sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Modelo de Análise Mercadológica Supermercadista - PN Completo - Parte 2

Blog "Gestão e Negócios Sustentáveis”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.
Disponível em http://gestaoenegociossustentaveis.blogspot.com/



Evolução das Vendas do Setor – Total Brasil (Var. Mês x Mesmo Mês do Ano Anterior)

Atualizada em 24/04/12 - ABRAS
 



RANKING ABRAS


            O panorama do setor traçado pelo Ranking Abras é o mais importante termômetro para o governo e a sociedade em geral avaliarem a amplitude e a força do segmento supermercadista.
Tradicionalmente publicado pela revista Super Hiper, este trabalho, com reconhecimento nacional e internacional, tem como principal objetivo conhecer e entender cada vez mais o setor supermercadista brasileiro e possibilitar a cada empresa acompanhar sua evolução, tecer comparações em relação à concorrência e, inclusive, planejar seu desenvolvimento.
A pesquisa busca informações sobre faturamento, dados físicos, formatos de loja, meios de pagamento, participação das diversas seções nas vendas totais e investimentos, entre outros. Desde a edição 2010, além do tradicional formulário impresso, também é possível preencher todo o questionário na internet por meio do Portal Abras. O sistema é simples e intuitivo, seguindo a mesma ordem do formulário impresso.

DINAMISMO E EFICIÊNCIA 500 DO RANKING

O grupo das 500 declarantes do Ranking Abras aponta faturamento superior a R$ 183 bilhões nas operações realizadas no ano de 2011. O valor é 22% acima do informado no ano anterior. A tradicional análise das 500 maiores empresas declarantes do Ranking Abras mostra o quão dinâmico, pulverizado e eficiente é o setor de autosserviço no País. O faturamento total dos negócios operados por essas empresas em 2011 foi 22% acima do declarado em 2010. Entre os motivos estão a inclusão dos ganhos provenientes de atividades complementares informadas por elas como atacarejo, postos de combustíveis, farmácia, comércio eletrônico, lojas de eletroeletrônicos, etc., (veja reportagem sobre atividades), além do crescimento orgânico, principalmente de empresas regionais, e de estratégias diferenciadas que as fizeram atingir tais resultados.
Nesta análise, o corte refere-se às 500 primeiras colocadas que faturaram juntas R$ 183,2 bilhões, mas vale destacar que este ano o total de informantes foi de quase 700 empresas, mais exatamente 696 redes de supermercados, que faturaram R$ 183,6 bilhões. O total de lojas especificamente de supermercados do grupo das 500 empresas é de 6.506 unidades. Elas empregam 584.493 pessoas diretamente, o que significa 60,3% da mão de obra do total de autosserviço no País. A área de vendas ocupada por elas é de 8,6 milhões de metros quadrados, ou seja, 42% do total do setor. E dos 206,6 mil check-outs encontrados no total de lojas de autosserviço do País, 62,4 mil estão alocados nas lojas das empresas que declararam ao Ranking.

MAIS EFICIÊNCIA

Para chegar aos números e índices de eficiência do grupo das 500 empresas são necessários ajustes. Neste ano, embora os dados referentes à operação da Via Varejo (antiga Globex que inclui Casas Bahia e Ponto Frio) tenham sido declarados pelo Grupo Pão de Açúcar no total de lojas, funcionários, check-outs, área de vendas e faturamento (como pode ser conferido na tabela de classificação) nas análises, os dados referentes à operação Via Varejo foram excluídos para não distorcer os dados referentes às operações de autosserviço e as equiparações com os anos anteriores. Os dados do Carrefour que não constam na tabela foram projetados (veja mais informações sobre a empresa na reportagem Grupo das 50 maiores). Ainda neste Ranking, toda a operação da Rede Bretas, adquirida em novembro de 2010 pelo grupo Cencosud e que não foi informada no Ranking passado, retornou ao estudo.
Sendo assim, o grupo das 500 empresas faturou por loja R$ 28,033 milhões. O resultado de 2011 é 29,3% superior ao do ano anterior. Em relação aos ganhos por funcionário, o acréscimo foi de 8,6% e chegou a R$ 281,182 mil. Quando a eficiência é medida por check-out, o faturamento fica em R$ 2,53 milhões, superior em 8,7%.
Um dos dados que ilustram a eficiência da operação supermercadista é o ganho por metro quadrado. Em 2011, em valores atualizados pelo IPCA médio de 6,63%, houve acréscimo de 1,04% no faturamento médio por metro quadrado. Este indicador se mantém numa crescente, acompanhando a evolução do setor. Nos últimos seis anos, a evolução no ganho médio por metro quadrado foi de R$ 6 mil, alcançando os R$ 18,966 mil por m2 ao ano ou R$ 1,581 mil por m2 ao mês. Em 2006, os números eram R$ 12,920 e R$ 1.077, respectivamente.

FORMATOS DE LOJA

Na avaliação sobre tipificação das empresas declarantes do Ranking, a Abras passou a adotar uma classificação mais simplificada, por formato de lojas, (conveniência, sortimento limitado, supermercado, hipermercado ou supercenter e atacarejo ou clube de compras) ao invés de classificá-las por metragem quadrada. Hoje é muito comum uma empresa atuar com vários formatos, tanto que em julho passado Super Hiper publicou quadro elaborado pelo consultor de Varejo da Abras, Antonio Carlos Ascar, com 12 formatos de lojas espalhados pelo País. Aqui, para esta análise, alguns formatos que estão dentro de uma mesma família (por exemplo, supermercado de proximidade, compacto, tradicional, gourmet ou especializado) foram agrupados para melhor entendimento.
Dessa forma, supermercado é o formato em que mais empresas de autosserviço apostam. Das declarantes, 2.355 lojas estão enquadradas nele, a área média gira em torno de 1,3 mil m2. Nos supermercados são ofertados em média 15,4 mil itens, sendo que desse montante 22,3% são itens não alimentos. O número médio de checkouts por loja é de 11,6 unidades. Vale ressaltar que dos empresários que afirmaram trabalhar com este formato, 82,7% de seu faturamento advêm dele.
O segmento conveniência vem em seguida com 1.295 unidades declaradas pelas empresas, entre elas a carioca AM/PM Comestíveis, focada em lojas de conveniência e que conta com 1.203 lojas. A área de venda média desse grupo, que declarou ao Ranking trabalhar lojas de conveniência, é de 74 m2, onde são ofertados 2.596 itens, do quais 31,1% são de não alimentos. Já as lojas de sortimento limitado somam 389 unidades, segundo as declarantes, e têm área de venda média de 337m2, com 6.359 itens, dos quais 27,5% são produtos não alimentícios.
As lojas de maior superfície, ou seja, hipermercados e supercenters somam 249 unidades, tendo em média 5.276 m2 cada unidade. O número médio de check-outs é de 32,6 unidades. São comercializados 34.216 itens e metade é de não alimentos. Por fim, um formato de loja que vem ganhando corpo pelo País é o atacado de autosserviço ou clube de compras. O forte deles são os alimentos, com 91,8% de participação. O número médio de itens comercializados é de 17.469, distribuídos em lojas de 2.747 m2.

Na divisão do faturamento informado pelas declarantes, supermercado aloca 76,8% dentre todos os formatos, na sequência estão os hipermercados com 13,1%, depois atacado com 6,4%, conveniência com 2% e sortimento limitado com 1,6%. 

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