desejam para o negócio; divida as tarefas antes de
montar a empresa. Defina o campo de atuação e horários de trabalho; defina, com
antecedência, o valor da retirada pró-labore (remuneração dos proprietários),
como será feita a distribuição dos lucros e o quanto será reinvestido na
empresa; estabeleça o grau de autonomia de cada um e até que ponto um dos
envolvidos pode, sozinho, tomar decisões; determine se os familiares poderão
ser contratados e quantos por parte de cada sócio. Sempre escolha funcionários
e parceiros em conjunto; defina o que acontecerá com a sociedade quando um dos
sócios falecer ou não puder mais trabalhar. Determine um sistema de sucessão; escreva
todos os pontos que possam gerar atritos futuros em um contrato assinado pelos
sócios. Tenha claro que o que vai contribuir para a permanência de uma
sociedade é algo tão simples como o que mantém um casamento: diálogo e clareza.
Conflitos são inevitáveis, o que importa é a maneira de resolvê-los. Verifique
se seu futuro sócio não possui restrições cadastrais ou pendências junto a
órgãos como a Receita Federal, Secretaria de Estado da Fazenda e INSS.
Situações como essas podem dificultar o acesso a crédito junto a fornecedores e
bancos, além de impedir o registro do negócio.
1.4
Recomendações
Como
subtópico concludente do Sumário Executivo, as recomendações devem ser
desenvolvidas de modo a propiciar aos públicos de interesse (stakeholders) as
reais expectativas da organização bem como de seus administradores com relação
a cada um deles. Serve para nortear a análise que cada um deles fará do Plano
de Negócios; justifica porque para cada um são apresentadas partes integrantes
específicas, e não todas elas.
2
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
2.1 Missão
A missão da empresa é o papel que
ela desempenha em sua área de atuação. É a razão de sua existência hoje e
representa o seu ponto de partida, pois identifica e dá rumo ao negócio. A
missão deve responder o que a empresa ou a organização se propõe a fazer, e
para quem. O enunciado da missão é uma declaração concisa do propósito e das responsabilidades
da sua empresa perante os seus clientes. A missão de uma empresa pode ser
considerada como o objetivo ou propósito básico e permanente da organização,
estando ligada ao oferecimento de produtos e serviços para a satisfação das
necessidades do cliente. É necessário que a missão da companhia esteja
posicionada de forma clara, para que a mesma apresente sempre seu melhor
desempenho, assim como que as crenças e valores dos principais executivos que
compõem o sistema institucional da organização sejam aceitos de modo geral por
todos os que dela fazem parte. O propósito é algo com muito mais significado do
que a simples descrição do que é feito internamente; a missão retrata a verdade
de que o resultado da empresa é maior do que a soma das partes do que é feito. Atualmente
no mercado, ainda encontramos algumas empresas que não definiram as suas
missões; ou definiram as mesmas de forma inadequada. A missão é a base sobre a
qual a empresa deve desenvolver suas estratégias. Comportamentos ou ações não
compatíveis são automaticamente bloqueados pelas empresas que definem e
respeitam suas missões estratégicas. As missões não dizem respeito apenas às
empresas com fins lucrativos, mas também a todas as entidades que existem com fins
determinados. Segundo Rebouças (2002) devem se tomar alguns cuidados para se
estabelecer a missão da empresa. A missão da instituição deve traduzir uma
necessidade permanente. Ao estabelecer a missão da empresa o executivo deve ser
simples e conciso não elaborando frases muito grandes e complicadas. O primeiro passo para se estabelecer a missão é responder
algumas questões sobre a companhia como:
ü
Qual é o seu negócio? Por
que a empresa existe?
ü
Quem é o consumidor? O
que a empresa faz?
ü
O que é valor para o consumidor? Para
quem ela faz?
ü
O que é importante para os stakeholders? Como
ela faz?
Posteriormente a resposta das questões, os executivos devem se
basear em quatro itens básicos:
v
Finalidade: é a
razão de ser da empresa. Criar objetivos visando sempre uma direção, um propósito
ou um alvo específico a ser atingido.
v
Estratégia
e espaço estratégico: esse item fornece indicação da lógica comercial para o negócio
definindo três pontos importantes:
ü
Produtos ou serviços oferecidos;
ü
Competências que a organização pratica no seu dia a dia; e
ü
Espaço estratégico do negócio.
v
Políticas
e padrões do comportamento: as ações das empresas devem
ser transmitidas aos funcionários no cotidiano. Um item de fundamental
importância é justamente como a missão da empresa será transmitida aos
funcionários.
v
Valores
e cultura: constituem-se de práticas básicas representando a opinião do
conjunto de profissionais que gerencia e trabalha no negócio. Os valores e a
cultura devem incluir características como:
ü
País de origem da empresa;
ü
Princípios do negócio; e
ü
Lealdade e compromisso.
As missões das organizações estão amostra nas paredes das
recepções, salas de reuniões e outros locais. Elas estão presentes nos sites e
até nos cartões de visita dos executivos das organizações. Grandes organizações
divulgam suas missões dentro da empresa para seus funcionários, e fora da
empresa para clientes, fornecedores e comunidade. A empresa que não tem uma
missão definida dá sinais de desconhecimento do momento atual que vive o mundo
das organizações. Em um cenário em constante modificação as empresas que não
apresentarem um planejamento estratégico coerente e sustentável tenderão a ter
dificuldades mercadológicas no futuro em seus modelos de administração. Para
que isso aconteça à empresa precisa ser eficiente e eficaz quando for buscar um
processo integração com os seus colaboradores e funcionários com a sua missão.
Esse processo deve ser pedagogicamente elaborado para que os colaboradores e
funcionários sigam a risca as diretrizes da organização. De acordo com Scott
(1998), todos os funcionários devem estar integrados com a missão para que o
planejamento tenha sentido. Para que a Missão da empresa seja transmitida para
todos os funcionários, a comunicação deve ser decodificada de maneira
compreensível aos diversos níveis hierárquicos da empresa. Esse sistema de
comunicação deve ser eficiente tanto para o público externo, como para o
interno. É preciso transformar informação em compreensão. O contexto também
deve ser entendido. Relacionando o que se sabe e o que não se sabe, todos
aprendem e o clima e cultura da Organização se transforma e permite um
aprendizado mais rápido e completo. A principal preocupação de quem quer vender
um produto ou uma ideia e ter sucesso é garantir que novo produto ou ideia se
relacione com alguma coisa que o mercado já conheça. O mesmo acontece com as
informações dirigidas a alguém. Elas precisam estar relacionadas com alguma coisa
que a pessoa já conheça, para ser entendida e poder ser utilizada de forma
proveitosa e criativa por quem a obteve. O aprendizado se realiza e o retorno
disso não é apenas pessoal, é de toda a Organização. O mundo atualmente
armazena e transmitem dados e informações. A quantidade é tão grande que torna
muito difícil encontrar a informação desejada. É preciso estar aberto a novas
formas de apresentar e representar a informação. As novas ideias surgem do
interesse, conhecimento e da descoberta de ideias já entendidas no processo de
compreensão. O interesse permeia qualquer esforço e vem antes do conhecimento.
Para que a empresa motive o comprometimento, os novos conhecimentos devem
estimular a curiosidade de alguma forma. Um Gestor interessado e uns sistemas
de comunicação bem estruturados conseguem decodificar e alinhar os objetivos da
organização a todos os interessados. O sistema de comunicação administrativa,
dentro da estrutura hierárquica no sentido horizontal e vertical, deve ser
clara e objetiva. É necessário estar atento na comunicação informal. Devem ser
realizadas palestras sobre a importância da Comunicação para a motivação em
todos os sentidos. As pessoas precisam querer crescer profissional e
pessoalmente para se motivarem com o trabalho que realizam. Uma empresa
dedicada à compreensão é uma prestadora de serviços que faz os dados e a
informação se tornarem úteis, pertinentes e acessíveis. Não é possível motivar
pessoas para os objetivos de uma empresa através de estratégias de marketing
que não estão apoiadas em fatos reais. Só uma empresa com verdadeira missão e
sentido de finalidade consegue cativar as pessoas e motivá-las para se comprometerem
com seus objetivos. E é absolutamente necessário contar com a inteligência e
sentimentos das pessoas para conseguir realizar o trabalho difícil de
transformação de uma visão em realidade. Veja agora alguns exemplos de missões de grandes empresas:
McDonald’s
“Servir alimentos de qualidade, com rapidez e simpatia, num
ambiente
limpo e agradável”.
Merck
“Preservar e melhorar a vida humana”.
Wal-Mart
“Dar às pessoas comuns a chance de comprar as mesmas coisas que
as pessoas ricas”.
Walt Disney
“Fazer as pessoas felizes”.
Sony
“Experimentar a alegria de fazer avançar a tecnologia e aplicá-la
em benefício das pessoas”.
C.E.F.
“Atuar
na promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do País, como
instituição financeira, agente de políticas públicas e parceria estratégica do
Estado brasileiro”.
Unimed
“Disponibilizar
serviços de promoção à saúde, privilegiando a excelência, a satisfação dos
clientes, colaboradores e parceiros, atendendo às expectativas e anseios dos
cooperados”.
Empresa de Correios e Telégrafos –
ECT
“Facilitar
as relações pessoais e empresariais mediante a oferta de serviços de correios
com ética, competitividade, lucratividade e responsabilidade social”.
Outros
exemplos diversos:
Empresa de alimentos.
“Servir alimentos saborosos e de
qualidade com rapidez e simpatia, em um ambiente limpo e agradável”.
Locadora de veículos.
“Oferecer soluções em transporte,
por meio do aluguel de carros, buscando a excelência”.
Hospital.
“Promover a melhoria da qualidade
de vida e satisfação das pessoas, praticando a melhor medicina, por meio de uma
organização hospitalar auto-sustentável”.
3M
“Resolver
problemas ainda pendentes de maneira inovadora”
2.2
Visão
Para Rebouças (2002), o enunciado da visão é a descrição do futuro
desejado para a empresa. Esse enunciado reflete o alvo a ser procurado ou aonde
a empresa pretende chegar através dos:
ü
Esforços individuais;
ü
Esforços das equipes; e
ü
Alocação dos recursos.
A maioria das empresas que falham em seus primeiros anos de vida,
falha por falta de planejamento. A etapa mais importante do planejamento é
estabelecer uma “visão de futuro” clara, compreensiva, sucinta e realista.
Mesmo as empresas que já passaram pela fase de “start up” e estampam sua
idade em seus logotipos: 10 anos, 20 anos, 30 anos de mercado, e ainda
enfrentam o desafio constante de se reinventarem em busca de expandirem sua
participação de mercado com rentabilidade. Segue a máxima de que “se você não
sabe o que seu negócio vai virar no futuro, é muito provável que ele não vá
para lugar nenhum. Não tem perigo de dar certo”. Para quem e por que devemos
estabelecer a visão da empresa? Para os diretores e gerência média, seus
empregados e colaboradores, potenciais investidores, seus clientes preferidos e
bancos que vão emprestar o dinheiro para sua empresa crescer. A visão deve
estar relacionada com “o que” sua empresa quer se tornar no futuro, daqui a
cinco ou dez anos. Ela funciona como uma “bússola” que a norteia no decorrer dos
anos.
Por ser uma das primeiras e mais importantes fases do planejamento
estratégico, a visão merece destaque e atenção dos recursos humanos mais
talentosos da empresa que devem dedicar tempo e cuidados especiais para
amadurecê-la e torná-la significativa. Outro objetivo da visão é articular como
será o ambiente competitivo. Portanto, assegure-se de que sua visão não
“aterrisse” sua empresa numa zona de altíssima concorrência sem saber
exatamente com que “armas” sua empresa se defenderá no caso de a rentabilidade
da indústria simplesmente desaparecer. O executivo deve assumir que sua visão
deve permanecer inalterada por pelo menos uma década. No entanto, isso não
significa que a visão nunca deva ser mudada ou refinada. As condições de
negócio ultimamente estão exigindo das empresas constantes adaptações. Numa
situação em que uma mudança de ambiente exige uma mudança fundamental, a visão
deve ser renovada. Para que a declaração de visão seja eficiente, ela deve
seguir os seguintes princípios:
Em poucas palavras deve capturar a essência, a ideia central da
visão;
ü
Deve capturar o que torna a empresa capaz, diferentemente das
outras, de alcançar a meta visualizada;
ü
Deve haver consenso entre os membros seniores da organização. Eles
devem propagar o “orgulho” de trabalhar para empresa e transformá-lo em
resultados;
ü
A visão deve ir além dos limites da organização quando relacionados
às suas competências atuais; e
ü
A visão deve ser real e compreensiva.
A seguir, veremos algumas dicas que podem auxiliar, como
facilitadoras, no desenvolvimento da visão da empresa.
ü
Visão do que a empresa quer ser no futuro;
ü
Características da empresa em questão;
ü
Como a organização quer ser reconhecida;
ü
Por quem quer ser reconhecida;
ü
Como a empresa se diferencia da concorrência; e
ü
Competências que a empresa deseja ressaltar.
Segue alguns exemplos de visão de
grandes empresas:
Vale do Rio Doce
“Ser a maior empresa de mineração do mundo e superar os padrões
consagrados de
excelência em pesquisa, desenvolvimento, implantação de projetos e
operação de
seus negócios”.
Petrobrás
“Seremos uma das cinco maiores empresas integradas de energia do
mundo e a
preferida pelos nossos públicos de interesse”.
Lojas Americanas
“Ser a melhor empresa de varejo do Brasil”.
Gerdau
“Ser uma empresa siderúrgica global, entre as mais rentáveis do
setor”.
C.E.F.
“Ser referência mundial como banco público integrado, rentável, eficiente,
ágil, com permanente capacidade de renovação e consolidará sua posição como o
banco da maioria da população brasileira”.
Unimed
“Sermos reconhecidos como empresa de excelência na promoção da
saúde e na gestão de nosso negócio”.
Empresa de Correios
e Telégrafos – ECT
“Ser reconhecida pela excelência e inovação na prestação de
serviços de correios”.
O enunciado da visão deve conter tanto aspiração como inspiração.
A aspiração de tornar-se “algo”, e a inspiração porque esse “algo” deve merecer
ser concretizado. A visão é a projeção de oportunidades futuras, ou seja, aonde
a empresa quer chegar. Devem ser delimitados prazos para serem atingidos além
de ser revista periodicamente. A visão precisa ser prática, realista e visível
(nós não alcançamos aquilo que nós não vemos), pois não passará de uma mera alucinação,
se ela sugerir ou propuser resultados inatingíveis. A visão da empresa está
relacionada com o perfil que a empresa deve se tornar assim como todos os
projetos que ela pretende implantar. O enunciado da visão, além dos aspectos de
aspiração e inspiração, de ser prática, realista e visível deve facilitar a resposta
às seguintes perguntas:
ü
No que a empresa quer se tornar?
ü
Qual a direção é apontada?
ü
Onde nós estaremos?
ü
O que a empresa será?
ü
Em que direção eu devo apontar meus esforços?
ü
Eu estou ajudando a construir o que?
ü Os
recursos investidos estão levando a empresa para onde?
1.3
Valores
Segundo Scott (1998), valores são princípios, ou crenças, que
servem de guia, ou critério, para os comportamentos, atitudes e decisões de
todas e quaisquer pessoas, que no exercício das suas responsabilidades, e na busca
dos seus objetivos, estejam executando a Missão, na direção da Visão. Os valores também podem ser vistos como um conjunto de crenças,
ou princípios, que:
ü
Definem e facilitam a participação das pessoas no desenvolvimento
da
ü
Missão, Visão e dos próprios Valores;
ü
Definem e facilitam a articulação da Missão, Visão e Valores;
ü
Facilitam o comprometimento entre os empregados;
ü
Facilitam o comprometimento dos empregados com o mercado; e
ü
Facilitam o comprometimento dos empregados com a comunidade e a sociedade.
Ao estabelecer os valores da empresa automaticamente a empresa
estará lidando com o endomarketing. Atualmente o endomarketing é uma ferramenta
poderosa que pode ser usada para treinar, motivar e estimular o funcionário. O
enunciado de cada valor deve ser curto. O conjunto de valores deve definir as
regras internas da organização, em termos de comportamentos e atitudes, devendo
conter um subconjunto das respostas às perguntas abaixo:
ü
Como os empregados devem se portar, individualmente?
ü
Como os empregados se relacionam entre si?
ü
Como os empregados se relacionam com os clientes?
ü
Como a empresa trata seus clientes?
ü
Como a empresa faz negócios?
ü
Como nos relacionamos com a comunidade?
ü
Qual a nossa responsabilidade frente à sociedade?
ü
Que valores, crenças ou princípios são importantes para a empresa?
A construção da Missão, Visão e Valores, só é útil se a prática do
dia a dia, do presidente ao porteiro, mostra e demonstra ser esse o conjunto de
regras que regem a conduta dos funcionários da empresa. É importante que a
missão, visão e os valores da empresa sejam coerentes com a realidade e
identidade da mesma e que principalmente sejam respeitados e usados em prol da
própria empresa.
1.4
Avaliação Estratégica
Para
Kotler e Keller (2006), as empresas que entenderem e se anteciparem as
tendências de futuro, serão as primeiras a conquistar os consumidores.
Estratégia é o passo básico; é a definição de como os recursos serão
alocados para se atingir determinado objetivo.
O conceito de estratégia é uma
das palavras mais utilizadas na vida empresarial e encontra-se abundantemente
na literatura da especialidade. Na década de 1950 as organizações passaram a se
preocupar com o ambiente de marketing e logo após a segunda guerra mundial essa
tendência a produtividade não significava mais o sucesso de determinada
organização, mas sim se ela poderia ou não atender a demanda do mercado. Isso
apenas levando em conta uma variável do ambiente externo que era as
organizações.
Dessa
forma, surgiram estudos chamados “Planejamento Estratégico”, que trouxeram uma
visão competitiva para um mercado novo. As matrizes estratégicas tem a função
de estabelecer um cenário mercadológico onde os empresários poderão guiar e
direcionar o seu planejamento baseados em informações relevantes cruzadas. Tudo
começou na década de 50 com a Análise PFOA (SWOT), criada por Albert Humphrey,
vindo a “bombar” nas décadas de 60 e 70; em seguida, a matriz de Ansoff, de
1965, de Igor Ansoff; logo, a matriz BCG – ou Boston, da década de 70, de Bruce
Handerson; por fim, o Modelo Delta, em 1979, de Michael Porter.
Todas
as quatro metodologias supracitadas formam um conjunto de ferramentas adequadas
e eficazes para orientar a formulação das estratégias organizacionais: 1.
Matriz PFOA, especificando as potencialidades, as fraquezas, as oportunidades e
ameaças dos Super MX; 2. Modelo Delta, identificando nossas principais
estratégias de custos, diferenciação e foco; 3. Matriz BCG, identificando e
classificando nossos 8.400 itens em Estrela (muito rentáveis; grande fatia de
mercado), Interrogação (muito rentáveis; pequena fatia de mercado), Vaca
Leiteira (rentáveis; grande fatia de mercado) e Abacaxi (pouco rentáveis;
pequena fatia de mercado); e 4. Matriz Ansoff, especificando nossas estratégias
mercadológicas realizadas e objetivadas a médio e longo prazos. Eis a seguir um
exemplo sintético de avaliação estratégica realizada em uma organização
empresarial supermercadista:
1.
Matriz PFOA: 1.1 Potencialidades: PN Completo, muito bem elaborado e
fundamentado. Pelo fato de a nossa visão ser a de conquistar a liderança
supermercadista sulmineira, nossos investimentos são focados na mesma, o que
acelera nosso desenvolvimento organizacional. Qualidade máxima na gestão
estratégica e empreendedora; 6 lojas estrategicamente localizadas de modo a
abranger e atender a todo o Sul de Minas. E- commerce de qualidade; Pequena fatia de
mercado; Profissionais gabaritados no mercado de trabalho, especialmente no
ramo supermercadista; Excelentes parceiros fornecedores, com preços e qualidade
competitivos, prazo de entrega e serviços de merchandising garantidos; Avaliação
de desempenho precisa e treinamentos específicos e práticos; Plano de Carreira
transparente e QDT adequado; Tecnologia de ponta: SIGMX – Sistema Integrado
Gerencial do MX; intranet; sistema acústico; Grandes investimentos em RSAE e
RBV; certificação SA 8000 e ISO 14.001; árvore símbolo; Grandes investimentos
em Trade marketing: olfativo, carros de som, internet (downloads pdf: história,
sumário executivo e cont. RSAE), merchandising (mídia e ponto de venda),
campanhas (vacinação, meio ambiente, consumidor, supermercado, etc.); Estacionamento
central e personalizado aos turistas sulmineiros; Adesão ao PAT – Programa de
Alimentação do Trabalhador – e consequentes benefícios fiscais; 1.2 Fraquezas: Forte concorrência
supermercadista, mormente da Rede Unissul; logo depois o Eldorado e o Produtor;
a seguir, as padarias, os restaurantes, os supermercados menores, mercearias,
armazéns, açougues, lan houses, farmácias, quitandas, hotéis; Escassos recursos
financeiros comparando-se com o disponível na concorrência; Não temos representantes
na AMIS nem na ABRAS; Delivery, Restaurante, Drogaria e CTES MX; Ainda não
somos uma rede supermercadista e, por isso, não desfrutamos de aumento
competitivo financeiro, estrutural e comercial; não sermos uma empresa encubada
em uma universidade de excelência; 1.3
Oportunidades: parcerias com Unimed, Smart Computer, Gaúcho; luta pela preservação
do Rio Verde e Rio Furnas; evolução tecnológica supermercadista; ampliação da
fatia de mercado, como, por exemplo, estudantes trabalhadores da região e
turistas; geração de trabalho, renda e saúde à sociedade sulmineira;
valorização da cultura esportiva sulmineira: futebol, dança, natação, artes
marciais e basquete; aprendizado com as redes ABC e Rex de Três Corações; 1.4 Ameaças: expansão rede UNISSUL,
rede eldorado e rede produtor; e demais concorrentes; rede e, posteriormente,
fusão com Eldorado e Produtor; instabilidade econômica: juros muito elevados,
inflação e baixo poder de compra dos consumidores sulmineiros; expansão inicial
para três corações, local atualmente livre da competição rede UNISSUL; cultura
tradicional familiar, muito conservadora; nem sempre está aberta a mudanças
competitivas e drásticas;
2.
MODELO DELTA: 2.1 Custos: parcerias e fusões estratégicas empresariais; 2.2 Diferenciação: estrutura/operação,
trade marketing e RSAE; 2.3 Foco:
recursos humanos - relação com fornecedores, intermediários financeiros,
consumidores, concorrentes, mídia, investidores, etc;
3.
Matriz BCG: 3.1. Produtos Estrela: Sorvetes, congelados, açougue; produtos
de necessidade básica como arroz, feijão, açúcar, café, sal, óleo, massas,
molhos, temperos, farináceos, azeites; bebidas, adega; acesso à internet; 3.2. Produtos Interrogação: remédios,
refeições, lanches, padaria, artigos de informática e de escritório,
eletrônicos; bazar; bomboniere; confeitaria; 3.3. Produtos Vaca Leiteira: brinquedos, higiene, limpeza, beleza,
artigos de R$1,99, lâmpadas, pilhas, ceras; hortifrutigranjeiros; 3.4. Produtos Abacaxi: cigarros,
refrigerantes, biscoitos, sucos, lâminas para barbear;
4.
Matriz ANSOFF: 4.1. Penetração de Mercado: utilizamos a diferenciação para
transformarmos os consumidores ocasionais em regulares e os regulares em
intensivos; 4.2. Desenvolvimento de
Produtos: com a implantação do restaurante, da drogaria e do delivery
acrescentamos self service, lanches, remédios e acessórios de informática aos
consumidores já existentes; 4.3.
Desenvolvimento de Mercado: com a parceria feita com a Unimed, os seus
clientes externos consomem todos os nosso produtos até então bem conhecidos por
preços mais baixos que a concorrência. Quanto aos consumidores mais antigos do
supermercado, continua desembolsando o mesmo valor mensal de costume, porém
passa a desfrutar não só dos produtos supermercadistas mas também de um plano
de saúde Unimed; 4.4. Diversificação:
os novos produtos, ou seja, do restaurante, da drogaria e do delivery nós
estendemos aos novos consumidores, tanto os clientes da Unimed que passaram a
ser nossos bem como clientes externos da rede hoteleira e outros concorrentes
sulmineiros.
2.5 Estratégias
Empresariais
COMPETITIVAS
GENÉRICAS
A
formulação das estratégias genéricas de Porter (1986), segundo Kotler e Keller (2005)
estabelecem três pontos que toda empresa deve levar em conta, a saber, custos,
diferenciação e foco. Vide exemplos a seguir:
Liderança em
custos:
a empresa deve esforçar-se para conseguir os menores custos de produção e de
distribuição, como forma de oferecer mais baixos preços que seus concorrentes e
ainda obter uma participação maior no mercado. No nosso caso, enquanto
Supermercado Mercantil X LTDA, preocupamo-nos em cumprir nossa missão de
fornecer produtos e serviços de máxima qualidade e melhor preço, de modo que em
cada uma de nossas lojas há um departamento comercial, no qual tanto o gerente
comercial/operacional como seu assistente comercial operam o SIGMX – Sistema de
Informações Gerenciais do MC – gerenciando os estoques, solicitações de
compras, comparações com preços atualizados de mercado, sendo tais atribuições
realizadas diariamente mediante fontes confiáveis. Podemos garantir que nossos
preços são os mais competitivos do Sul de Minas e tão bons quanto os das
melhores e maiores redes supermercadistas nacionais e internacionais, tais como
o Carrefour, o Pão de Açúcar, o Walt Smart, o Compre Bem, o Extra, o Bretas e o
Sendas. Outrossim, nossas parcerias com as redes Produtor e Eldorado
propiciaram-nos a partir de então fornecedores de qualidade, regularidade e
excelentes descontos, visto que solicitamos nossas compras em conjunto.
Diferenciação: a empresa deve
esforçar-se para conseguir um desempenho superior em uma área específica de
benfeitoria aos clientes, estimada pela grande maioria do mercado. Indubitavelmente, nossos maiores diferenciais
são os investimentos que aplicamos em três área chaves: a) estrutura e
operação: facilidade na execução dos processos internos mediante operação de
tecnologias de ponta atuais, plano de carreira justo e transparente, satisfação
dos stakeholders, layout, mix de produtos; b) trade marketing: telemarketing
(ouvidoria 0800), webmarketing (site), publicidade (merchandising) e propaganda
(campanhas, panfletagem, eventos); c) RSAE – Responsabilidade Socioambiental
Empresarial – mediante certificação SA 8000 (social) e ISO 14.0001 (ambiental)
bem como adoção à gestão GRI, a qual nos impulsiona a seguir diretrizes
internacionais de RSAE no que tange à publicação periódica da contabilidade
socioambiental dentro dos rígidos padrões exigidos.
Foco: a empresa deve
focar-se em públicos alvos específicos, analisando suas características a fim
de tornar os consumidores inativos em regulares e os regulares em intensos;
faz-se isso mediante análise mercadológica bem fundamentada e potencializada
pelas estratégias de diferenciação e custos, buscando sempre a liderança. Nesse
respeito, nossas parcerias com a Unimed, Restaurante Gaúcho, Drogaria Avenida e
Smart Computer visam ampliar nossas fatias de mercado aumentando
significativamente nossa lucratividade e educando nossos consumidores e aqueles
que conquistamos da clientela no que tange aos cuidados com saúde, educação, inclusão
social e digital, pelo que adotamos estrategicamente ao PAT – Programa de
Alimentação do Trabalhador, mediante o qual agimos socialmente para com nossos
funcionários e ao PID – Programa de Inclusão Digital – pelo que fornecemos
todos os melhores artigos e acessórios em informática assim como fazemos
doações a entidades filantrópicas sulmineiras, como as associações comunitárias
a fim de que elas, dentro dos espaços que lhes fornecemos, prestem serviços de
assistência tecnológica à inteira sociedade sulmineira e visitantes com acesso
gratuito à internet para famílias de baixa renda.
DE CRESCIMENTO
Interno: investimos internamente em três áreas
principais: a) Estrutura e Operação: desenvolvemos um quadro distributivo de
trabalho (QDT) estratégico; criamos o CTES MX – Centro de Treinamentos
Empresariais Supermercadistas do MX; elaboramos, promulgamos e implantamos o
Plano de Carreira, composto por: Plano de Cargos e Salários, Organograma
Funcional e Regimento Interno; elaboramos, promulgamos e implantamos o Código
de Ética Profissional, norteando os relacionamentos com todos os nossos
públicos de interesse (stakeholders); elaboramos, promulgamos e implantamos o
Manual do Fornecedor, exigindo deles, além da qualidade, regularidade e bom
preço, atitudes socioambientalmente responsáveis; b) Trade Marketing: nossos
8.400 produtos são todos catalogados e
os principais deles são expostos em outdoor em nossas lojas; investimos em
publicidade: merchandising nos nossos seis pontos de venda e merchandising na
TV, nas rádios AM/FM, no jornal impresso Super MX e no site institucional;
investimos em propaganda: trabalhamos com panfletagem, realizamos campanhas,
participamos de feiras e outros eventos regionais tais como festa do padroeira,
mega cycle, semana santa, dentre outros; c) Responsabilidade Social e Ambiental
Empresarial – RSAE: somos certificados pela SA 8.000 e pela ISO 14.001, pelo
que satisfazemos plenamente todas as condições socioambientais necessárias à
adoção e certificação das mesmas; aderimos a gestão GRI, publicando
semestralmente o Balanço Socioambiental de acordo com as diretrizes
internacionais do GRI e nacionais do CFC NBC T-15, a qual entrou em vigor em 1°
de janeiro de 2006.
Horizontal: nosso crescimento horizontal consiste
atualmente nas parcerias estratégicas que realizamos com: 1. Smart Computer, de
assistência e comercialização na área de informática; 2. Drogaria da Terra,
farmácia sulmineira bem conhecida, tradicional e com elevada credibilidade por
parte de seus consumidores; 3. Sabor da Terra, restaurante sulmineiro muito
prático na oferta de refeições caseiras mineiras, cariocas e paulistas; 4.
Unimed, cooperativa de trabalho médico do Circuito das Águas.
Vertical: nosso crescimento vertical consiste
atualmente nas parcerias estratégicas que efetivamos com: 1. Eldorado, rede
supermercadista com cinco lojas no Sul de Minas; 2. Produtor, rede supermercadista
com duas lojas no Sul de Minas e duas no nordeste de São Paulo.
3.
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
A
análise mercadológica é, indubitavelmente, a parte integrante mais relevante do
Plano de Negócios, haja vista que consiste no alicerce para todas as demais
partes. Por isso, deve ser o mais fundamentada possível em fontes confiáveis.
Por exemplo, para uma análise mercadológica supermercadista, deve-se realizar
uma análise mercadológica completa e muito bem fundamentada em fontes
confiáveis do ramo supermercadista como a AMIS – Associação Mineira
Supermercadista, a ABRAS – Associação Brasileira Supermercadistas – e a APAS –
Associação Paulista Supermercadista, além, é claro, de entidades governamentais
de fomento ao empreendedorismo e negócios empresariais como o SESC, o SENAC e o
SEBRAE no intuito de obtermos esclarecimentos adicionais sobre a praticidade de
nossas estratégias empresariais bem como da viabilidade da implantação das
mesmas. Podem-se consultar profissionais contadores, administradores, advogados,
engenheiros, economistas e outros da área; consultas a professores
universitários são de grande valia; a utilização de softwares e hardwares de
incubadoras faz uma diferença e tanto para o desenvolvimento do negócio.
São
cinco os pontos principais da análise mercadológica: a) panorama de mercado:
especifica a história nacional e regional do setor e segmento; b) análise do
consumidor: especifica comportamentos dos consumidores de determinado ramo de
atividade, os quantitativos populacionais nacionais e regionais, o quanto e o
quando do consumo da população nacional e regional; c) análise do fornecedor:
especifica as exigências da organização em relação aos fornecedores bem como o
perfil dos fornecedores da mesma; d) análise dos concorrentes: busca levantar o
máximo possível de informações úteis sobre os concorrentes, tais como suas
estratégias de marketing, de RSAE, financeiras e estruturais, por exemplos; o
intuito é imitar e superar as estratégias concorrenciais; e) perspectivas
futuras do segmento: tal análise propicia melhor compreensão das tendências
globais, nacionais, estaduais e regionais no que tange a legislação,
transporte, energia, telecomunicações, ciência, tecnologia, sociedade em geral;
serve qual alicerce para o planejamento previsível realizado pela gerência e
pela diretoria executiva.
Pretende-se atuar no mercado regional metropolitano
de Campinas onde há muitas empresas e necessidade de novidades em tecnologia e
informação. O mercado nessa região é grande e crescente, sendo uma ótima região
para atuarmos.
O mercado de móbiles é um mercado em crescimento.
Fabricantes começaram nos últimos cinco anos a investir em hardware para
dispositivos móveis e há projeções para em cinco anos esses dispositivos serem
capazes de fornecer funções de comunicação combinadas com a potencia de
processamento dos PCs de hoje. Atualmente esses dispositivos já possibilitam o
uso de muitos aplicativos úteis para as empresas, para auxilio de seus funcionários
e para agilizar os processos, por exemplo, de captação de informações de
clientes, pedidos de compra e de venda. A tendência da Do@Móbile é crescer
junto com os avanços do hardware dos móbiles que conforme avançam possibilitam
aplicações mais abrangentes, ainda não exploradas pelos concorrentes pela falta
dessa tecnologia. Investimentos nessas novas tecnologias em como usa-las da
melhor forma nas nossas aplicações e nas novas tecnologias de programação das
mesmas, estando, sempre que possível, atualizados com as novidades do ramo
permitiria competir com os concorrentes de perto e possibilitaria ainda maior
crescimento. Qualquer empresa que necessite conectar
pontos remotos móveis (vendedores, compradores, coletores de informação) nossos
esforços iniciais estariam focados em pequenas e médias empresas. Temos como barreira de entrada principal os nossos
concorrentes que estão no mercado a algum tempo e possivelmente possuem a
confiança dos clientes. A legislação brasileira para
fechamento de empresas, e o suporte aos produtos instalados nos clientes. Não existem empresas amplamente conhecidas no mercado que
desenvolvem sistemas sob medida para pequenas e médias empresas. Altos investimentos por parte dos concorrentes que sabem
ser o mercado de móbiles uma ramo novo e promissor. Também os produtos
homologados dos concorrentes que podem ser preferíveis mesmo não atendendo 100%
das necessidades dos clientes por serem mais baratos.
3.2
Estudo dos consumidores
Esta é uma das etapas mais
importantes da elaboração do seu plano. Afinal, sem clientes não há negócios.
Os clientes não compram apenas produtos, mas soluções para algo que precisam ou
desejam. Você pode identificar essas soluções se conhecê-los melhor. Para isso,
responda às perguntas e siga os passos a seguir:
1º passo: identificando as
características gerais dos clientes.
Se
pessoas físicas:
ü Qual a
faixa etária?
ü Na
maioria são homens ou mulheres?
ü Têm
família grande ou pequena?
ü Qual é o
seu trabalho?
ü Quanto
ganham?
ü Qual é a
sua escolaridade?
ü Onde
moram?
Se
pessoas jurídicas (outras empresas)
ü Em que
ramo atuam?
ü Que tipo
de produtos ou serviços oferecem?
ü Quantos
empregados possuem?
ü Há quanto
tempo estão no mercado?
ü Possuem
filial? Onde?
ü Qual a
sua capacidade de pagamento?
ü Têm uma
boa imagem no mercado?
2º passo: identificando os
interesses e comportamentos dos clientes.
ü Que
quantidade e com qual freqüência compram esse tipo de produto ou serviço?
ü Onde
costumam comprar?
ü Que
preços pagam atualmente por esse produto ou serviço similar?
3º passo: identificando o que
leva essas pessoas a comprar.
ü O preço?
ü A
qualidade dos produtos e/ou serviços?
ü A marca?
ü O prazo
de entrega?
ü O prazo
de pagamento?
ü O
atendimento da empresa?
4º passo: identificando onde
estão os seus clientes.
ü Qual o
tamanho do mercado em que você irá atuar?
ü É apenas
sua rua?
ü O seu
bairro?
ü Sua
cidade?
ü Todo o
Estado?
ü O País
todo ou outros países?
ü Seus
clientes encontrarão sua empresa com facilidade?
Após responder essas perguntas,
será possível entender melhor seus clientes.
3.3
Estudo dos fornecedores
O mercado fornecedor compreende
todas as pessoas e empresas que irão fornecer as matérias-primas e equipamentos
utilizados para a fabricação ou venda de bens e serviços. Inicie o estudo dos
fornecedores levantando quem serão seus fornecedores de equipamentos, ferramentas,
móveis, utensílios, matérias-primas, embalagens, mercadorias e serviços. Relações
de fornecedores podem ser encontradas em catálogos telefônicos e de feiras,
sindicatos e no próprio SEBRAE. Outra fonte rica de informações é a Internet. Mantenha
um cadastro atualizado desses fornecedores. Pesquise, pessoalmente ou por
telefone, questões como: preço, qualidade, condições de pagamento e o prazo
médio de entrega. Essas informações serão úteis para determinar o investimento
inicial e as despesas do negócio. Preenchendo o quadro de estudo dos
fornecedores, você terá uma melhor visão de quem são e de como atuam seus
fornecedores. Analise pelo menos três empresas para cada artigo
necessário; mesmo escolhendo um entre vários fornecedores, é importante manter
contato com todos, ou pelo menos com os principais, pois não é possível prever quando
um fornecedor enfrentará dificuldades; ao adquirir matérias-primas, insumos ou mercadorias faça um estudo de
verificação da capacidade técnica dos fornecedores. Todo fornecedor deve ser
capaz de suprir o material ou as mercadorias desejadas, na qualidade exigida,
dentro do prazo estipulado e com o preço combinado; a tomada e a comparação de preços facilitam a
coleta de informações sobre aquilo que se deseja adquirir, aumentando as
chances de se tomar decisões mais acertadas; verifique se é exigida quantidade mínima de compra e lembre-se de
evitar intermediários, sempre que possível.
31
Você pode aprender lições importantes
observando a atuação da concorrência. Procure identificar quem são seus
principais concorrentes. A partir daí, visite-os e examine suas boas práticas e
deficiências. Lembre-se de que concorrentes são aquelas empresas que atuam no
mesmo ramo de atividade que você e que buscam satisfazer as necessidades dos
seus clientes. Utilize o quadro Hora de praticar e faça comparações entre a
concorrência e o seu próprio negócio. Enumere os pontos fortes e fracos em
relação a:
ü
Qualidade dos materiais empregados
– cores, tamanhos, embalagem, variedade, etc.;
ü
Preço cobrado;
ü
Localização;
ü
Condições de pagamento – prazos
concedidos, descontos praticados, etc.;
ü
Atendimento prestado;
ü
Serviços disponibilizados –
horário de funcionamento, entrega em domicílio, teleatendimento, etc.;
ü
Garantias oferecidas.
Após fazer essas comparações, tire
algumas conclusões. Sua empresa poderá competir com as outras que já estão há mais
tempo no ramo? O que fará com que as pessoas deixem de ir aos concorrentes para
comprar de sua empresa? Há espaço para todos, incluindo você? Se a resposta for
sim, explique os motivos disso. Caso contrário, que mudanças devem ser feitas
para você concorrer em pé de igualdade com essas empresas? Lembre-se: a
concorrência também deve ser vista como uma situação favorável. Bons concorrentes
servem como parâmetro de comparação e de parceria, além de ser uma fonte de
estímulo à melhoria.
Mediante
pesquisas bibliográficas ou de campo deve-se buscar as principais tendências
que impactarão o segmento em organizacional no futuro. Por exemplo, no setor de
varejo, um estudo
realizado pela empresa norte-americana de Consultoria e Pesquisa em Tendências
e Inovações, a PFSK, lançou relatório com as 10 principais tendências que
impactarão o varejo no futuro, a saber: 1. O mundo como experiência de varejo;
2. Pré-visualização da compra; 3. Serviços habilitados para tablets; 4. A venda
do ideal; 5. Toda loja como principal; 6. Curadoria complementar; 7. Decoração
mutável; 8. Levando as lojas até o consumidor; 9. Show & Tell Instantâneo;
e 10. A força do grupo.
4.
PLANEJAMENTO
ESTRUTURAL/OPERACIONAL
O objetivo desse
subtópico é, evidentemente, definir a estrutura organizacional. Para tanto,
constam os seguintes itens: localização geográfica; layout – arranjo físico das
instalações; capacidade produtiva/comercial/serviços; processos operacionais;
política de recursos humanos; organograma funcional; regimento interno; código
de ética profissional e tecnologia. Vide exemplo a seguir:
4.1 Localização geográfica
Consiste no endereço físico completo do
estabelecimento comercial; pode ou não ser próximo a grandes centros urbanos ou
bairros centrais, ou neles propriamente dito. É preciso ressaltar que essa
escolha influirá diretamente nos contatos com os clientes. Exemplo: São Lourenço, Itajubá,
Poços de Caldas, Pouso Alegre, Alfenas e Varginha.
Layout interno necessário para funcionamento da
empresa. Os supermercados, por exemplo, disponibilizam os produtos de primeira
necessidade (arroz, feijão, açúcar, sal, farinhas etc) nos pontos mais fundos
da empresa, justamente para que os clientes possam aproveitar o tempo adicional
de locomoção até esses produtos para tomarem conhecimento dos demais produtos e
promoções.
Por meio do layout ou
arranjo físico, você irá definir como será a distribuição dos diversos setores
da empresa, de alguns recursos (mercadorias, matérias-primas, produtos
acabados, estantes, gôndolas, vitrines, prateleiras, equipamentos, móveis,
matéria-prima etc.) e das pessoas no espaço disponível. Um bom arranjo físico
traz uma série de benefícios, como: aumento da produtividade; diminuição do
desperdício e do retrabalho; maior facilidade na localização dos produtos pelos
clientes na área de vendas; melhoria na comunicação entre os setores e as
pessoas.
O ideal é contratar um
profissional qualificado para ajudá-lo nessa tarefa, se isso não for possível, faça
você mesmo um esquema, distribuindo as áreas da empresa, os equipamentos, móveis
e as pessoas de forma racional e sensata. Deve-se atentar para os seguintes
aspectos: verificação se há exigências específicas quanto ao layout,
conforme a legislação vigente para este tipo de negócio; certificação se é
possível adequar o layout da empresa para pessoas portadoras de
necessidades especiais.
Por exemplo: quadro distributivo do trabalho (departamentalização, cargos por
departamento), iluminação, cores, sons, ventilação, áreas adequadas,
distribuição máquinas e equipamentos, etc. Inclusive disponibilizamos no PN a
planta baixa do Super MX projetada pelo engenheiro civil Ruy Armênio
Albuquerque por ocasião da construção do estabelecimento, há 50 anos.
É
importante estimar a capacidade instalada da empresa, isto é, o quanto pode ser
produzido ou quantos clientes podem ser atendidos com a estrutura existente.
Com isso, é possível diminuir a ociosidade e o desperdício. Especificam-se
de forma precisa e assertiva todas as variáveis influentes no processo produtivo/comercial/serviços.
Por exemplo: 1. Número de funcionários por loja: 81, assim distribuídos:
8 repositores, 8 empacotadores, 4 assistentes operacionais, 8 operadores de
check out, 2 seguranças, 1 monitor, 1 padeiro, 1 auxiliar de padaria, 1
açougueiro, 1 auxiliar de açougueiro, 1 confeiteiro, 1 auxiliar de confeitaria,
3 cozinheiros, 2 auxiliares de cozinha, 1 analista de TI, 1 assistente em
informática, 1 farmacêutico, 3 auxiliares de farmácia, 10 motoristas, 10
auxiliares de expedição, 2 faxineiros, 3 assistentes contábeis, 1 assistente
administrativo, 1 gerente financeiro/contábil, 1 gerente
administrativo/R.H., 1 gerente
comercial/operacional, 2 operadores de telemarketing, 1 assistente comercial e
1 terapeuta ocupacional; 2. Número total de funcionários: 486; 3.
Número de sócios administradores: 04; 4. Número de stakeholders
internos: 490; 5. Número total de shareholders (fornecedores): 250;
6. Número total de itens: 8.400; 7. Número de automóveis: 12 por
loja, perfazendo um total de 72; 8. Total de departamentos por loja: 23,
assim distribuídos: 1 supermercado com oito seções principais – Bazar,
Hortifrutigranjeiros, Bebidas, Básicos/Farináceos, Higiene, Beleza, Bomboniere
e Mercearia – e três seções acessórias – Padaria, Açougue/Frios e Confeitaria;
1 delivery; 1 drogaria; 1 restaurante; 1 departamento comercial; 3 estoques
(supermercado, delivery e drogaria); 1 departamento de R.H.; 1 departamento
contábil; 1 diretoria executiva; e 2 refeitórios (1 ao lado dos estoques e 1 ao
lado do R.H.) com geladeira, fogão, microondas e acesso à internet para os
stakeholders internos; 9. Total de departamento do MX: 138; 10. Média
de consumidores: 75 por check out por dia, perfazendo totais de 3.600 por
dia, 25.200 por semana e 756 mil por mês.
Deve-se
adotar um modelo de gestão, como KPI, Balanced Scorecard, ou outra que seja
efetivamente adequada. É o momento de registrar como a empresa irá
funcionar. Você deve pensar em como serão feitas as várias atividades,
descrevendo, etapa por etapa, como será a fabricação dos produtos, a venda de
mercadorias, a prestação dos serviços e, até mesmo, as rotinas administrativas.
Identifique que trabalhos serão realizados, quem serão os responsáveis, assim
como os materiais e equipamentos necessários. Para isso, você mesmo poderá
elaborar um roteiro com essas informações. Veja, a seguir, o exemplo de um dos
processos de uma indústria de artigos do vestuário. Em seguida, faça o mesmo
para as diversas atividades da sua empresa. Pode-se desenvolver um livro dos microprocessos
e macroprocessos organizacionais.
4.5 Política de recursos humanos
Deve-se partir
do princípio de que os direitos humanos precisam ser valorizados e preservados,
elaboramos, promulgamos e implantamos no Super MX: 1. O Plano de Carreira
Completo, composto por: 1.1. Plano de Cargos e Salários, estabelecendo os
cargos bem como suas respectivas atribuições e remunerações; 1.2. Regimento
Interno, salientando todos os procedimentos e prazos para concessão de
bonificações, progressões e promoções; e 1.3. Organograma Funcional,
identificando visualmente a estrutura hierárquica simples e com a proximidade
da pico e da base da pirâmide, o que denominamos downsizing; 2. O Código de
Ética Profissional, no intuito de nortear os relacionamentos entre todos os
nossos públicos de interesse (stakeholders), a saber, funcionários,
fornecedores, consumidores, concorrentes, governo, mídia e comunidade; 3. O
Manual do Fornecedor, salientando a missão, a visão e os valores organizacionais
tais quais a conduta socioambientalmente responsável bem como as exigências organizacionais
gerais, mormente no que tange a RSAE – Responsabilidade Social e Ambiental
Empresarial.
4.6
Tecnologia
Supermercadista:
no intuito de manter a competitividade, a lucratividade e as ações
socioambientais não somente no momento atual, mas também nas próximas gerações,
por exemplos, pode-se e deve-se apresentar nesse subtópico as tecnologias
organizacionais mais utilizadas no contexto da atualidade.
5
PLANEJAMENTO DE
TRADE MARKETING
Alicerçados
numa análise mercadológica e num planejamento estratégico bem fundamentados, deve-se
desenvolver o planejamento de Trade Marketing dividindo-o nos tópicos
principais tais como os exemplos a seguir:
a)
Produto:
Objetivo:
definir todos os produtos e serviços com suas respectivas características
(nome, marca, patente, domínio, unidade, tamanho, finalidade, quantidade
disponível, descrição completa, benefícios, garantias, validades, etc). Deve-se
lembrar de que a qualidade do produto/serviço é aquela que o consumidor
enxerga. Ademais, deve-se especificar claramente a distinção e as
características dos serviços off-line e online. Exemplo: operamos com
8.400 itens diversos agrupando-os em 185 categorias. Apresentamos, entretanto,
somente os produtos mais demandados, no intuito de fazer conhecer os principais
dentre nossos itens.
b)
Preço:
Preço é o que consumidor está disposto a pagar pelo
que você irá oferecer. A determinação do preço deve considerar os custos do
produto ou serviço e ainda proporcionar o retorno desejado. Ao avaliar o quanto
o consumidor está disposto a pagar, você pode verificar se seu preço será
compatível com aquele praticado no mercado pelos concorrentes diretos. O preço
de venda será trabalhado novamente no Plano Financeiro, quando calcularmos o faturamento
total da empresa.
Cada
produto/serviço e cada mercado demandam uma estratégia diferente de preços. O
objetivo desse ítem é explicitar os objetivos a serem atingidos com os preços
fixados para seus produtos/serviços. Uma estratégia relevante é a comparação
entre seus preços e aqueles praticados pela concorrência. Exemplo: atualizamos
diariamente nossos preços de acordo com a necessidade advinda do mercado
supermercadista regional, estadual, nacional e internacional. Em fontes
confiáveis respaldamos nossas pesquisas. Apresentamos, outrossim, uma tabela
informativa de todos os preços praticados pelo Super MX no caso de todos os
itens apresentados no subsubtópico anterior.
c)
Praça:
Neste momento, você deve identificar a
melhor localização para a instalação de seu negócio e justificar os motivos da
escolha desse local. A definição do ponto está diretamente relacionada com o
ramo de atividades. Um bom ponto comercial é aquele que gera um volume razoável
de vendas. Por isso, se a localização é fundamental para o sucesso do negócio a
ser implantado, deve-se levar em consideração os seguintes aspectos: análise do
contrato de locação, em especial as condições de pagamento e o prazo do aluguel
do imóvel; condições de segurança da vizinhança; facilidade de acesso, o nível
de ruído, condições de higiene e limpeza e existência de locais para
estacionamento; proximidade dos clientes e fluxo de pessoas na região; proximidade
de concorrentes; proximidade dos fornecedores, pois isso influencia no prazo de
entrega e no custo do frete; Dicas: ida ao ponto pelo menos três vezes, em
horários alternados, para verificar o movimento de pessoas e de veículos no
local. A compra de um imóvel para a instalação da empresa é uma opção pouco
comum. Agindo assim, imobiliza-se a maior parte dos recursos, comprometendo os
valores destinados para capital de giro. Deve-se escolher a localização em
função do tipo de empreendimento. Exemplo: explanamos toda a lógica da nossa localização geográfica no Sul de Minas.
Nossas seis lojas foram instaladas em municípios pólos em acesso, de maiores
fluxos econômicos e quantitativos populacionais. Todas se situam em áreas
centrais e cada uma cada uma delas possui seu próprio campo de abrangência
regional, divididos em rotas externas e internas, conforme minuciosamente
explanado nesse subsubtópico no planejamento de Trade Marketing.
Promoção é toda
ação que tem como objetivo apresentar, informar, convencer ou lembrar os
clientes de comprar os seus produtos ou serviços e não os dos concorrentes. A
seguir, estão relacionadas algumas estratégias que você poderá utilizar:
propaganda em rádio, jornais e revistas; internet; amostras grátis; mala
direta, folhetos e cartões de visita; catálogos; carro de som e faixas; brindes
e sorteios; descontos (de acordo com os volumes comprados); participação em
feiras e eventos. O merchandising, expressão de origem inglesa, alude-se à
série de atividades promocionais, integrando o expositor, e a propaganda global
tanto dentro do próprio estabelecimento (os pontos de vendas) quanto na mídia
em geral; inclui, dentre muitas outras coisas, a embalagem, a exposição, a
política de preços, as ofertas especiais, etc., o que no final acaba sendo
comercialização. Fonte: dicionário eletrônico off-line Michaelis, da UOL. No
Plano de Negócios empresarial deve-se especificar as estratégias de
merchandising separando-as por na mídia em geral e no ponto de venda.
Existem diversos tipos de
divulgação. Os catálogos de produtos apresentam a empresa de forma organizada e
detalhada. Deve-se incluir nos catálogos fotos, informações técnicas e formas
de utilização. Panfletos e volantes podem ser entregues em locais com grande
fluxo de pessoas. Neles, conterão todas as informações básicas sobre os
produtos e serviços (nome da empresa, endereço, telefone, etc.). Uma
alternativa interessante é a divulgação em revistas especializadas ou em
jornais de bairro. Esses anúncios são mais baratos e atingem diretamente o seu
público-alvo. Feiras são bons locais para apresentar sua empresa a um público
selecionado por juntar clientes, especialistas, concorrentes e fornecedores,
além de gerar vendas. Uma marca bem trabalhada contribui para o sucesso do
empreendimento. Crie uma marca (nome e logotipo) que seja fácil de pronunciar e
memorizar. Consulte o nome e a logomarca junto ao INPI – Instituto Nacional De
Propriedade Industrial, para certificar-se de que poderá fazer uso de ambos.
Busque mais informações na página do INPI (www.inpi.gov.br) ou em um ponto de
atendimento do SEBRAE.
Objetivo: traçar métodos de como
divulgar a empresa, bem como sua identidade, seus produtos e serviços. Deve-se
utilizar esse ítem para relacionar os principais canais de comunicação
utilizados para a divulgação empresarial, tais como Internet, TV, rádio,
busdoor, outdoor, revista, jornal, eventos (feiras, festas, outros),
justificando a escolha. Vide exemplo:
Dica 1: para uma empresa
pontocom, a Internet é, normalmente, o principal canal de promoção. Para saber
mais sobre os principais meios utilizados visite: http://www.e-commerce.org.br/webmarketing.htm.
Dica 2: é superelegante fazer uma análise custo/benefício destas promoções
antes de implantá-las na organização empresarial. Exemplo: sendo o quarto
elemento do Mix de Marketing, a promoção divide-se em dois grupos principais:
1. Publicidade: alude-se às técnicas de merchandising, seja no ponto de
venda seja na mídia em geral; seus custos são variáveis e estão embutidos no
valor de compra dos produtos aos consumidores; 2. Propaganda: alude-se
às demais técnicas de disseminação e promoção dos produtos e serviços,
dividindo-se em internas – concursos, descontos, brindes, sorteios, promoções
relâmpagos, bandejas de degustação, degustação, catálogos, boletins
informativos internos, brindes, etc. – e externas – feiras, exposições, campanhas,
eventos em geral, etc. Na unidade número quatro desse compêndio segue-se uma
explanação pormenorizada sobre Trade Marketing; entretanto, de forma sintética,
dividimo-la em dois grupos para melhor representá-las nesse subtópico, o resumo
do negócio:
v Promoções online: site institucional (endereço eletrônico na World Wide Web) com
seção “Notícias” ou “Novidades”, “Ofertas da Semana”, “Contato”, “Quem Somos”,
“Trabalhe Conosco”, “Responsabilidade Socioambiental Empresarial – RSAE”, “Meu
carrinho de Compras”; cadastro em sites de busca como Google e Yahoo
(gratuito ou pago); utilização de e-mail marketing (utilização efetiva
do mesmo junto a clientes cadastrados, visando à divulgação de lançamentos e
novidades da organização; utilização de Newsletter como canal permanente de
comunicação com os clientes e ferramenta de relacionamentos); e-commerce
(transferência automática para o Pag Seguro após clique simples em Comprar;
selecionar forma de pagamento: boleto bancário ou débito em conta corrente); banners
pagos por cliques (parcerias com sites de conteúdos complementares que
concordem em direcionar visitantes em troca de pagamento por visitante);
v Promoções off-line: publicidade em jornais e revistas (fecha-se um contrato por tempo
e valor determinados. Ex: dois anúncios mensais por um ano no Jornal Correio do
Papagaio pelo valor de R$600,00, ou um anúncio semanal na revista Época
Negócios pelo valor de R$750,00); promoções relâmpagos (sessenta
segundos repentinos concedidos aos consumidores que estiverem realizando
compras no momento em questão para que levem gratuitamente tantos quantas
mercadorias conseguirem e comuniquem a todos os seus conhecidos); bonificações/premiações
(concessão de brindes/prêmios ou serviço específico – como a utilização de rede
wifi ou wireless - a clientes que adquirirem em produtos/serviços um valor
monetário mínimo. Ex: concorra a uma moto ao adquirir R$50,00 em
produtos/serviços, ou consuma R$20,00 e utilize a rede wifi/wireless; ou pode
consistir em concessão de crédito a clientes efetivos cujas indicações,
provenientes da concorrência, adquirirem determinado valor monetário em
produtos/serviços. Ex: a cada indicação que consumir acima de R$30,00 ganhe
metade em crédito); outdoor (placas ou letreiros visíveis expostos do
lado de fora do supermercado); descontos estratégicos (são estratégicos
quando visam a maior lucratividade possível. Ex: primeiro aumenta-se o preço do
açúcar em 30% em um determinado mês; depois, em um mês posterior, reduz-se o
preço do mesmo em 50%; para os consumidores, eles estão comprando os produtos
pela metade do preço, quando, na realidade, a redução real do açúcar foi de 35%
em relação ao valor original, ou oferece-se desconto de 23,07%, o que para o
consumidor significa redução, mas para a empresa o valor é um centavo a mais
para cada cem reais do valor original); carro de som e faixas; mala
direta (correspondências impressas remetidas aos consumidores efetivos e em
potencial para seus endereços postais); amostras grátis (em feiras,
acompanha também o serviço de degustação); panfletagem (panfletos,
folhetos, catálogos, cartões de visita. Geralmente toma-se um coordenador ou
uma equipe coordenadora dessa promoção, a qual se responsabiliza pelo serviço
realizado por terceiros. Ex: João é o coordenador de panfletagem das lojas e
comércio varejista do município, ele contata terceiros para realizarem o
serviço em troca de R$20,00/mil panfletos entregues e os paga); propaganda
em eventos (feiras, festas – do padroeiro, municipais e regionais,
cerimônias religiosas – semana santa, novenas, etc).
e) Logística Empresarial:
O objetivo desse
subtópico é definir os canais de distribuição, isto é, como seus produtos e/ou
serviços chegarão até os seus clientes externos (consumidores); o canal começa
sempre no fabricante e termina sempre no consumidor final; quando essa definição
é feita de modo estratégico dá-se o nome de logística empresarial, o que
envolve o transporte, o armazenamento e a distribuição do produto. A empresa
pode adotar uma série de canais para isso, como: vendedores internos e
externos, representantes, Internet, venda direta, representação, logística de
distribuição, locais para armazenamento, entre outros. No caso da existência de
um estabelecimento físico, caracterizar o valor do ponto utilizado como fator
de geração de receita, apontando suas características como facilidade de
acesso, perfil da população próxima, segurança, entre outras. No comércio
varejista, os canais de distribuição mais comuns são fabricante - varejo -
público final, fabricante - atacado - varejo - público final, fabricante -
empresa distribuidora - atacado – varejo - público final; mais comumente, o
fabricante vende para o atacado e para o grande varejo, ficando o pequeno e
médio varejo sob a responsabilidade do atacadista. Exemplo: especificamos
assertivamente nossos dois canais de distribuição, nosso meio de transporte – o
rodoviário – e sua utilização, além das finalidades das estratégias de
localização geográfica, layout, quadro distributivo do trabalho, processos
operacionais, etc.
f) Parcerias Estratégicas:
Devem-se
relacionar nesse subtópico todas as parcerias realizadas com fornecedores ou
outras empresas seja do mesmo segmento ou de segmentos diferentes no intuito de
ampliar a fatia de mercado, aumentar a competitividade e a lucratividade
empresarial. Por exemplo, temos as estratégias de crescimento horizontal e
vertical do Grupo Pão de Açúcar, o qual hoje é parceiro comercial das empresas
Casas Bahia, Ponto Frio, Assaí Atacadista, Extra Supermercados, Extra Eletro,
Globex, Nova Ponto Com, Compre Bem Supermercados (SP e RJ) e Sendas
Supermercados (Grande RJ). Exemplo: explanamos nossas parcerias com Smart
Computer, Unimed, Restaurante Sabor da Terra, Drogaria da Terra, Eldorado e
Produtor, especificando os resultados obtidos da aplicação das mesmas.
g) Endomarketing:
Aludindo-se ao
marketing interno empresarial, o endomarketing visa otimizar o processo
comunicativo organizacional, logo influindo positivamente em todos os demais
processos. Pode incluir treinamentos, terapia organizacional, intranet,
intervalos regulados para relacionamento corporativo, dentre outras estratégias
de endomarketing. Exemplo: investimos sem parcimônia em comunicação interna
organizacional, mediante intranet, utilização de memorandos e/ou circulares,
treinamentos no CTES MX – Centro de Treinamentos Empresariais Supermercadistas
do MX, terapia ocupacional, reuniões corporativas, ouvidoria, murais
informativos, dentre outras práticas de endomarketing.
6
PLANEJAMENTO DE
RSAE
Alicerçados
numa análise mercadológica e num planejamento estratégico bem fundamentados,
deve-se desenvolver o planejamento de Responsabilidade Social e Empresarial -
RSAE - dividindo-o nos tópicos principais tais como se seguem:
a)
Conscientização
interna sobre RSAE e RBV:
O
objetivo desse tópico é primeiramente conscientizar a organização corporativa
das vantagens empresariais existentes em se investir em sustentabilidade social
e ambiental e, nesse respeito; não estamos falando só de lucro, apesar de esse
ser o foco principal de qualquer negócio, mas estamos falando de
confiabilidade, fidelização dos clientes mediante a preferência dos mesmos em
consumir produtos de corporações social e ambientalmente responsáveis, bem como
dos benefícios gerados ao meio ambiente, fonte de nossos recursos naturais e à
sociedade como um todo. É claro, entretanto, que no cenário globalizado atual
todos os investimentos aplicados nesse setor se converte em retorno competitivo
e financeiro/monetário, enquanto as empresas que ainda não aderiram a tais
métodos perdem cada vez mais competitividade, credibilidade dos clientes e,
consequentemente, lucratividade, sem contar que, em alguns casos, chegam à
falência por causa disso. Logo após a conscientização, entretanto, cabe ao
tópico em questão alistar as principais atitudes tomadas pelas organizações
empresariais do segmento da qual sua corporativa faz parte e selecionar aquelas
nas quais é viável investir.
As
transformações socioeconômicas dos últimos anos têm afetado profundamente no
comportamento de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização
do lucro. Se por um lado o setor privado tem cada vez mais lugar de destaque na
criação de riqueza; por outro lado, é bem sabido que com grande poder, vem
grande responsabilidade. Em função da capacidade criativa já existente e dos
recursos financeiros e humanos já disponíveis, empresas têm uma intrínseca
responsabilidade social.
A
ideia de responsabilidade social incorporada aos negócios é, portanto, relativamente
recente. Com o surgimento de novas demandas e maior pressão por transparência
nos negócios, empresas se veem forçadas a adotar uma postura mais responsável
em suas ações. Assim, procurando encaixar a Dore nos atuais padrões,
criar-se-ão algumas metas para incentivo a cultura, preservação do meio
ambiente e educação. Exemplo: explana-se sobre o que os profissionais
gabaritados dessas áreas disseminam a respeito o tema de Responsabilidade
Social e Ambiental Empresarial – RSAE – e Visão Baseada em Recursos – RBV.
Mediante treinamentos corporativos tais informações são incorporadas na cultura
organizacional.
b)
Estratégias
Socioambientais Não Concorrenciais: apresenta-se e analisam-se as
estratégias socioambientais praticadas por empresas de outros segmentos.
c)
Estratégias
Socioambientais Concorrenciais: apresenta-se e analisa-se as
estratégias socioambientais praticadas por empresas do mesmo ramo, segmento,
setor de atividade.
d) Contabilidade e Marketing Socioambiental: explana-se
sobre as práticas de disseminação das iniciativas socioambientais empresariais
segundo diretrizes nacionais e/ou internacionais.
7.
PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
O enquadramento tributário da organização necessita de
minuciosa análise por parte de um contabilista ou alguém com o letramento
suficiente em legislação tributária para procedê-lo da maneira mais adequada e
proveitosa financeiramente para a mesma. Embora possa ser alterado, leva-se
tempo e esforço consideráveis além de que, se for mal realizado acarreta
prejuízos diversos ao negócio, quase sempre o levando à falência. Para pormenores
sobre o tema percorra as páginas 79 a 90 desse compêndio acadêmico. Na prática,
deve-se fazer como a seguir:
7.1 Âmbito
federal
( )
EMPREENDEDOR INDIVIDUAL
( )
REGIME SIMPLES
( )
REGIME NORMAL
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
PIS – Contribuição para os Programas de
Integração Social
COFINS – Contribuição para Financiamento da
Seguridade Social
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
(apenas para indústria)
7.2 Âmbito estadual
(
) ICMS – Regime Simplificado
( )
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (SISTEMA DÉBITO E
CRÉDITO)
7.3 Âmbito
municipal
(
) ISS – Imposto sobre Serviços
Alicerçados
numa análise mercadológica e num planejamento estratégico bem fundamentados,
deve-se desenvolver o planejamento de tributário explanando os encargos
tributários, trabalhistas e previdenciários empresariais aos quais estamos
sujeito segundo a legislação vigente. Vide a seguir um quadro demonstrativo
sintético das obrigações principais e acessórias de uma organização empresarial
supermercadista optante pelo Lucro Real trimestral:
OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS
TRIBUTOS CALCULADOS SOBRE AS VENDAS
|
PERCENTUAL
|
PIS/PASEP
– Cont. para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do
Servidor Público
|
1,65%
|
COFINS-
Contribuição para Financ. da Seguridade Social
|
7,6%
|
ICMS – Imp. sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços
|
Variável por estado
|
TRIBUTOS CALCULADOS SOBRE O LUCRO LÍQUIDO
|
PERCENTUAL
|
IRPJ - Imposto de Renda das Pessoas
Jurídicas opção pela tributação com base no regime do LUCRO REAL trimestral
|
15%
|
CSLL - Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido
|
9%
|
ENCARGOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS
|
PERCENTUAL
|
|
INSS parte da EMPRESA – COTA PATRONAL
|
20%
|
|
SES, SESC ou SEST
|
1,50%
|
|
SENAI, SENAC OU SENAT
|
1,00%
|
|
SEBRAE
|
0,60%
|
|
INCRA
|
0,20%
|
|
SALÁRIO EDUCAÇÃO
|
2,50%
|
|
RISCO DE ACIDENTE DE TRABALHO - RAT
|
2,00%
|
|
FGTS
|
8,00%
|
|
INSS SOBRE 13º SALÁRIO
|
1,67%
|
|
TOTAL
|
27,8% INSS + 8% FGTS + 1,67 INSS 13°
|
|
OUTRAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS
PRINCIPAIS
|
|
GPS
|
GUIA
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
|
FGTS
|
FUNDO
DE GARANTIA DE TEMPO DE SERVIÇO
|
IRRF
|
IMPOSTO
DE RENDA RETIDO NA FONTE
|
CSRF
|
CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL RETIDA NA FONTE
|
GRRF
|
GUIA
DE RESCISÃO CONTRATUAL E RECOLHIMENTO DO FGTS
|
COSIN
|
CONTRIBUIÇÃO
SINDICAL
|
COCON
|
CONTRIBUIÇÃO
CONFEDERATIVA
|
COASSIN
|
CONTRIBUIÇÃO
ASSISTENCIAL
|
COASSO
|
CONTRIBUIÇÃO
ASSOCIATIVA
|
LIT
|
LIVRO
DE INSPEÇÃO DO TRABALHO
|
LRE
|
LIVRO
DE REGISTRO DE EMPREGADOS
|
NR 5
|
COMISSÃO
INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
|
NR 7
|
PROGRAMA
DE CONTRIBUIÇÃO MÉDICA E SAÚDE OCUPACIONAL
|
NR 9
|
PROGRAMA
DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
|
OUTRAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
PRINCIPAIS
|
|
LRE
|
LIVRO
DE REGISTRO DE ENTRADAS
|
LRS
|
LIVRO
DE REGISTRO DE SAÍDAS
|
LRI
|
LIVRO
DE REGISTRO DE INVENTÁRIOS
|
LAICMS
|
LIVRO
DE APURAÇÃO DO ICMS
|
LRUDFTO
|
LIVRO
DE REG. DE UTIL. DE DOC. FISCAIS E TERMOS DE OCOR.
|
OBRIGAÇÕES CONTÁBEIS
|
|
E/CS
|
ESTATUTO/CONTRATO
SOCIAL
|
LDI
|
LIVRO
DIÁRIO INDIVIDUAL
|
LDC
|
LIVRO
DIÁRIO CONSOLIDADO
|
LR
|
LIVRO
RAZÃO
|
LC
|
LIVRO
CAIXA
|
LALUR
|
LIVRO
DE APURAÇÃO LUCRO REAL
|
BP
|
BALANÇO
PATRIMONIAL
|
DRE
|
DEMONSTRATIVO
DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
|
DMPL
|
DEMONSTRATIVO
DAS MUTAÇÕES DO PL
|
DOAR
|
DEMONSTRATIVO
DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
|
DLPA
|
DEMONSTRATIVO
DE LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS
|
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
ACESSÓRIAS TRIBUTÁRIAS
|
|
EFD PIS/COFINS
|
APRESENTAÇÃO
MENSAL – APURAÇÃO DO PIS/COFINS
|
EFD ICMS/IPI
|
APRESENTAÇÃO
MENSAL – APURAÇÃO ICMS/IPI
|
DACON
|
APRESENTAÇÃO
MENSAL – PIS/COFINS
|
DCTF
|
APRESENTAÇÃO
MENSAL – DEBITOS/CRÉDITOS TRIBUT.
|
GIA
|
GUIA
DE PAGAMENTO DO ICMS APURADO – MENSAL
|
DIPJ
|
DECLARAÇÃO
DE IR DA PESSOA JURÍDICA
|
DIRF
|
DECLARAÇÃO
DO IRRF – FONTES PAGADORAS
|
PER/DECOMP
|
PED.
ELET. DE RESTIT. / DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO
|
ACESSÓRIAS
TRABALHISTAS/PREVIDENCIÁRIAS
|
|
CAGED
|
CADASTRO
GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS
|
GEFIP
|
GUIA
DE RECOL. DO FGTS E INFORMAÇÕES À PREVID. SOCIAL
|
SEFIP
|
SIST.
EMPRESA DE RECOL. DO FGTS E INFORM. À PREVID. SOCIAL
|
RAIS
|
RELAÇÃO
ANUAL DE INFORMAÇÕES SOCIAIS
|
TRCT
|
TERMO
DE RESCISÃO CONTRATUAL E TEMPO DE SERVIÇO
|
CRH
|
CONTROLE
E REGISTRO DE HORÁRIO
|
RP
|
RECIBO
DE PAGAMENTOS EFETUADOS
|
RF
|
RECIBO
DE FÉRIAS
|
CT
|
CONTRATO
DE TRABALHO
|
PAT
|
PROGRAMA
DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
|
PID
|
PROGRAMA
DE INCLUSÃO DIGITAL
|
ACESSÓRIAS CONTÁBEIS
|
|
ECD
|
ESCRIT.
CONTÁBIL DIGITAL – ANUAL (ATÉ 30/06) – DEM. CONT.
|
IR
|
INFORME
DE RENDIMENTOS
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sintam-se à vontade para enriquecer a participação nesse blog com seus comentários. Após análise dos mesmos, fornecer-lhe-ei um feedback simples.