terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A Relevância dos Edifícios Verdes para o Desenvolvimento Sustentável



Blog "Gestão e Negócios Sustentáveis”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.



EDIFÍCIOS VERDES: O QUE SÃO?

Edifícios verdes são prédios que seguem determinados parâmetros e que têm uma preocupação toda especial com o meio ambiente em que estão inseridos e com a correta utilização dos recursos naturais necessários ao seu funcionamento e a correta destinação dos resíduos gerados por essa utilização. Assim, a preocupação com a eficiência e com a qualidade é sempre voltada para o mínimo impacto ambiental possível.
O que começou como “uma onda militante” por parte dos ecologistas de “primeira hora” acabou chegando à mesa dos grandes empresários que perceberam que podiam adotar as práticas preconizadas para os edifícios verdes e ainda sim obter lucro com aquela “coisa nova”. A economia gerada com a redução do consumo de água e de energia elétrica compensava de longe os gastos necessários para a conversão dos prédios já existentes ou da construção de novos prédios exclusivamente projetados para serem assim.
Assim, novas tecnologias e procedimentos foram criados para garantir que esses prédios fossem capazes de garantir uma excelente qualidade de vida para os funcionários dessas empresas e acabaram por facilitar a aplicação do conceito de prédios verdes para muito mais empresas e até em prédios residenciais.
Para que os prédios sejam considerados verdes, eles devem seguir preceitos e determinações rígidas quanto a construção, qualidade do ar; uso da energia; uso da água; segurança de trabalho e higiene do ambiente ocupacional; uso de materiais ecologicamente corretos; observação da ergonomia em móveis e utensílios; tratamento correto dos resíduos sólidos e controle da emissão de poluentes.
Quanto à qualidade do ar, os edifícios verdes devem manter o ar interno sempre com boa qualidade; efetuando análises no ar circulante e do interior dos dutos de ar condicionado; eliminando ou reduzindo a circulação de gases poluentes ou agentes contaminantes biológicos. Devem também ter preocupação com áreas para fumantes, uso de detergentes que tenham odores fortes e o conforto térmico.
Na eficiência energética, os prédios verdes devem buscar fortes alternativas de energia ou fontes emergenciais que garantam a iluminação em caso de acidentes; controle de consumo e busca da eficiência total.
A questão da água também é crucial nos prédios verdes. O desperdício deve ser combatido a todo custo, bem como a garantia da mais alta qualidade da consumida no prédio deve ser observada a cada instante. Um controle rígido sobre torneiras e válvulas de descarga deve ser exercido.
Aspectos da decoração interior devem ser levados com consideração como o uso de plantes e de materiais isolantes de ruídos. Além do uso de materiais certificados e eficientes. A preocupação com o uso de mobiliário ergonomicamente adequado e com a saúde dos trabalhadores que utilizarão os espaços; notadamente em relação a elementos que possam provocar alergias, assim como a redução ou eliminação da emissão de radiação ambiental.
Finalmente, os edifícios verdes devem ter programas de coleta seletiva de lixo e um gerenciamento de resíduos impecável. Com a manutenção de programas que visem educar e orientar os habitantes para essas boas práticas. Os edifícios verdes há muito deixaram de ser uma ficção e cada vez mais se aproximam de uma realidade cotidiana das grandes cidades. Esperemos que, muito em breve, esses prédios sejam uma constante em todas as grandes cidades brasileiras.


EDIFÍCIOS VERDES: MODA INTELIGENTE

Imaginar que, há apenas alguns anos, pensar em edifícios verdes como algo além de prédios pintados nesta cor, era algo estranho e considerado como ideia privativa de ecologistas fanáticos e hippies saudosistas dos anos de 1960; deixa a todos nós muito animados com o futuro promissor que aguarda nossas grandes metrópoles do futuro. Com o desenvolvimento de novas tecnologias e com a modernização de tantas outras, construir edifícios verdes nos dias de hoje é uma condição fundamental para a nossa própria sobrevivência como espécie.
Muito mais do que uma moda passageira, a construção de edifícios verdes dever ser encarada como uma opção pela inteligência e pelo correto planejamento de uma nova e, completamente, diferente história de vida para todos nós. Os edifícios verdes podem representar a solução para os problemas de poluição e de más condições de vida que as grandes cidades experimentam nos dias atuais. Problemas de falta de água e de dificuldades na obtenção desse precioso líquido tornarão a água um elemento de alto custo e de grande dificuldade de obtenção. Dentro desse cenário de aspecto sombrio para o futuro de nossas cidades, os edifícios verdes poderão significar a luz no fim do túnel para essa questão de abastecimento.


Com uma filosofia totalmente diferente das construções comuns, os edifícios verdes representam uma “nova ordem” que procura valorizar as características sócio-ambientais desses empreendimentos. Mesmo que essa filosofia ainda não esteja totalmente na mente e nos espíritos dos empresários do setor da construção civil brasileira, os frequentes lançamentos e o sucesso de vendas alcançado por esses empreendimentos; logo será o responsável por difundir (mesmo obrigatoriamente) esse conceito por todas as outras construtoras. Muito em breve a simples “moda ecológica” e a “onda verde” serão substituídas pela decisão planejada, objetiva e consciente de que é a opção mais inteligente que pode ser tomada por qualquer empresa que não queira ficar para trás em matéria de mercado. Os empresários contrários acabarão sendo engolidos pelas empresas que forem mais ágeis e mais propensas a gerir e realizar as mudanças necessárias para que os edifícios verdes façam parte de seu portifólio de lançamentos. Como toda atividade econômica; também na construção civil, quem ficar parado e não se modernizar; ficará para trás e desaparecerá.
Reciclagem de resíduos dos canteiros de obra e do lixo produzido pelos edifícios após a construção; elementos arquitetônicos, de engenharia ou de maquinário que promovam uma melhor utilização dos recursos naturais pelos edifícios e sistemas que permitam a captação, reciclagem e reutilização da água proveniente da concessionária ou mesmo das chuvas. Além do uso de materiais certificados e que não promovam emissões de gases tóxicos ou de efeito estufa. Tudo isso transformará um dos setores mais poluidores que temos em nossa economia; num setor que constrói com inteligência e com profunda preocupação ambiental.
Assim, com inteligência, modernidade e com um pensamento voltado para o bem-estar futuro de nossas cidades, os edifícios verdes representarão a solução prática para um dilema que assola os grandes centros urbanos mundiais faz tempo.


A RSAE NO CENÁRIO GLOBAL ATUAL

A Responsabilidade Social e Ambiental Empresarial é a chave da Sustentabilidade Global atual. A cooperação mútua entre as corporações e do governo na implantação das políticas públicas ambientais e sociais é o fator X da questão. É o tal do PGAL, isto é, Pensar Global, mas Agir Local. As organizações empresariais, por sua representatividade no que tange aos impactos sociais e ambientais causados quer pelo consumismo quer pela utilização dos recursos naturais ou mesmo descarte dos resíduos deles, é indubitavelmente responsável pelo desenvolvimento de todos os seus stakeholders, o que inclui a sociedade de uma forma geral.
Segundo a Associação Brasileira Supermercadista (ABRAS), as organizações empresariais já estão despertando para a sustentabilidade, seja em busca da melhoria na qualidade de vida das pessoas, do desenvolvimento sustentável do planeta e, ao mesmo tempo, do fortalecimento dos negócios. Quando o assunto é aquecimento global, descarte de resíduos, preservação ambiental e promoção de uma sociedade melhor, todos os indivíduos e sobretudo as corporações têm um grande papel a desempenhar.
E os governantes e empresários não são os únicos a refletirem e mudarem seus hábitos em prol da sustentabilidade não. As mudanças no cenário mundial e local no que tange as questões sociais e ambientais já têm estimulado os consumidores a mudar seus hábitos de compra, inserindo novos critérios relacionados ao desenvolvimento sustentável. Segundo pesquisas do Instituto Akatu, 5% dos brasileiros já são consumidores conscientes. A tendência é de que esse número aumente, uma vez que 28% dos consumidores são considerados engajados, isto é, estão tentando consumir de forma sustentável, e outros 59% estão começando a se sensibilizar com o assunto. Praticar o consumo consciente significa consumir com consciência do impacto sobre o próprio indivíduo, as relações sociais, o meio ambiente e a economia, buscando também mobilizar outras pessoas na mesma direção.

SOLUÇÃO SOCIOAMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL

Numa pesquisa que realizei na revista Veja (versão impressa) sobre o tema, encontrei algumas medidas preventivas e corretivas em matéria de RSAE. Mas uma delas em especial merece extraordinário destaque.
Segundo o Professor Thomas C. Heller (2012), da Universidade Stanford, um dos principais consultores de política ambiental do mundo, diz que os países emergentes serão os líderes na transição para uma economia mais sustentável. Em reportagem à revista Veja, matéria publicada na edição de 11 de janeiro de 2012, páginas 15, 18 e 19, a argumentação pragmática de Heller soa como música aos ouvidos dos governos do Brasil, da China e da Indonésia. Dentre os principais argumentos do professor, destaco os seguintes: "A dependência entre economia e meio ambiente atingiu o ápice. Para progredirmos, teremos de usar os recursos naturais com máxima eficiência". "Os emergente terão de aumentar a produtividade para receber 3 bilhões de pessoas na classe média. Precisam investir em inovação,. Podem fazê-lo por não terem tido suas finanças corroídas pela crise". "As grandes corporações já perceberam, há mais de uma década, que ser sustentável dá lucro. Essa mesma lógica deverá inspirar os políticos dos países que almejam liderar o desenvolvimento econômico no futuro".
Segundo Thomas (2012), na prática, os projetos ambientalistas mais promissores são os edifícios verdes, ainda pouco disseminados para moradia, mas já bastante populares entre as empresas. As companhias, de modo geral bem mais adiantadas na compreensão das vantagens econômicas que a sustentabilidade pode render, sabem que um prédio verde pode custar de 5% a 10% mais do que os edifícios comuns. No entanto, também já aferiram que, após alguns anos, ele chega a ser até 50% mais econômico. Gasta-se menos com energia e água e ainda se consegue melhorar a qualidade do ar. Sem contar que, para pôr tais prédios em funcionamento, é preciso desenvolver novas tecnologias, criando um ciclo virtuoso de inovação que tende a se disseminar por vários outros setores.

OS PRÉDIOS VERDES

Tamanha a relevância da utilização de edifícios verdes por parte das empresas na colaboração da preservação ambiental é que interessei-me em pesquisar mais o assunto. Encontrei matérias facinantes sobre o tema nos seguintes sites:
Mas a pesquisa que mais me marcou e incentivou-me a disseminar tanto mais quanto possível o valor do desenvolvimento empresarial sustentável mediante a utilização e certificação de prédios verdes, foi a que se encontra no site http://predioverde.com.br/. Compartilho a seguir o que tirei de proveito:

Prédios verdes, também chamados de Green Buildings, construções sustentáveis ou empreendimentos sustentáveis, caracterizam-se por serem desenvolvidos harmonizados com o meio ambiente e com a comunidade de sua influência, proporcionando melhor retorno aos investidores e proprietários, menores custos operacionais e melhor saúde, conforto e produtividade aos ocupantes.
Prédios verdes são empreendimentos desenvolvidos para terem maior eficiência energética, utilização racional da água, integração no espaço de localização e qualidade ambiental interna. Os prédio verdes são, normalmente, projetados levando-se em conta cinco vertentes:

1 - Energia: a) Otimização Energética; b) Uso de Energia Renovável; c) Cobertura predial e revestimento externo; d) Centro de Distribuição Bomi – LEED Novas Construções; e) Materiais;
2 - Gerenciamento do Lixo: a) Origem e Uso; b) Reciclagem;
3 - Água: a) Origem; b) Racionalização do Uso; c) Minimização de Resíduos;
4 - Espaço Sustentável; a) Preservação e Restauração da biodiversidade; b Redução da poluição luminosa e outras; c) Conectividade com a Comunidade;
5 - Ambiente Interno: a) Gerenciamento da Qualidade do Ar e Conforto; b) Uso de materiais de baixa emissão; c) Iluminação Natural e Visão;

Entre os principais benefícios dos prédios verdes, podemos citar:

Para os ocupantes:

• Melhoria na produtividade e renda devido a melhor ambiente de trabalho que leva a mais saúde, menor stress e menor absenteísmo em decorrência demelhor conforto térmico, pois há menor oscilações da temperatura;
• Melhor Qualidade do ar, diminuindo os problemas respiratórios, de humor, alérgicos e outros, em função de: a) Controle de CO2; b) Controle sobre os COV (compostos orgânicos voláteis) e outros; c) Controle sobre fumaça de tabaco; d) Maior número de trocas de ar;
• Reduz doenças respiratórias de 9 a 20%;
• Menor disseminação de gripes, p.ex.;
• Melhor Ambiente de Trabalho que diminui o stress e acalma as pessoas devido à: a) Percepção da Iluminação natural; b) Visão integrada com o exterior para os ocupantes proporcionando amplitude de espaço; c) Iluminação artificial complementar à natural e projetada para atender as necessidades do local de trabalho.
• Estímulo ao transporte alternativo mais saudável e relaxante;
• Preocupação com a infra-estrutura de transportes e proximidade das facilidades de serviços;
• Estímulo ao Transporte Solidário;
• Estímulo ao uso de bicicletas;
• Estímulo a utilização futura de veículos com baixa emissão.
• Criação de uma consciência de não desperdício que será expandida para as residências dos funcionários, incrementando a renda:
• Uso racional de energia;
• Uso racional de água;
• Origem dos materiais empregados;
• Separação de lixo;
• Reciclagem de materiais.

Para os empresários e gestores:

• Redução dos custos Operacionais: a) Energia ~ 30%; b) Água ~ 30 a 50%; c) Lixo ~ 50 a 97 %;
• menor remanejamento de funcionários;
• menor reconfiguração do escritório;
• Maiores resultados;
• Maior qualidade de vida;
• Menores seguros de vida;
• Menor “turn-over”;
• Maior nível de satisfação;
• Recrutamento de talentos mais facilitada;
• Maior produtividade;
• Imagem associada à empreendimentos responsáveis;
• Qualidade ambiental;
• Maior valor de mercado do empreendimento;
• o valor de mercado aumenta da ordem de 10x a economia anual;
• Maior nível de ocupação;
• Satisfação do inquilino e melhores valores de aluguel: 5 a 10%; (no que tange ao arrendamento de imóveis para renda);
• melhor qualidade de vida;
• melhor produtividade;
• Menor custo de manutenção e melhorias prediais;
• Menor risco do negócio;
• Maiores taxas de retorno pela maior estabilidade.

Para os investidores:

• Custo de construção equivalente 0 a 3%;
• Significativa redução nos investimentos em ar condicionado;
• Acesso à linhas privilegiadas de financiamento;
• Maior preço de venda;
• Satisfação do comprador;
• Melhor valor do aluguel;
• Maior estabilidade do inquilino;
• Menor vacância;
• Maiores taxas de retorno;
• Maior facilidade na promoção e venda;
• Menor taxa condominial;
• Maior valor de revenda;
• Ambiente mais saudável;
• Criação de imagem de vanguarda;
• Imagem associada à empreendimentos responsáveis;
• Qualidade com baixo custo operacional;
• Melhor relação com o poder público;
• Maior rapidez na aprovação do projeto;
• Melhores taxas de retorno do capital investido;
• 1US$ investido em Sustentabilidade Predial retorna 4US$.

Para os financiadores:

• Maior estabilidade no recebimento das receitas;
• Menor número de refinanciamentos;
• Menores riscos;
• Conservação e restauro dos recursos naturais;
• Imagem de investimento em projetos responsáveis.

EMPREENDIMENTOS VERDES NO BRASIL

O primeiro prédio verde certificado no Brasil foi a Agência do Banco Real (hoje Santander) Granja Viana, em Cotia, São Paulo. A Agência foi também a 1ª construção sustentável a receber na América do Sul, a certificação LEED. A SustentaX - Engenharia de Sustentabilidade, que se dedica a projetos de sustentabilidade de empreendimentos, foi a responsável por este primeiro certificado internacional de um Green Building na América do Sul, em 2007.
Outro empreendimento sustentável é o Rochaverá, cujo projeto de sustentabilidade foi desenvolvido pela SustentaX, que recebeu o Prêmio Gran Prix d’ Excellence pela FIABCI Internacional, em maio de 2008, como o projeto mais sustentável do mundo, além de ter sido a primeira edificação a receber a primeira certificação LEED Ouro, no Hemisfério Sul, pelo critério mais reconhecido mundialmente de desempenho ambiental de edifícios.
Há também já certificados com o LEED o Centro de Distribuição Bomi, na cidade de Itapevi/SP e a loja do Pão de Açúcar em Indaiatuba/SP. Além de uma série de outros projetos em processo de certificação.
Acredito que a disseminação de tais iniciativas conscientes em responsabilidade social e ambiental empresarial (RSAE) por parte do governo e das universidades - lembrando que é aqui que entra a nossa responsabilidade nessa ação como universitários e cidadãos conscientes - é que propiciará a conscientização necessária a fim de que em nossa região, Estado e Nação as organizações, sobretudo as empresariais, sigam o modelo do Santander, do Carrefour, do Grupo Pão de Açúcar, do Wall Mart e da Unilever no que tange à RSAE, uma vez que é somente com a ação sustentável é que mitigaremos o gargalo da produtividade de recursos no século XXI.
Faz-se necessário ressaltar que nunca devemos deixar para o amanhã aquilo que podemos fazer no presente. O grande lema dos profissionais competentes é o AA, isto é, o Aqui e o Agora. E o maior lema das nações é PGAL, isto é, o Pensar Global e Agir Local.

TRANSFORMANDO EDIFÍCIOS COMUNS EM EDIFÍCIOS VERDES

Os fenômenos provocados pelo aquecimento global acabaram convencendo a humanidade de que algo muito grave esta realmente acontecendo com nosso planeta. Reservas antigas e perenes de água simplesmente secaram e populações inteiras começaram a ter que percorrer grandes distâncias para que fosse possível beber um simples copo de água.
Nas grandes cidades e metrópoles, começaram a imaginar uma forma de garantir que os prédios e os condomínios, cada vez maiores e mais populosos, fossem capazes de promover certa economia de água e energia elétrica. Assim, nasceu o conceito dos edifícios verdes: construções cuidadosamente elaboradas para que fossem capazes de promover essa economia e, além disso, garantissem que os materiais usados na construção fossem todos (ou em grande parte) provenientes de áreas de extração ou de fabricação certificadas e que não agredissem o meio ambiente, garantindo assim, toda a sustentabilidade de uma cadeia produtiva que acabaria na construção desses edifícios verdes.
E eles começaram a aparecer aqui e ali, logo estando por toda parte nos países mais desenvolvidos e aqui em nosso país começam a assumir uma importância significativa no cenário da construção civil e das vendas de imóveis residenciais e comerciais.
Mas, ao mesmo tempo em que os edifícios verdes se tornavam os queridinhos dos compradores, dos construtores e dos ambientalistas surgiu a dúvida sobre o que fazer com os milhões de prédios comerciais e residenciais já construídos e que não tinham nada de sustentáveis ou verdes.
Foi justamente para vencer esse dilema que surgiu a perspectiva de estudar-se uma forma de incluir pelo menos alguns elementos que pudessem reduzir o consumo nessas unidades e seu impacto no meio ambiente das cidades em que estavam construídos.
A ideia de tornar prédios comuns em edifícios verdes foi testada com sucesso na Europa e logo se espalhou para o mundo todo. Como uma bola de neve ecológica, as mudanças simples e que tornaram os prédios mais antigos em edifícios verdes mais eficientes e menos poluentes, espalharam-se e começam a ser adotadas também aqui entre nós.
A mudanças vão desde pequenas medidas como a instalação de sensores de presença nas escadas, corredores e áreas comuns para que promovam uma economia significativa nos gastos com energia elétrica até a instalação de caríssimas placas fotovoltaicas para substituir toda ou parte da energia elétrica usada no edifício por energia sustentável.
Da mesma forma, mudanças no fluxo de água das descargas, com instalação de novas válvulas econômicas e mais eficientes, a reciclagem do lixo produzido nas unidades habitacionais e a reciclagem de água ou a captação de chuvas para utilização em jardins e na lavagem das áreas comuns reforçam significativamente a capacidade dos edifícios de interagirem melhor com o meio ambiente e promoverem um nível de poluição e emissão de gases do efeito estufa muito menor. Desta forma, estes são transformados, se não completamente, em parte, em edifícios verdes com grande potencial para garantir uma boa qualidade de vida para os seus moradores.

A IMPORTÂNCIA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E OS EDIFÍCIOS VERDES NA MITIGAÇÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

RESUMO

Sustentabilidade energética é um dos objetivos do desenvolvimento sustentável. Um mínimode acesso à energia é fundamental para o bem-estar das pessoas e para o alcance das suas necessidades primárias, como transporte, saúde, educação, moradia. O consumo de energia,inevitavelmente, ocasiona impactos no meio ambiente e é justamente por isso que o uso dos recursos naturais deve ser razoável, pois esgotáveis (em dois séculos consumiu-se mais que o dobro dos recursos fósseis existentes). O consumo eficiente da energia do Planeta, assim como o aproveitamento das fontes renováveis de energia, são essenciais para a mitigação das emissões de gases poluentes na atmosfera e, portanto, das mudanças climáticas, por isso é tão importante que as cidades sejam sustentáveis e com elas suas edificações. A execução de edifícios sustentáveis é atualmente uma das áreas mais dinâmicas do setor da construção. Esta forma de abordar a construção civil é relativamente nova, mas seu progresso no século XXI tem sido rápido e cada vez mais as pessoas tomam consciência da importância de aproveitar as fontes renováveis de energia que a natureza oferece e dos benefícios que tudo isso proporciona não só ao meio ambiente, mas para as pessoas individualmente e para a sociedade em geral. O Brasil é um país em desenvolvimento, por isso o consumo de energia per capita ainda é pequeno, mas isso não retira a responsabilidade do País de contribuir, mesmo que começando, de modo a utilizar tecnologias modernas e modelos eficientes de geração de energia, mormente no setor da construção civil.
 
1. INTRODUÇÃO

Inicialmente, vale transcrever o que determina o artigo 225 da Constituição Federal do Brasil que diz, in verbis:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

Assim, percebe-se que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é de todos,pois se trata de um bem comum e a sua proteção é um dever não só do poder público, mas de todas as pessoas.Desenvolvimento sustentável significa continuar crescendo a capacidade de desenvolvimento econômico, social e tecnológico, que oferecem muitos benefícios para as pessoas,mas de uma maneira razoável e equilibrada para que o meio ambiente não seja degradado ou sofra o mínimo de danos possível para que todas as gerações, presentes e futuras, sejam favorecidas.Uma das vertentes do desenvolvimento sustentável é o consumo eficiente da energia,aproveitando ao máximo as suas fontes renováveis de maneira a promover a redução de emissão de gases que causam efeito estufa na atmosfera e, assim, evitar as mudanças no clima do Planeta.Para tanto, é tão essencial que as cidades sejam sustentáveis e com elas seus edifícios. Isso porque o setor das edificações é responsável por altíssimos níveis de emissão de CO² na atmosfera,o que resulta na poluição do ar que, por sua vez, promove o aumento da temperatura da Terra, causadas mudanças climáticas.As mudanças climáticas são, justamente, variações no clima da Terra e, pode-se dizer, hoje é uma das principais responsáveis pela perda de biodiversidade do Planeta, já que acaba gerando alterações no habitat natural de várias espécies de plantas e animais.Ocorre que para que as metas traçadas em tratados e protocolos sejam alcançadas os governos dos países precisam trabalhar no sentido de promover a conscientização pública de que a ação humana descontrolada é a principal responsável pela emissão acelerada de gases poluentes na atmosfera e que isso provoca o aquecimento da temperatura média da Terra, causa das mudanças climáticas no Planeta.A questão da utilização de fontes renováveis de energia tornou-se uma necessidade, já que a população mundial tende a crescer e, com isso, a demanda por energia ao passo em que as reservas naturais vão se esgotando.A eficiência energética, tema principal deste estudo, é uma das mais rentáveis formas de conseguir mitigação das mudanças climáticas, senão vejamos.
Aproximadamente 25% a 30% das emissões de CO² no Planeta vem do setor da construção civil, razão pela qual é importante que cada vez mais as empresas sejam incentivadas a abraçar a idéia da construção sustentável. Mas, para que isso seja possível, é preciso mudar o comportamento dos consumidores finais, buscando a redução dos custos de energia, a vulnerabilidade dos preços crescentes pelo seu uso e, consequentemente a diminuição das emissões de CO². Em outras palavras, é preciso convencer aqueles que compram dos benefícios proporcionados pelas medidas de eficiência energética.
De acordo com o IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, a indústria da construção possui o maior potencial para reduzir as emissões, já hoje em dia e para os próximos anos também.A energia solar, térmica ou fotovoltaica tem um impacto importante na redução do consumo,a rotulagem dos aparelhos e lâmpadas também representam uma ótima idéia. Este é um tema atual que desperta interesse de empresários e consumidores em todo o mundo, inclusive naqueles países em vias de desenvolvimento, onde a economia ainda está crescendo.No caso do Brasil, por exemplo, quase metade de toda a energia consumida é gerada a partir de fontes renováveis, principalmente pequenas centrais hidrelétricas, o que faz com que o país tenha uma posição suave em comparação com o resto do mundo no que tange ao consumo de energia,mas isso não significa que o País esteja imune da responsabilidade de contribuir, ao contrário, e a verdade é que isso já está acontecendo. Além de resolver os problemas ambientais, o uso de energias renováveis no Brasil ajuda na luta contra a pobreza, aumenta o nível de segurança, contribui para a redução do desmatamento, grande problema hoje no país.Existem atualmente diversos projetos de lei que requerem a utilização de energias renováveis em edifícios nas cidades brasileiras, inclusive há uma lei na cidade de São Paulo, Lei n º14.459 de 03 de julho de 2007, que requer a instalação do sistema aquecimento de água utilizando energia solar em novas edificações na cidade.
Os Green Building, ou edifícios verdes, ou, ainda, construções sustentáveis são prédios onde foram aplicadas medidas construtivas e procedimentais que buscam o aumento da sua eficiência no uso de recursos para reduzir os impactos sócio-ambientais.Para ganhar um certificado de que se trata de uma construção sustentável, o projeto é avaliado em diversas categorias, tais como tratamento de água, reuso de água e utilização de materiais reciclados ou recicláveis na sua estrutura e mobiliário. Além disso, são feitas avaliações periódicas para garantir que os níveis testados quando da certificação são respeitados.O Certificação LEED - Leadership in Energy and Environmental Design (Liderança em Energia e Design Ambiental) estimula e acelera a adoção global de construção sustentável e práticas de desenvolvimento através da criação e implementação de normas universalmente compreendidas e aceitas. Assim, na medida em que os certificados forem se desenvolvendo, novas tecnologias vão surgindo para que seja possível construções ecologicamente eficientes.
Os edifícios verdes estão começando a ganhar terreno na construção civil brasileira, algumas empresas já estão buscando a certificação dos edifícios para organizações internacionais como a USGBC -United States Green Building Council, uma organização nascida nos Estados Unidos,sem fins lucrativos empenhada em expandir práticas de construção sustentável.O Brasil é um dos membros oficiais da WGBC - World Green Building Council. O GBC-BRASIL - Green Building Council Brasil decidiu espalhar no mercado o sistema de certificação LEED adaptados à realidade brasileira.Registre-se que a função social da cidade é um dos princípios constitucionais do direito brasileiro e para que isso seja viável é necessário que as propriedades cumpram com a sua função social, o que está totalmente relacionado com a função ambiental da cidade.

2 A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E AS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS NOSETOR DA CONSTRUÇÃO

Nas últimas décadas o consumo de energia primária aumentou dramaticamente em todo o mundo. Mas, nos últimos anos, as pessoas começam a ter consciência de que energia é um recurso finito e, portanto, surgem novas políticas de energia, a fim de reduzir o consumo e aumentar a eficiência, utilizando-se, especialmente, as fontes de energia renováveis, como, por exemplo,biomassa, solar, eólica, mini hídrica, dentre outras.É certo que o consumo de energia é inevitável para satisfazer as necessidades das pessoas,então o que se busca não é o fim do consumo de energia, mas um modelo sustentável do consumo,onde se utilize a menor quantidade de energia para atingir o mais alto nível de bem-estar e conforto,é o que se denomina eficiência energética.
A questão da importância das providências pelo uso eficiente da energia tornou-se um bem necessário, vez que a demanda continua crescendo na medida em que as reservas, em contrapartida,vão se esgotando.A eficiência energética é uma das mais rentáveis formas de atingir a mitigação das mudanças climáticas. De acordo com o IEA - International Energy Agency, a eficiência energética representa mais de metade do potencial de trazer as emissões de CO² nos níveis atuais até 2050 e reduzi-los ainda mais.A maioria das medidas de eficiência energética terá de acontecer sob demanda (na indústria,manufatura, prédios comerciais e residenciais e transporte), daí a importância de se promover na sociedade trabalhos que demonstrem que os benefícios das medidas de eficiência energética geralmente superam os custos da sua instalação, além de tentar mudar o comportamento dos consumidores finais no sentido de reduzir os gastos no dia a dia e, assim, os custos de energia, a vulnerabilidade aos preços crescentes, além da redução de emissões de CO² e outros gases que provocam o efeito estufa.
Outra grande vantagem, porque não dizer uma das principais, da energia renovável é a realização de cumprimento do Protocolo de Kyoto para reduzir as emissões dos GEE - gases de efeito estufa, um dos fatores mais importantes para o aquecimento global que é em grande parte responsável pelas mudanças no clima do Planeta Terra.Referido Protocolo impõe limites sobre as emissões de gases como o CO², por exemplo, e os países abrangidos pelo Protocolo são obrigados a tomar medidas para alcançar a redução nas emissões.Mas, além de todas as vantagens que o uso das fontes renováveis de energia proporcionam ao meio ambiente, existem muitos outros aspectos positivos também, sejam eles econômicos, já que o retorno do valor investido pela sua instalação cedo ou tarde é percebido, pois uma vez que se consome menos, gasta-se menos, sejam sociais, porque favorecem a criação de novos empregos,estimula o desenvolvimento de novas tecnologias, etc.No que diz respeito à construção civil não é diferente, ao contrário, pois de 25% a 30% das emissões de CO² no planeta são provenientes deste setor, por isso que é tão importante que cada vez mais as empresas sejam incentivadas a adotar um modelo de construção sustentável.
De acordo com o IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Changeou Painel Inter governamental sobre Mudanças Climáticas, a indústria da construção possui o maior potencial para reduzir as emissões hoje e para os próximos anos.Consumo responsável de energia e uso de fontes renováveis são formas de reduzir as emissões e preservar o meio ambiente. A indústria da construção é um consumidor considerável de energia e emite grandes quantidades de GEE na atmosfera a partir seus estágios iniciais. Destarte,vê-se a importância dos edifícios verdes, ou seja, do certificado de construção sustentável.O processo de globalização significa que a demanda por novos edifícios tende a crescer, o que proporciona uma economia altamente competitiva que faz com que empresas exijam maior eficiência em suas atividades.O uso eficiente de energia elétrica, por exemplo, não significa apenas uma redução nos gastos, mas também uma redução no impacto ambiental. Ademais, a eficiência energética está frequentemente associada à melhoria da qualidade do ambiente de trabalho e do processo de produção.
Eficiência energética nos edifícios depende da capacidade da construção de tirar vantagem das condições climáticas ou driblá-las usando minimamente a tecnologia. Em outras palavras, é uma conseqüência direta da qualidade do projeto.Especialistas dizem que os arquitetos devem avaliar o clima e os ambientes urbanos, o controle da orientação solar, a temperatura do ar através da fachada, os ventos predominantes, o ruído, dentre outros aspectos, buscando o conforto mínimo de temperatura, iluminação e som.Existem muitas maneiras com que os edifícios podem contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa e, portanto, para cumprir o Protocolo de Kyoto.
A energia solar, térmica ou fotovoltaica, tem um impacto importante na redução do consumo. A rotulagem dos aparelhos e lâmpadas eficientes, por exemplo, representa uma ideia importante, pois deste modo os consumidores têm a chance de escolher equipamentos mais eficientes e, assim, reduzir em alguns casos até 25% do consumo para o mesmo uso, atingindo o mesmo nível de conforto térmico desejado.Um modelo interessante para alcançar uma construção sustentável desde o seu projeto até o final de sua vida útil é a adoção de uma arquitetura bioclimática, onde são utilizadas medidas de uso racional da energia, boas práticas na iluminação, aproveitando o máximo da luz do sol, uso de fontes renováveis de energia, reaproveitamento de água, entre outros.No que tange à utilização de fontes de energia renováveis no setor da construção, a energia proveniente da luz do sol merece destaque. A energia solar pode ser fotovoltaica (um sistema silencioso e estático que não esgota materiais e é a transformação direta da energia procedente do sol em elétrica) ou térmica (manipulação e transferência de energia solar para um fluido que aquece). Também deve ser levado em conta, por exemplo, o uso de vidro nas construções dos edifícios, conforme dito anteriormente, de modo que seja possível explorar o máximo de luz do sol para o alcance do nível de conforto esperado.A geração de energia a partir da fonte solar traz inúmeras vantagens, senão vejamos. Cada metro quadrado do coletor solar instalado gera, por ano, o que corresponde a 55kg de gás de cozinha, 66l de diesel ou 73l de gasolina, afasta a utilização de energias nucleares além de que evita inundações de zonas férteis pela construção das usinas hidroelétricas.
Além disso, este método de conversão de energia é extremamente simples, não carrega quaisquer peças mecânicas em movimento, tem uma característica modular (desde mW para MW),tempo curto entre a instalação e aplicação, o alto grau de confiabilidade e sistemas de baixo custo de manutenção.Os sistemas fotovoltaicos, por sua vez, são uma fonte silenciosa, não poluente, renovável e,por tudo isso, bastante apropriada ao ambiente urbano, mormente por conta da proximidade entre sua instalação, produção e consumo o que representa diminuição nas perdas de energia durante este processo.A utilização de fontes de energia renováveis na construção civil é um tema atual que desperta interesse de empresários e consumidores do mundo inteiro, mesmo em países onde a economia ainda está crescendo, que está desenvolvendo, como é o caso do Brasil.Diante do uso das Centrais Hidroelétricas, do etanol e dos baixos níveis relativos do consumo de energia, o Brasil ainda tem uma posição confortável em comparação com o resto do mundo, mas isso não o exime da responsabilidade de contribuir, mesmo que aos poucos, utilizando tecnologias modernas e modelos de economia de energia. Nada impede que o uso de tecnologias modernas e eficientes sejam introduzidas no processo de desenvolvimento de um país, o que pode,inclusive, acelerar seu crescimento social e econômico.Quase metade de toda a energia consumida no Brasil é gerada por fontes renováveis, como biocombustíveis e energia hidrelétrica.
De acordo com o BEN - Balanço Energético Nacional de 2011, a oferta interna de energia no país foi de 268.754 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP). Desse total, 122.329 milhões TOE, ou o equivalente a aproximadamente 45% da oferta total, foram de fontes de energias renováveis, o que faz do Brasil o maior consumidor de energia limpa do planeta.No Brasil os benefícios do uso de fontes renováveis de energia foram definidos na Rio + 10.São exemplos destes benefícios o aumento da diversidade da oferta de energia, garantindo a sustentabilidade na geração de energia a longo prazo, redução das emissões de gases poluentes,criação de oportunidades de emprego, especialmente nas áreas rurais, já que proporciona chances de fabricação local de tecnologia de energia e não requerem importação.
Além de resolver problemas ambientais, pois promove a redução no desmatamento, o uso de energias renováveis no Brasil ajuda no combate à pobreza, na medida em que aumenta o acesso à água potável, reduz o tempo em que mulheres e crianças levam na execução de atividades essenciais. Além disso, ter energia em casa facilita o acesso à educação e aumenta o nível de segurança, permitindo a utilização de meios e energias renováveis também ajudar na redução do desmatamento, grande problema no país.
Especialistas na área de energia afirmam que o Brasil tem uma situação privilegiada, comum a média anual de 280 dias de sol, permitindo um retorno garantido sobre o investimento tão rapidamente quanto maior for a necessidade do uso desta fonte de energia nas construções.No entanto, apesar das facilidades que a natureza oferece ao Brasil, a geração de energia elétrica a partir da fonte solar ainda requer um alto investimento e, por isso, o País utiliza-se essencialmente das pequenas centrais hidrelétricas, uma vez que trata-se de um dos países mais ricos do mundo em recursos hídricos. Mas, no campo de aplicações térmicas que oferecem alta energia, como aquecimento de água, a energia solar é muito aproveitada.No Brasil, a competência para legislar sobre a matéria é da Câmara Municipal, ou seja, cada cidade, com base no Estatuto da Cidade (instrumento de política nacional), faz o seu Plano de Desenvolvimento Urbano (instrumento de política municipal).
O Estatuto da Cidade, instituído pela Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal estabelecendo “normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental”, dispõe o seguinte:

Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor,assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade devida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2º desta Lei.Art. 40.”

O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.(...).
 
A Lei Federal nº 10.295, de 17 de outubro de 2001, que dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia e dá outras providências, estabelece em seus artigos 1º e 2º, que “a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia visa a alocação eficiente de recursos energéticos e a preservação do meio ambiente” e que “o Poder Executivo estabelecerá níveis máximos de consumo específico de energia, ou mínimos de eficiência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia fabricados ou comercializados no País, com base em indicadores técnicos pertinentes”.
 Assim, o Poder Executivo Municipal, através do Plano Diretor, deverá desenvolver mecanismos que promovam a eficiência energética nos edifícios construídos no País, nos termos do artigo 4º da supracitada Lei Federal.A nível nacional, existem programas que incentivam os construtores e fabricantes de máquinas que exerçam suas funções de maneira eficiente, ou seja, existem sistemas que analisam o produto ou construção que recebe o certificado de que é energeticamente eficiente e respeitam os níveis mínimos e máximos de consumo específico estabelecidos na legislação.Por exemplo, o CONPET que é o Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural - vinculado ao Ministério das Minas e Energia ou selo PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica.
Esses selos premiam os melhores equipamentos de cada categoria.No que tange aos mecanismos de promoção da eficiência energética nos edifícios, existem grupos técnicos de especialistas que adotam procedimentos para avaliação da eficiência energética dos edifícios: os indicadores técnicos de referência do consumo de energia para o edifício e os requisitos técnicos para a construção de projetos de modo a cumprir os indicadores listados na Lei.Assim, vê-se que economizar energia representa usar de maneira racional as suas fontes naturais e isso significa muito mais do que um status, mas uma necessidade real e isso é responsabilidade de todas as comunidades em todos os países do mundo, sejam eles desenvolvidos,subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento, cada um à sua medida.
Outro instrumento de fomento à utilização de fontes renováveis de energia que merece destaque é o IBPSA – International Building Performance Simulation Association (Associação Nacional para a Simulação de Desempenho de Edifícios) que, de acordo com seu site oficial pretende reunir pesquisadores, engenheiros e arquitetos envolvidos na implementação e desenvolvimento de modelos de simulação para melhorar os edifícios desde o ponto de vista do design à construção, manutenção de edifícios existentes e a operação dos novos.
A questão já despertou o interesse de muitos desses países, inclusive do Brasil que,lentamente, busca o seu lugar na lista dos que contribuem de maneira significativa para o uso de fontes renováveis de energia e está se tornando cada mais eficiente neste sentido, absorvendo de maneira séria a idéia de caminhar sempre rumo ao desenvolvimento de uma forma sustentável.A eficiência energética é uma atividade que busca otimizar o uso de fontes de energia, isso é, minimizar o máximo possível as perdas de energia quando da conversão de energia primária em energia útil.Assim, resta clara a relação entre a energia renovável, eficiência energética e a importância da indústria da construção civil adotar novas (limpas) tecnologias, longe dos modelos mais convencionais que costumam provocar altos níveis de desperdícios, a fim de economizar energia e aproveitá-la da forma mais razoável e eficiente possível.
Ficou esclarecida, ainda, a importância da mudança nos costumes das pessoas no sentido de criar a consciência de que o bem-estar e níveis de conforto, seja térmico, acústico ou de iluminação depende diretamente de altos custos e consumo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, aliás,economia de energia, além de representar um enorme benefício ao meio ambiente e seus recursos naturais, também, significa economia financeira, seja a curto ou a longo prazo.Deste modo, o consumidor deve ser convencido de que a preservação do meio ambiente gera também benefícios para si próprio, ainda que o investimento seja, eventualmente, um pouco maior no primeiro momento, mas vale a pena, não só pela natureza, mas pela certeza do retorno econômico.
 
3 OS EDIFÍCIOS VERDES – “GREEN BUILDING” 

Antes de começar a falar do Green Building, é importante saber o que é o USGBC – United States Green Building Council. Segundo a página oficial do USGBC, trata-se de uma organização sem fins lucrativos comprometida com a ampliação de práticas de construção sustentável. Está composta por mais de15.000 organizações de toda a indústria de construção que trabalham para avançar em estruturas ambientalmente responsáveis, rentáveis e saudáveis, ou seja, bons lugares para viver e trabalhar.
Entre seus membros estão os proprietários da obra e os usuários finais, corretores imobiliários, responsáveis de instalações, arquitetos, desenhistas, engenheiros, produtores,fabricantes, órgãos governamentais e órgãos sem fins lucrativos. Através de seus princípios, busca esclarecer e fortalecer um sadio e dinâmico equilíbrioentre o meio ambiente social e a prosperidade econômica, criar e restaurar a harmonia entre as atividades humanas e os sistemas naturais, utilizar a ciência e a tecnologia para garantir a saúde do Planeta, seus ecossistemas e espécies, além de adotar decisões democráticas com o objetivo de construir um entendimento e compromisso simultâneos por um bem comum ainda maior.Além do mais, o USGBC investe muito em programas de incentivo às construções sustentáveis, por exemplo, o LEED – Leadership in Energy and Environmental Design que será detalhado mais adiante, ou programas de educação e incentivo a novos construtores para os edifícios verdes.
Os Green buildings, ou construções sustentáveis, ou edifícios verdes, são construções nas quais foram aplicadas medidas construtivas e procedimentais que buscam o aumento da sua eficiência no uso dos recursos com o fim de reduzir os impactos ambientais.De acordo com os critérios do USGBC isto é feito através de um processo que inclui o ciclo de vida completo das edificações, ou seja, a área escolhida para sua localização, o projeto, a obra em si, a operação e manutenção, remoção de resíduos, remoção ou renovação do prédio no final da sua vida útil.
Assim, para que a construção seja cada vez mais energeticamente eficiente, é importante concentrar-se não só no edifício individualmente, mas em todo seu entorno, onde está situado, sua interação com o que está ao redor, o solo, o clima do lugar, etc.Os mais variados estudos e pesquisas já afirmam que são critérios importantes para a classificação de um empreendimento como GREEN BUILDING, o uso racional de recursos como a água e a utilização de fontes renováveis de energia, como a luz solar, o vento, entre outras.Para conquistar o certificado de que é uma construção sustentável, o empreendimento é avaliado em várias categorias como tratamento de esgoto, reaproveitamento de água e utilização de material reciclado ou reciclável em sua estrutura.
Além do mais, há avaliações periódicas para assegurar que os níveis comprovados no primeiro momento se mantêm.Outro aspecto importante que assegura a obtenção de vários pontos é a redução no consumo de energia em prol do uso de fontes renováveis.Diante do êxito destes modelos de construção e do interesse de muitos países do mundo,surge, em 2001, o WGBC – World Green Building Council, entidade supranacional que visa a ser o centro das organizações sem fins lucrativos que atuem na transformação da indústria da construção rumo à sustentabilidade através das atividades dos seus membros.Sua principal função é dar caráter oficial às comunicações internacionais, ajudar os líderes da indústria no acesso aos mercados emergentes e dar uma voz internacional às iniciativas dos edifícios verdes.Hoje, seus membros são Brasil, Austrália, Canadá, Alemanha, Índia, Japão, México, Nova Zelândia, Taiwan, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA. Mas não são apenas os países membros os interessados neste tema, também há outros emergentes onde atua o WGBC, como Espanha, Portugal, Argentina, Chile, China, Egito, Grécia, Guatemala, Hong Kong, Israel, Coréia,Nigéria, Panamá, Filipinas, África do Sul, Vietnã, Suíça, etc.A título ilustrativo, dados afirmam que mais da metade dos resíduos gerados provem de obras civis, de 15% a 50% aproximadamente dos recursos naturais extraídos da natureza são utilizados por este setor, para cada tonelada de cimento produzido são emitidos 600 Kg de CO2 na atmosfera, de 25% a 30% das emissões deste gás no Planeta provém de obras civis.
Daí a importância da colaboração de todos os países para concretizar a idéia de transformar as práticas tradicionais das construções. Construir um edifício sustentável pode ser muito mais barato do que se imagina. Ainda que ligeiramente mais caro, cerca de 5% em comparação com os modelos tradicionais, este tipo de construção oferece uma grande economia de mais ou menos 30%, segundo as conclusões do primeiro relatório do programa de eficiência energética em edifícios que o WBCSD – World  Business Council for Sustainable Development acaba de publicar.No relatório consta que as principias razões que impedem o crescimento deste tipo de edificação são de caráter organizacional e financeiro. A primeira barreira é a falta de informação sobre a capacidade da equipe, seguido pela falta de preocupação com a eficiência energética. Por último a diferença de custo que o estudo já demonstrou ser um mito exagerado entre os executivos.
Especialistas sugerem algumas medidas para solucionar o problema, como por exemplo,fomentar a interatividade entre as empresas, promover o uso de fontes renováveis de energia desde a primeira etapa até a sua execução, educar os profissionais para uma consciência e cultura sustentáveis no setor, ou até mesmo fazer com que os outros edifícios, não sustentáveis, pareçam antiquados.Alguns sugerem, ainda, convencer o consumidor de que apesar de um pouco mais caro no primeiro momento, o valor investido será amortizado com uma economia de até 30% por conta do baixo consumo energético e que este baixo consumo beneficia o meio ambiente e que os benefício são meio ambiente favorecem a todos de um modo geral.Deste modo, o objetivo do Green Building é mudar a maneira tradicional de construir para uma que seja ambiental e socialmente responsável, conscientizar os empreendedores e os consumidores finais de que preservar o meio ambiente também significa qualidade de vida e que os recursos naturais não são inesgotáveis.
Conselho Empresarial Mundial pelo Desenvolvimento Sustentável. É uma associação mundial de aproximadamente200 empresas que tratam exclusivamente do setor empresarial e desenvolvimento sustentável. O Conselho proporciona uma plataforma para que as empresas explorem o desenvolvimento sustentável, compartilhem conhecimentos,experiências e melhores práticas para defender o posicionamento do setor empresarial sobre estas questões em uma variedade de aspectos, em colaboração com os governos, organizações governamentais e não governamentais.
São muitos os benefícios e em vários aspectos. Aumento da eficiência com o uso responsável de energia, consumo de água potável, geração de aterros, reutilização de materiais,melhora no ambiente interno, maior satisfação dos usuários, redução de problemas de saúde, maior produtividade, redução dos impactos ambientais, alcance de maiores níveis de conforto (redução nas emissões de gases de efeito estufa), aumento de áreas verdes e associação da marca com a sustentabilidade.

4. O CERTIFICADO LEED

Leadership in Energy and Environmental Design - LEED é um sistema desenvolvido pelo USGBC de normalização de sustentabilidade dos edifícios verdes e planejamento urbano. De acordo com o nível da avaliação, uma construção pode obter quatro tipos distintos de qualificação: certificado, prata, ouro ou platino. O sistema LEED proporciona, independente de terceiros, o atestado de que se trata de um projeto de uma verdadeira construção ecológica, pois cumpre com os requisitos e medidas para sua execução. Todos os projetos de certificado LEED recebem uma placa, símbolo reconhecido internacionalmente, que demonstra que um edifício respeita o meio ambiente, é rentável e é um lugar saudável para viver ou trabalhar. A placa fica exposta na parte de fora do edifício. O LEED fomenta e acelera a adoção global de edifícios verdes e práticas de desenvolvimento mediante a criação e aplicação de normas universalmente compreendidas e aceitas, bem como as ferramentas e critérios de rendimento.
Assim, ao mesmo tempo em que isto se desenvolve vão surgindo novas tecnologias de construção cada vez mais eficientes ecologicamente. Vale ressaltar que as exigências são maiores com relação aos novos empreendimentos, pois as normas tratam de detalhes que incluem a fase inicial da construção, como a origem do material utilizado para levantar o edifício. Porém, os prédios antigos podem ser transformados em Green buildings, a partir de investimentos em sua renovação para adaptar-se aos novos modelos. Instalação de lâmpadas e aparelhos de ar condicionado mais eficientes são exemplos de medidas que geram economia de recursos naturais e colocam o projeto no caminho certo para conseguir o certificado. Este tipo de edificação além de preservar o meio ambiente proporciona uma melhor qualidade para trabalhar ou viver e valorizam o imóvel. O certificado se refere à eficiência com a qual os edifícios e suas áreas utilizam e aproveitam a energia, a água e os materiais e também a redução do impacto sobre a saúde humana e meio ambiente, através da melhor localização, desenho, construção, operação, manutenção e remoção, ou seja, o ciclo de vida completo do edifício. Este tipo de construção certificada já desperta interesse de construtores de diversas partes do mundo, não apenas países desenvolvidos, mas também em desenvolvimento.

5. GREEN BUILDING NO BRASIL

Como já foi dito, o Brasil é um dos membros do WGBC – World Green Building Council. OGBC Brasil – Green Building Council Brasil, criado em março de 2007, começou suas operações em junho do mesmo ano e a partir de julho, Brasil já se tornara membro oficial do WGBC. O GBC Brasil é uma organização sem fins lucrativos que também visa a transformar os modos tradicionais de construção para outros mais modernos e eficientes desde o princípio de cadeia construtiva rumo à sustentabilidade.Sua missão é propagar os conhecimentos e através da educação promover a formação de uma nova cultura, preparando a sociedade para os novos conceitos de construção sustentável,facilitar a cooperação e integração dos diversos setores da indústria da construção civil, incentivar o desenvolvimento de tecnologias, materiais, processos e procedimentos que favoreçam as práticas sustentáveis no setor, promover o certificado LEED e divulgar as melhores práticas de construções sustentáveis.Os edifícios verdes, ou sustentáveis, estão começando a ganhar espaço na construção civil brasileira, inclusive algumas empresas já solicitaram o certificado para os edifícios aos organismos internacionais como o USGBC.
O Green Building Council Brasil optou por difundir no mercado o sistema de certificação LEED adaptado à realidade brasileira. Por isso, se busca uma interpretação e adaptação deste instrumento para o mercado nacional. Já existem alguns edifícios que possuem o certificado LEED no Brasil e muitos projetos que o esperam.

6. CONCLUSÕES

Este trabalho mostrou que a utilização de fontes renováveis de energia, que não emitem CO² na atmosfera, contribui para mitigar o aquecimento global, sendo necessário para isso algumas mudanças nos padrões atuais de produção e consumo, sobretudo criando a consciência de que é possível reduzir os consumos energéticos mantendo o conforto e a produtividade das atividades dependentes de energia.A mudança climática é um fato que ameaça a saúde da vida no Planeta Terra. É o resultado de uma complexa relação entre economia, energia, tecnologia, sociedade e seu impacto sobre o meio ambiente.No consumo, a utilização racional da energia consiste num conjunto de ações e medidas que visam sua melhor utilização, fator importante de economia energética e redução de custos, tanto no setor doméstico como no setor de serviços e industrial.Tendo em vista que aproximadamente 40% da energia primária consumida no mundo inteiro provém do setor da construção civil, conclui-se os edifícios podem contribuir muito para a redução do consumo de energia e, portanto, das emissões de gases de efeito estufa e logo para as mudanças climáticas.Assim, a produção e o consumo de energia provocam grande impacto ambiental, portanto os padrões atuais de consumo podem ser melhorados por fomentar uma utilização mais eficiente da energia e a transição do uso de combustíveis fósseis para fontes renováveis.Desde a criação do Programa de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL, no ano de1985, o Brasil vem apoiando iniciativas de melhoria no uso final de energia elétrica. Muito embora ainda de maneira irregular, o País já conseguiu alcançar progressos e estabelecer uma consciência política que possibilitou a manutenção de importantes iniciativas de cunho regulatório e legislativo nos últimos anos.
A indústria da construção representa importante papel na luta pelo desenvolvimento sustentável, mas para isso é necessário investir em pesquisas para desenvolver e implantar novas tecnologias energéticas, além de promover a cooperação internacional para implementar tecnologias avançadas de energia e, certamente, conscientizar e educar todas as pessoas sobre a necessidade de preservar os recursos naturais.
 
7. REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 – Regulamenta os artigos. 182 e 183 da Constituição Federal estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ LEIS_2001/L10257.htm. Acesso em 2 janeiro 2012.
CONSELHO BRASILEIRO DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL. Disponível em http://www.cbcs.org.br/.
INSTITUTO BRASIL PNUMA. Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Disponível em http://www.brasilpnuma.org.br.
JANNUZZI, Gilberto de Martino. Aumentando a eficiência nos usos finais de energia no Brasil. São Paulo. Disponível em www.fem.unicamp.br/~jannuzzi/ documents/unicamp-20anos.pdf.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Disponível em http://www.mma.gov.br/.
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. Disponível em http://www.mct.gov.br/.
GOLDEMBERG José; e MOREIRA José Roberto. Política energética no Brasil. 2005. Disponível em www.scielo.br/pdf/ea/v19n55/14.pdf.
GOLDEMBERG, José; LUCON, Oswaldo. Energia e meio ambiente no Brasil. 2007. Disponível em www.scielo.br/pdf/ea/v21n59/a02v2159.pdf.
 PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Disponível em http://www.pnud.org.br/home/.
REVISTA EXAME, 11/04/2007. Disponível em www.planetasustentavel.abril.com.br.
U.S. GREEN BUILDING COUNCIL. Disponível em http://www.usgbc.org/.
WORLD GREEN BUILDING COUNCIL. Disponível em http://www.worldgbc.org/.