Blog "Gestão e Negócios Sustentáveis”, de
autoria de Superdotado Álaze Gabriel.
Disponível em http://gestaoenegociossustentaveis.blogspot.com/
4.
PLANEJAMENTO ESTRUTURAL/OPERACIONAL
4.1 Localização
Geográfica
O Supermercado
Mercantil X LTDA possui 6 lojas varejistas, todas elas situadas na mesorregião
8 (numerada segundo IGA –IBGE), localizadas exatamente em seis municípios
sulmineiros, estrategicamente distribuídos de forma a abranger os seis
principais pólos comerciais do Sul de Minas, a saber: São Lourenço, Varginha,
Alfenas, Poços de Caldas, Pouso Alegre e Itajubá.
Outrossim, todas
as lojas ocupam a região central em cada um dos municípios nos quais atuam. A
seguir, são apresentados os endereços de cada uma delas:
Matriz: Avenida
Dom Pedro II, 135 – Centro – São Lourenço – MG;
Filial 01:
Avenida Benedito Pereira dos Santos, 520 – Centro – Itajubá – MG;
Filial 02: Rua
Wenceslau Bráz, 1.236 – Centro – Pouso Alegre – MG;
Filial 03: Rua
Antônio Francisco Lisboa, 741 – Centro – Poços de Caldas – MG;
Filial 04: Rua
Dr. Humberto Sanches, 358 – Centro – Alfenas – MG; e
Filial 05: Rua
Tiradentes, 647 – Centro – Varginha – MG.
4.2 Layout –
Arranjo Físico das Instalações
O layout do
Supermercado Mercantil X LTDA segue os seguintes princípios:
Espaço Tridimensional: deve-se buscar
o melhor aproveitamento do espaço disponível, ou seja, vertical, horizontal e
longitudinal;
Economia de Movimento: procura-se
encurtar a distância das diversas fases de um processo, de tal forma que
materiais, pessoas e documentos circulem o menos possível;
Flexibilidade: todo layout deve ser concebido
da maneira menos rígida possível, possibilitando constantes alterações
ambientais requeridas pelos stakeholders e que sejam realizadas pronta e
economicamente;
Fluxo Progressivo: estabelece que as fases de um
processo operacional devem ser mais lógicas e contínuas possíveis, sem paradas,
voltas ou cruzamentos, tanto para os funcionários quanto para os equipamentos;
Integração: todos os componentes do processo devem
estar integrados, ou seja, stakeholders, máquinas, equipamentos e materiais
funcionando com uma única unidade e em sinergia;
Satisfação e Segurança do Trabalho: o arranjo
físico deve ser disposto de forma a propiciar conforto, aparência e, mormente,
segurança para os stakeholders e para os processos operacionais. Lembrando que
o trabalhador satisfeito trabalha mais e melhor.
Dados os
princípios seguidos no arranjo físico do Super MX, analisamos em cada uma das
seis lojas os seguintes aspectos: fatores ambientais (cores, ruídos,
iluminação, temperatura, ventilação e ergonomia), departamentalização (padaria,
açougue, hortifrutigranjeiros, restaurante, delivery, mercearia em geral,
contabilidade, diretoria, check outs, depósito local), área apropriada a cada
departamento (cálculo exato da área) e o quadro distributivo trabalhista de
cada departamento.
Cores
Utilizamos as
seguintes cores, todas sempre mantidas na tonalidade clara, mediante pinturas
anuais:
Verde – lembra a
natureza, dá uma sensação de liberdade, faz com que as pessoas acreditem na
possibilidade de dias melhores, induz à paciência e ao amor pelo trabalho;
pintados dessa cor estão os seguintes departamentos: depósitos locais e
estacionamentos.
Azul – reflete a
paz, a tranqüilidade, fazendo com que as pessoas tenham maior
compreensão com os seus pares no ambiente de trabalho, desperta a criatividade
e estimula a pesquisa; pintado dessa cor está apenas o delivery.
Bege
–
torna
o ambiente agradável, fazendo gerar um clima amistoso entre as pessoas no
desenvolvimento de atividades coletivas; pintados dessa cor estão os seguintes
departamentos: restaurante, mercearia em geral, açougue, padaria e hortifrutigranjeiros.
Laranja – torna o ambiente
simpático e atraente; pintados dessa cor estão os check outs.
Branco – ideal para
escritórios e demais ambientes nos quais a utilização de documentos
organizacionais se faz constantes; pintados dessa cor estão os seguintes
departamentos: contabilidade, administração, diretoria.
No
que tange aos ruídos, os quais afetam diretamente a concentração e a
produtividade, tomamos as seguintes providências: substituição das campainhas
por sinais ópticos; telefones com sons não estridentes; fechadores automáticos
nas portas; emprego de materiais acústicos; o Delivery e o Restaurante estão
localizados em um espaço apropriado de modo a não incomodar a realização de
compras pelos consumidores nos demais departamentos. Vale ressaltar os níveis
de audibilidade, em decibéis, de acordo com cada departamento:
A ventilação se
faz pelas janelas, por ventiladores, circuladores de ar e ares condicionados
internos. Já a temperatura é mantida da seguintes forma: entre 18º e 20º C para
trabalhos muito ativos; e entre 20º e 22º C para trabalhos de escritórios
Com a utilização
do arranjo físico atual conseguimos alcançar os seguintes objetivos: eficiência
no fluxo de documentos; facilidade na supervisão por parte das chefias; melhoria
do desempenho dos empregados; otimização da utilização dos equipamentos, dos
móveis e do espaço físico.
Com relação à iluminação temos por conclusões fundamentadas em
experiências próprias que as cores estão diretamente ligadas aos problemas de iluminação,
em virtude de sua capacidade de reflexão e de absorção. Portanto, de
conformidade com o trabalho que se pretende realizar, deve-se fornecer a
quantidade de luminosidade requerida, utilizando as cores adequadas para tal.
Destarte, vale ressaltar os índices de reflexão e de absorção mais recomendados
para as mais diversas estações de trabalho.
Iluminação
A boa iluminação é responsável por clarear o ambiente, destacar
mercadorias, decorar espaços especiais e acompanhar o estilo e personalidade da
loja. Ela destaca partes atrativas da loja e disfarça as partes visualmente
desagradáveis que não podem ser mudadas. A iluminação pode ser: a) difusa,
incidente (direcional) ou combinada; b) fluorescente ou incandescente.
Lâmpadas direcionais dão destaque dirigido às mercadorias valorizam o
produto e direcionam o olhar do cliente. A luz fluorescente (fria de baixo
consumo), em alguns caso distorce as cores, sendo necessário cuidado com seu
uso. A luz incandescente, por sua vez, é mais glamourosa, mas consome mais
energia e é considerada luz quente.
Uma boa combinação pode resolver esses problemas. “O projeto de
iluminação deve ser calculado para não haver luz de mais nem de menos e para
não modificar as cores reais das mercadorias.” A iluminarão deve ser
direcionada indiretamente, nunca sobre o cliente. Não se deve iluminar o chão
(piso), a menos que exista um display (base). Não se deve criar brilho ou
reflexo no vidro de “show-cases”, que impede a visualização da mercadoria que está
dentro.
Som
A música cria um envolvimento indispensável à loja. É um elemento que
pode ser facilmente mudado e ajustado conforme o período, bastando trocar uma
fita, CD, ou estação de rádio. Podemos utilizar vários tipos de músicas para
estimular o comportamento dos consumidores em diversos horários. O ritmo da
música consegue controlar o ritmo do tráfego da loja. Pela manhã, quando os
clientes da terceira idade preferem fazer suas compras, as músicas devem ser
suaves e calmas. Na hora do almoço, em que muitas pessoas fazem compras rápidas,
o ritmo pode ser mais acelerado.
À tarde, que é o horário preferido para fazer compras "do mês",
as donas de casa sentem-se melhor com músicas atuais, porém, leves. Entre as 17
e as 19 horas, que é hora do rush nos mercados, o ritmo deve ser mais acelerado
para que as compras sejam mais rápidas, evitando filas nos caixas. À noite,
novamente, música suave e sossegada para quem enfrentou o dia no trabalho e
quer um pouco de paz para fazer as compras inadiáveis.
As músicas agitadas do tipo "pagode" ou "rock pesado” não
são aconselhadas para lojas, pois inibem e irritam os clientes que encurtam seu
tempo de compra.
Aroma
Depois da visão, o olfato é o sentido que mais nos provoca emoções. Um
perfume ou cheiro dá personalidade ao ambiente, e provocam lembranças, desejos
e sentimentos como fome, saudade, desagrado e até felicidade. Hoje, existem
empresas que desenvolvem qualquer tipo de cheiro ou perfume para serem usados. Exemplos: cheiro de pipoca na gôndola de
pipoca; cheiro de bacon perto dos salgadinhos do mesmo sabor; perfume de flores
perto de alguma água sanitária floral.
Para produtos específicos, essa estratégia
costuma aumentar as vendas normais em mais de 20%.
Vitrinismo
FUNÇÃO DA VITRINE
Cada vez mais, as vitrines deixam de lado a pretensão de expor, sozinhas,
todos os produtos disponíveis. Elas passaram a assumir uma função ligada muito
mais à divulgação, demonstração e decoração do que à exposição de produtos. Maior
proveito das vitrines é colocar nelas produtos chamarizes, manequins, ofertas,
cartazes e outros materiais promocionais. Promover a loja e suas campanhas
tratando de atrair clientes para dentro do estabelecimento.
FUNDAMENTOS DO VITRINISMO
1. Fundo claro ou vazado (para não refletir o observador).
2. Iluminação de cima para baixo e/ou da frente para os fundos (a fim de
não ofuscar o observador).
3. Produtos distribuídos na sequência de movimento dos olhos durante a
leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direita) com os chamarizes do
lado esquerdo.
4. Produtos de maior importância no centro da vitrine e altura um pouco
abaixo dos olhos de pessoas de estatura média.
5. Elementos de decoração e fundo compondo um cenário global para induzir
o observador a olhar toda a vitrine.
CUIDADOS NO VITRINISMO
Toda vitrine, ou seus produtos, deve ser trocada a cada 15 dias, no mínimo.
As vitrines refletem a imagem e o estilo de comercialização desta ou daquela
loja. No caso de lojas de roupas (boutiques), as vitrines são de extrema
importância, pois é a maior razão de atratividade de compradores para dentro da
loja. A vitrine precisa ser bem calculada, para evitar uma série de problemas
de visibilidade. O vitrinista tem que considerar sua profundidade e
comprimento, o fluxo de pessoas, a distância entre os produtos os efeitos de
iluminação, cores, temas etc.
A vitrine precisa de materiais inovadores, fundos que não apareçam mais
que as mercadorias, e produtos separados pelo interesse do consumidores. Sendo
ligada a alguma campanha na mídia, o tema da vitrine precisa ser fiel e reviver
o comercial em seus detalhes mais empolgantes, para criar uma ligação entre a
imagem da propaganda e o merchandising do produto.
Gôndolas
São as estantes retangulares de dois lados com painéis e prateleiras e
duas pontas (cabeceiras de gôndolas), que possibilitam a exposição modular no
sistema de cremalheiras.
Araras: equipamentos específicos para exposição de confecção.
Show – cases: vitrines internas utilizadas para a exposição de mercadorias que merecem
destaque e / ou que necessitam de orientação de um vendedor.
Show – tables: mesas utilizadas para dar ênfase a um agrupamento de mercadorias ou em
caráter promocional, criando-se espaço diferenciado.
Platforms/Pedestals: bases ou pedestais como pontos de displays ou para a exposição de
mercadorias (nenhuma mercadoria deve ser apresentada diretamente no piso da
loja).
Prateleiras: as prateleiras devem ser planejadas conforme a linha de produtos. Devem
prever embalagens maiores e menores, para produtos que tem “fachada” (embalagens
rígidas com frente visível). Ser feitas com material resistente e sempre com
sistema de cremalheiras móveis, isto é, que permitem a mudança de altura e
largura na mesma hora.
Estruturas
tubulares: utilizadas quais base para exposições complementadas
por chapas de vidro ou fórmica, ora como elementos visuais de parede ora como
pontos de displays.
Balcão Vitrine: balcão com vitrines internas utilizadas para a exposição de mercadorias
que merecem destaque e/ou que necessitam de orientação de um vendedor, não
possuindo vidro na parte superior, possibilitando espaço para máquina
registradora e outros equipamentos ou expositores.
Vascas: mesas-ilhas normalmente utilizadas para a exposição de frutas, legumes e
cereais, ou de artigos a granel.
Paletes: são plataformas ou estrados, sobre os quais se empilha carga, especialmente
construídos para transporte por empilhadeiras. São utilizados nos casos de
produtos de alto giro, em promoção ou para dar aquela aparência de grande quantidade.
Balcões
frigoríficos: balcões que acondicionam alimentos na temperatura
ideal. Podem ser verticais e/ou horizontais, abertos ou fechados.
Balcões de
volumes: são divididos internamente em várias células, tipo
colméia, devendo cada uma ser numerada para a utilização como guarda-volumes.
Balcões de
pacotes: interiormente, devem ter subdivisões para bobinas
de papel, gavetas ou prateleiras, para complementos de pacotes e armazenamento
de embalagens.
Balcão - caixa e
checkouts: balcão para pagamento das mercadorias; possui um
espaço próprio para colocação da máquina registradora; suporta também
equipamentos de leitura ótica. No caso dos checkouts, existe uma dimensão maior
para a passagem da mercadoria.
Comunicação: a comunicação visual de uma loja inclui: letreiros indicativos, placas
decorativas, cartazes com fotos de produtos, pôsteres com fotos de pessoas (perfil
dos consumidores), efeitos teatrais fixos (decoração de fundo), decorações
sazonais (balões, coelhos de páscoa, Papai Noel, namorados), identidade visual
da loja etc.
Algumas vantagens de uma exposição bem feita que se pode alistar são: a)
para o consumidor: facilita a compra; economiza tempo; lembra necessidades; b)
para o varejista: cria fidelidade à loja; atrai novos consumidores; aumenta sua
lucratividade; valoriza o espaço de sua loja; para o fornecedor: aumenta a
rotatividade dos produtos; cria fidelidade ao produto e à marca; bloqueia as
atividades da concorrência.
Técnicas De
Exibição
Todo o plano para colocação de mercadorias pela loja e pelas prateleiras
precisa se fixar em quatro objetivos:
1.Separação: todos os itens devem ser separados por categorias conforme arrumação
ou conforme o consumidor os procura. Podemos separar as mercadorias por sexo,
tamanho, cor, preço ou estilo.
2.Visibilidade: a mercadoria precisa estar visível a pelo menos três
metros de distância. Quando o produto for pequeno, agrupe mais frentes dele
para que possa ser visto. Produtos mal expostos ou com visibilidade prejudicada
não vendem. Quando algum produto apresenta giro abaixo do normal, mude-o de
lugar. Acesso difícil é sinônimo de pouca visibilidade.
3. Acessibilidade: o acesso aos produtos, principalmente em lojas de autosserviço,
é imprescindível. Produto em local baixo demais ou alto demais desestimula o cliente
a comprar para não ter que procurar por ajuda.
4.Disponibilidade: a falta de produtos expostos ou disponibilidade de só
alguns tamanhos frustra o consumidor profundamente. Não existe nada pior do que
pedir um item exposto na vitrine, indisponível, ou degustar um produto em promoção
que, infelizmente, "acabou".
Áreas Negativas:
as partes negativas dentro de um supermercado ou
loja são onde a visão de um produto é mais prejudicada. Por exemplos: na
entrada da loja; na saída da loja; no início das gôndolas (primeiros 40 cm); no
final das gôndolas (últimos 40 cm); nos locais atrás de balcões promocionais; nos
corredores apertados; nas arrumações atrás de colunas ou perto de portas de
acesso; atrás de pilhas ou ilhas altas; abaixo de 50 cm do chão; acima de 1,80
cm do chão; perto do estacionamento dos carrinhos; nas áreas fora do fluxo
normal dos corredores.
Áreas Positivas: estas áreas são as que têm melhor visibilidade. Por exemplos: na parte
central das gôndolas; quatro metros depois da entrada da loja; pontas de
gôndola; ilhas baixas; corredores largos; perto de produtos de alta procura; corredores
de fluxo obrigatório; prateleiras na altura dos olhos.
Ponto Normal
É o local onde o produto é colocado normalmente e onde o consumidor está
acostumado a encontrá-lo, junto à categoria à qual o produto pertence. Localização
junto ou longe da categoria. As exposições devem ser feitas em ambos os
lugares, ponto normal e ponto extra.
Duração de
exposição em ponto extra
Um ponto extra não deve ser deixado na mesma posição e com os mesmos
cartazes por mais de 30 dias. As vendas de um ponto extra começam a diminuir
duas semanas depois de montado.
Ponto
promocional ou extra
É o local onde o produto é exposto por tempo limitado, visando destacá-lo
de sua posição normal. As exposições promocionais devem ser sempre em áreas com
maior tráfego de consumidores, para pegá-los de surpresa. Ex: vinho - na ponta de gôndola do corredor
de queijos. Quanto maior for o prestígio da marca ou a rotatividade do
produto maior e melhor será a área que o ponto - de - venda dedica para a sua
exibição.
Os pontos extras de venda, em função de sua alta visibilidade, são muito
solicitados pelos fabricantes. Podem ser cedidos por algum tipo de recompensa pelo
fabricante ou, em função dos fatores prestígio/rotatividade, cedê-las gratuitamente.
A cessão de áreas ocorre por ocasião de lançamentos de produtos ou de
promoções, ou mesmo quando o estoque é excessivo e o fabricante necessita
acelerar a venda de determinado produto. O pagamento desses pontos é feito
levando - se em consideração os produtos e as condições especiais de prazo ou
de preço.
Ponta de gôndola
As gôndolas do supermercado são dispostas paralelamente ao fluxo das
pessoas. A ponta de gôndola é o primeiro ponto a ser visto pelo público,
podendo ser vista por ângulos diferentes (180°), sendo os locais preferidos
para promoções e lançamentos de produtos. As pontas de gôndolas próximas ao
check-out (caixa do supermercado onde é feito o pagamento) tem por objetivo
influir no último momento numa decisão impulsiva de compra.
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