Blog "Gestão e Negócios Sustentáveis”, de autoria de
Superdotado Álaze Gabriel.
Disponível em http://gestaoenegociossustentaveis.blogspot.com/
EDIFÍCIOS VERDES: O QUE SÃO?
Edifícios
verdes são prédios que seguem
determinados parâmetros e que têm uma preocupação toda especial com o meio
ambiente em que estão inseridos e com a correta utilização dos recursos
naturais necessários ao seu funcionamento e a correta destinação dos resíduos
gerados por essa utilização. Assim, a preocupação com a eficiência e com a
qualidade é sempre voltada para o mínimo impacto ambiental possível.
O que começou como “uma onda militante” por parte dos
ecologistas de “primeira hora” acabou chegando à mesa dos grandes empresários
que perceberam que podiam adotar as práticas preconizadas para os edifícios
verdes e ainda sim obter lucro com aquela “coisa nova”. A economia gerada com a
redução do consumo de água e de energia elétrica compensava de longe os gastos
necessários para a conversão dos prédios já existentes ou da construção de
novos prédios exclusivamente projetados para serem assim.
Assim, novas tecnologias e procedimentos foram criados para
garantir que esses prédios fossem capazes de garantir uma excelente qualidade
de vida para os funcionários dessas empresas e acabaram por facilitar a
aplicação do conceito de prédios verdes para muito mais empresas e até em prédios
residenciais.
Para que os prédios sejam considerados verdes, eles devem
seguir preceitos e determinações rígidas quanto a construção,
qualidade do ar; uso da energia; uso da água; segurança de trabalho e higiene
do ambiente ocupacional; uso de materiais ecologicamente corretos; observação
da ergonomia em móveis e utensílios; tratamento correto dos resíduos sólidos e
controle da emissão de poluentes.
Quanto à qualidade do ar, os edifícios verdes devem manter
o ar interno sempre com boa qualidade; efetuando análises no ar circulante e do
interior dos dutos de ar condicionado; eliminando ou reduzindo a circulação de
gases poluentes ou agentes contaminantes biológicos. Devem também ter
preocupação com áreas para fumantes, uso de detergentes que tenham odores
fortes e o conforto térmico.
Na eficiência energética, os prédios verdes devem buscar
fortes alternativas de energia ou fontes emergenciais que garantam a iluminação
em caso de acidentes; controle de consumo e busca da eficiência total.
A questão da água também é crucial nos prédios verdes. O
desperdício deve ser combatido a todo custo, bem como a garantia da mais alta
qualidade da consumida no prédio deve ser observada a cada instante. Um
controle rígido sobre torneiras e válvulas de descarga deve ser exercido.
Aspectos da decoração interior devem ser levados com
consideração como o uso de plantes e de materiais isolantes de ruídos. Além do
uso de materiais certificados e eficientes. A preocupação com o uso de
mobiliário ergonomicamente adequado e com a saúde dos trabalhadores que
utilizarão os espaços; notadamente em relação a elementos que possam provocar
alergias, assim como a redução ou eliminação da emissão de radiação ambiental.
Finalmente, os edifícios verdes devem ter programas
de coleta seletiva de lixo e um gerenciamento de resíduos impecável. Com a
manutenção de programas que visem educar e orientar os habitantes para essas
boas práticas. Os edifícios verdes há muito deixaram de ser uma ficção e cada
vez mais se aproximam de uma realidade cotidiana das grandes cidades. Esperemos
que, muito em breve, esses prédios sejam uma constante em todas as grandes
cidades brasileiras.
EDIFÍCIOS VERDES:
MODA INTELIGENTE
Imaginar que, há apenas alguns anos, pensar em edifícios verdes
como algo além de prédios pintados nesta cor, era algo estranho e considerado
como ideia privativa de ecologistas fanáticos e hippies saudosistas dos anos de
1960; deixa a todos nós muito animados com o futuro promissor que aguarda
nossas grandes metrópoles do futuro. Com o desenvolvimento de novas tecnologias
e com a modernização de tantas outras, construir edifícios verdes nos dias
de hoje é uma condição fundamental para a nossa própria sobrevivência como
espécie.
Muito mais do que uma moda passageira, a construção de edifícios
verdes dever ser encarada como uma opção pela inteligência e
pelo correto planejamento de uma nova e, completamente, diferente história de
vida para todos nós. Os edifícios verdes podem representar a solução para os problemas de poluição
e de más condições de vida que as grandes cidades experimentam nos dias atuais.
Problemas de falta de água e de dificuldades na obtenção desse precioso líquido
tornarão a água um elemento de alto custo e de grande dificuldade de obtenção.
Dentro desse cenário de aspecto sombrio para o futuro de nossas cidades, os
edifícios verdes poderão significar a luz no fim do túnel
para essa questão de abastecimento.
Com uma filosofia totalmente diferente das construções
comuns, os edifícios verdes representam uma “nova ordem” que procura valorizar
as características
sócio-ambientais desses empreendimentos. Mesmo que essa filosofia ainda não esteja totalmente na mente e
nos espíritos dos empresários do setor da construção civil brasileira,
os frequentes lançamentos e o sucesso de vendas alcançado por esses
empreendimentos; logo será o responsável por difundir (mesmo obrigatoriamente)
esse conceito por todas as outras construtoras. Muito em breve a simples “moda
ecológica” e a “onda verde” serão substituídas pela decisão planejada, objetiva
e consciente de que é a opção mais inteligente que pode ser tomada por qualquer
empresa que não queira ficar para trás em matéria de mercado. Os empresários
contrários acabarão sendo engolidos pelas empresas que forem mais ágeis e mais
propensas a gerir e realizar as mudanças necessárias para que os edifícios
verdes façam parte de seu portifólio de lançamentos. Como toda atividade econômica;
também na construção civil, quem ficar parado e não se modernizar; ficará para
trás e desaparecerá.
Reciclagem de
resíduos dos canteiros de obra e do lixo produzido
pelos edifícios após a construção; elementos arquitetônicos, de engenharia ou
de maquinário que promovam uma melhor utilização dos recursos naturais pelos edifícios e sistemas que
permitam a captação, reciclagem e reutilização da água proveniente da
concessionária ou mesmo das chuvas. Além do uso de materiais certificados e que
não promovam emissões de gases tóxicos ou de efeito estufa. Tudo isso
transformará um dos setores mais poluidores que temos em nossa economia; num
setor que constrói com inteligência e com profunda preocupação ambiental.
Assim, com inteligência, modernidade e com um pensamento
voltado para o bem-estar futuro de nossas cidades, os edifícios verdes
representarão a solução prática
para um dilema que assola os grandes centros urbanos mundiais faz tempo.
A RSAE NO CENÁRIO GLOBAL ATUAL
A Responsabilidade Social e Ambiental Empresarial é a chave da Sustentabilidade
Global atual. A cooperação mútua entre as corporações e do governo na
implantação das políticas públicas ambientais e sociais é o fator X da questão.
É o tal do PGAL, isto é, Pensar Global, mas Agir Local. As organizações
empresariais, por sua representatividade no que tange aos impactos sociais e
ambientais causados quer pelo consumismo quer pela utilização dos recursos
naturais ou mesmo descarte dos resíduos deles, é indubitavelmente responsável
pelo desenvolvimento de todos os seus stakeholders, o que inclui a sociedade de
uma forma geral.
Segundo a Associação Brasileira Supermercadista (ABRAS), as organizações
empresariais já estão despertando para a sustentabilidade, seja em busca da
melhoria na qualidade de vida das pessoas, do desenvolvimento sustentável do
planeta e, ao mesmo tempo, do fortalecimento dos negócios. Quando o assunto é
aquecimento global, descarte de resíduos, preservação ambiental e promoção de
uma sociedade melhor, todos os indivíduos e sobretudo as corporações têm um
grande papel a desempenhar.
E os governantes e empresários não são os únicos a refletirem e
mudarem seus hábitos em prol da sustentabilidade não. As mudanças no cenário
mundial e local no que tange as questões sociais e ambientais já têm estimulado
os consumidores a mudar seus hábitos de compra, inserindo novos critérios
relacionados ao desenvolvimento sustentável. Segundo pesquisas do Instituto
Akatu, 5% dos brasileiros já são consumidores conscientes. A tendência é de que
esse número aumente, uma vez que 28% dos consumidores são considerados
engajados, isto é, estão tentando consumir de forma sustentável, e outros 59%
estão começando a se sensibilizar com o assunto. Praticar o consumo consciente
significa consumir com consciência do impacto sobre o próprio indivíduo, as
relações sociais, o meio ambiente e a economia, buscando também mobilizar
outras pessoas na mesma direção.
SOLUÇÃO SOCIOAMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL
Numa pesquisa que realizei na
revista Veja (versão impressa) sobre o tema, encontrei algumas medidas
preventivas e corretivas em matéria de RSAE. Mas uma delas em especial merece
extraordinário destaque.
Segundo o Professor Thomas C.
Heller (2012), da Universidade Stanford, um dos principais consultores de
política ambiental do mundo, diz que os países emergentes serão os líderes na
transição para uma economia mais sustentável. Em reportagem à revista Veja,
matéria publicada na edição de 11 de janeiro de 2012, páginas 15, 18 e 19, a
argumentação pragmática de Heller soa como música aos ouvidos dos governos do
Brasil, da China e da Indonésia. Dentre os principais argumentos do professor,
destaco os seguintes: "A dependência entre economia e meio ambiente atingiu
o ápice. Para progredirmos, teremos de usar os recursos naturais com máxima
eficiência". "Os emergente terão de aumentar a produtividade para
receber 3 bilhões de pessoas na classe média. Precisam investir em inovação,.
Podem fazê-lo por não terem tido suas finanças corroídas pela crise". "As
grandes corporações já perceberam, há mais de uma década, que ser sustentável
dá lucro. Essa mesma lógica deverá inspirar os políticos dos países que almejam
liderar o desenvolvimento econômico no futuro".
Segundo Thomas (2012), na
prática, os projetos ambientalistas mais promissores são os edifícios verdes,
ainda pouco disseminados para moradia, mas já bastante populares entre as
empresas. As companhias, de modo geral bem mais adiantadas na compreensão das
vantagens econômicas que a sustentabilidade pode render, sabem que um prédio
verde pode custar de 5% a 10% mais do que os edifícios comuns. No entanto,
também já aferiram que, após alguns anos, ele chega a ser até 50% mais
econômico. Gasta-se menos com energia e água e ainda se consegue melhorar a
qualidade do ar. Sem contar que, para pôr tais prédios em funcionamento, é
preciso desenvolver novas tecnologias, criando um ciclo virtuoso de inovação
que tende a se disseminar por vários outros setores.
OS
PRÉDIOS VERDES
Tamanha a relevância da
utilização de edifícios verdes por parte das empresas na colaboração da
preservação ambiental é que interessei-me em pesquisar mais o assunto. Encontrei matérias facinantes sobre o tema nos seguintes sites:
Mas a pesquisa que mais me
marcou e incentivou-me a disseminar tanto mais quanto possível o valor do
desenvolvimento empresarial sustentável mediante a utilização e certificação de
prédios verdes, foi a que se encontra no site http://predioverde.com.br/. Compartilho
a seguir o que tirei de proveito:
Prédios verdes, também
chamados de Green Buildings, construções sustentáveis ou empreendimentos
sustentáveis, caracterizam-se por serem desenvolvidos harmonizados com o meio
ambiente e com a comunidade de sua influência, proporcionando melhor retorno
aos investidores e proprietários, menores custos operacionais e melhor saúde,
conforto e produtividade aos ocupantes.
Prédios verdes são
empreendimentos desenvolvidos para terem maior eficiência energética,
utilização racional da água, integração no espaço de localização e qualidade
ambiental interna. Os prédio verdes são, normalmente, projetados levando-se em
conta cinco vertentes:
1 - Energia: a) Otimização
Energética; b) Uso de Energia Renovável; c) Cobertura predial e revestimento
externo; d) Centro de Distribuição Bomi – LEED Novas Construções; e) Materiais;
2 - Gerenciamento do Lixo: a)
Origem e Uso; b) Reciclagem;
3 - Água: a) Origem; b)
Racionalização do Uso; c) Minimização de Resíduos;
4 - Espaço Sustentável; a)
Preservação e Restauração da biodiversidade; b Redução da poluição luminosa e
outras; c) Conectividade com a Comunidade;
5 - Ambiente Interno: a)
Gerenciamento da Qualidade do Ar e Conforto; b) Uso de materiais de baixa
emissão; c) Iluminação Natural e Visão;
Entre os principais
benefícios dos prédios verdes, podemos citar:
Para os ocupantes:
• Melhoria na produtividade e
renda devido a melhor ambiente de trabalho que leva a mais saúde, menor stress
e menor absenteísmo em decorrência demelhor conforto térmico, pois há menor
oscilações da temperatura;
• Melhor Qualidade do ar,
diminuindo os problemas respiratórios, de humor, alérgicos e outros, em função
de: a) Controle de CO2; b) Controle sobre os COV (compostos orgânicos voláteis)
e outros; c) Controle sobre fumaça de tabaco; d) Maior número de trocas de ar;
• Reduz doenças respiratórias
de 9 a 20%;
• Menor disseminação de
gripes, p.ex.;
• Melhor Ambiente de Trabalho
que diminui o stress e acalma as pessoas devido à: a) Percepção da Iluminação
natural; b) Visão integrada com o exterior para os ocupantes proporcionando
amplitude de espaço; c) Iluminação artificial complementar à natural e
projetada para atender as necessidades do local de trabalho.
• Estímulo ao transporte
alternativo mais saudável e relaxante;
• Preocupação com a
infra-estrutura de transportes e proximidade das facilidades de serviços;
• Estímulo ao Transporte
Solidário;
• Estímulo ao uso de
bicicletas;
• Estímulo a utilização
futura de veículos com baixa emissão.
• Criação de uma consciência
de não desperdício que será expandida para as residências dos funcionários,
incrementando a renda:
• Uso racional de energia;
• Uso racional de água;
• Origem dos materiais
empregados;
• Separação de lixo;
• Reciclagem de materiais.
Para os empresários e
gestores:
• Redução dos custos
Operacionais: a) Energia ~ 30%; b) Água ~ 30 a 50%; c) Lixo ~ 50 a 97 %;
• menor remanejamento de
funcionários;
• menor reconfiguração do
escritório;
• Maiores resultados;
• Maior qualidade de vida;
• Menores seguros de vida;
• Menor “turn-over”;
• Maior nível de satisfação;
• Recrutamento de talentos
mais facilitada;
• Maior produtividade;
• Imagem associada à
empreendimentos responsáveis;
• Qualidade ambiental;
• Maior valor de mercado do empreendimento;
• o valor de mercado aumenta
da ordem de 10x a economia anual;
• Maior nível de ocupação;
• Satisfação do inquilino e
melhores valores de aluguel: 5 a 10%; (no que tange ao arrendamento de imóveis
para renda);
• melhor qualidade de vida;
• melhor produtividade;
• Menor custo de manutenção e
melhorias prediais;
• Menor risco do negócio;
• Maiores taxas de retorno
pela maior estabilidade.
Para os investidores:
• Custo de construção
equivalente 0 a 3%;
• Significativa redução nos
investimentos em ar condicionado;
• Acesso à linhas
privilegiadas de financiamento;
• Maior preço de venda;
• Satisfação do comprador;
• Melhor valor do aluguel;
• Maior estabilidade do
inquilino;
• Menor vacância;
• Maiores taxas de retorno;
• Maior facilidade na promoção
e venda;
• Menor taxa condominial;
• Maior valor de revenda;
• Ambiente mais saudável;
• Criação de imagem de
vanguarda;
• Imagem associada à
empreendimentos responsáveis;
• Qualidade com baixo custo
operacional;
• Melhor relação com o poder
público;
• Maior rapidez na aprovação
do projeto;
• Melhores taxas de retorno
do capital investido;
• 1US$ investido em Sustentabilidade
Predial retorna 4US$.
Para os financiadores:
• Maior estabilidade no
recebimento das receitas;
• Menor número de refinanciamentos;
• Menores riscos;
• Conservação e restauro dos
recursos naturais;
• Imagem de investimento em
projetos responsáveis.
EMPREENDIMENTOS
VERDES NO BRASIL
O primeiro prédio verde
certificado no Brasil foi a Agência do Banco Real (hoje Santander) Granja
Viana, em Cotia, São Paulo. A Agência foi também a 1ª construção sustentável a
receber na América do Sul, a certificação LEED. A SustentaX - Engenharia de
Sustentabilidade, que se dedica a projetos de sustentabilidade de
empreendimentos, foi a responsável por este primeiro certificado internacional
de um Green Building na América do Sul, em 2007.
Outro empreendimento
sustentável é o Rochaverá, cujo projeto de sustentabilidade foi desenvolvido
pela SustentaX, que recebeu o Prêmio Gran Prix d’ Excellence pela FIABCI
Internacional, em maio de 2008, como o projeto mais sustentável do mundo, além
de ter sido a primeira edificação a receber a primeira certificação LEED Ouro,
no Hemisfério Sul, pelo critério mais reconhecido mundialmente de desempenho ambiental
de edifícios.
Há também já certificados com
o LEED o Centro de Distribuição Bomi, na cidade de Itapevi/SP e a loja do Pão de
Açúcar em Indaiatuba/SP. Além de uma série de outros projetos em processo de
certificação.
Acredito que a disseminação
de tais iniciativas conscientes em responsabilidade social e ambiental
empresarial (RSAE) por parte do governo e das universidades - lembrando que é
aqui que entra a nossa responsabilidade nessa ação como universitários e
cidadãos conscientes - é que propiciará a conscientização necessária a fim de
que em nossa região, Estado e Nação as organizações, sobretudo as empresariais,
sigam o modelo do Santander, do Carrefour, do Grupo Pão de Açúcar, do Wall Mart
e da Unilever no que tange à RSAE, uma vez que é somente com a ação sustentável
é que mitigaremos o gargalo da produtividade de recursos no século XXI.
Faz-se necessário ressaltar que nunca devemos deixar para o
amanhã aquilo que podemos fazer no presente. O grande lema dos profissionais
competentes é o AA, isto é, o Aqui e o Agora. E o maior lema das nações é PGAL,
isto é, o Pensar Global e Agir Local.
TRANSFORMANDO EDIFÍCIOS COMUNS EM EDIFÍCIOS VERDES
Os fenômenos provocados pelo aquecimento global acabaram
convencendo a humanidade de que algo muito grave esta realmente acontecendo com
nosso planeta. Reservas antigas e perenes de água simplesmente secaram e
populações inteiras começaram a ter que percorrer grandes distâncias para que
fosse possível beber um simples copo de água.
Nas grandes cidades e metrópoles, começaram a imaginar uma
forma de garantir que os prédios e os condomínios, cada vez maiores e mais
populosos, fossem capazes de promover certa economia
de água e energia elétrica. Assim, nasceu o conceito dos edifícios verdes:
construções cuidadosamente elaboradas para que fossem capazes de promover
essa economia e, além disso, garantissem que os materiais usados na construção
fossem todos (ou em grande parte) provenientes de áreas de extração ou de
fabricação certificadas e que não agredissem o meio ambiente, garantindo assim,
toda a sustentabilidade de uma cadeia produtiva que acabaria na construção
desses edifícios verdes.
E eles começaram a aparecer aqui e ali, logo estando por
toda parte nos países mais desenvolvidos e aqui em nosso país começam a assumir
uma importância significativa no cenário da construção civil e das vendas de
imóveis residenciais e comerciais.
Mas, ao mesmo tempo em que os edifícios verdes se tornavam
os queridinhos dos compradores, dos construtores e dos ambientalistas surgiu a
dúvida sobre o que fazer com os milhões de prédios comerciais e residenciais já
construídos e que não tinham nada de sustentáveis ou verdes.
Foi justamente para vencer esse dilema que surgiu a
perspectiva de estudar-se uma forma de incluir pelo menos alguns elementos que
pudessem reduzir o consumo nessas unidades e seu impacto no meio ambiente das cidades em que estavam construídos.
A ideia de tornar prédios comuns em edifícios verdes foi
testada com sucesso na Europa e logo se espalhou para o mundo todo. Como uma
bola de neve ecológica, as mudanças simples e que tornaram os prédios mais
antigos em edifícios verdes mais eficientes e menos poluentes, espalharam-se e
começam a ser adotadas também aqui entre nós.
A mudanças vão desde pequenas medidas como
a instalação de sensores de presença nas escadas, corredores e áreas comuns
para que promovam uma economia significativa nos gastos com energia elétrica
até a instalação de caríssimas placas fotovoltaicas para substituir toda ou
parte da energia elétrica usada no edifício por energia sustentável.
Da mesma forma, mudanças no fluxo de água das descargas, com
instalação de novas válvulas econômicas e mais eficientes, a reciclagem do lixo
produzido nas unidades habitacionais e a reciclagem de água ou a captação de chuvas
para utilização em jardins e na lavagem das áreas comuns reforçam
significativamente a capacidade dos edifícios de interagirem melhor com o meio
ambiente e promoverem um nível de poluição e emissão de gases do efeito estufa
muito menor. Desta forma, estes são transformados, se não completamente, em
parte, em edifícios verdes com grande potencial para garantir uma boa qualidade
de vida para os seus moradores.
A
IMPORTÂNCIA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E OS EDIFÍCIOS VERDES NA MITIGAÇÃO DAS
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
RESUMO
Sustentabilidade energética é um dos
objetivos do desenvolvimento sustentável. Um mínimode acesso à energia é
fundamental para o bem-estar das pessoas e para o alcance das suas necessidades
primárias, como transporte, saúde, educação, moradia. O consumo de
energia,inevitavelmente, ocasiona impactos no meio ambiente e é justamente por
isso que o uso dos recursos naturais deve ser razoável, pois esgotáveis (em
dois séculos consumiu-se mais que o dobro dos recursos fósseis existentes). O consumo
eficiente da energia do Planeta, assim como o aproveitamento das fontes
renováveis de energia, são essenciais para a mitigação das emissões de gases
poluentes na atmosfera e, portanto, das mudanças climáticas, por isso é tão
importante que as cidades sejam sustentáveis e com elas suas edificações. A
execução de edifícios sustentáveis é atualmente uma das áreas mais dinâmicas do
setor da construção. Esta forma de abordar a construção civil é relativamente
nova, mas seu progresso no século XXI tem sido rápido e cada vez mais as
pessoas tomam consciência da importância de aproveitar as fontes renováveis de
energia que a natureza oferece e dos benefícios que tudo isso proporciona não
só ao meio ambiente, mas para as pessoas individualmente e para a sociedade em
geral. O Brasil é um país em desenvolvimento, por isso o consumo de energia per
capita ainda é pequeno, mas isso não retira a responsabilidade do País de
contribuir, mesmo que começando, de modo a utilizar tecnologias modernas e
modelos eficientes de geração de energia, mormente no setor da construção
civil.
1.
INTRODUÇÃO
Inicialmente, vale transcrever o que
determina o artigo 225 da Constituição Federal do Brasil que diz, in verbis:
“Todos
têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.”
Assim, percebe-se que o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado é de todos,pois se trata de um bem comum e
a sua proteção é um dever não só do poder público, mas de todas as
pessoas.Desenvolvimento sustentável significa continuar crescendo a capacidade
de desenvolvimento econômico, social e tecnológico, que oferecem muitos
benefícios para as pessoas,mas de uma maneira razoável e equilibrada para que o
meio ambiente não seja degradado ou sofra o mínimo de danos possível para que
todas as gerações, presentes e futuras, sejam favorecidas.Uma das vertentes do
desenvolvimento sustentável é o consumo eficiente da energia,aproveitando ao
máximo as suas fontes renováveis de maneira a promover a redução de emissão de gases
que causam efeito estufa na atmosfera e, assim, evitar as mudanças no clima do
Planeta.Para tanto, é tão essencial que as cidades sejam sustentáveis e com
elas seus edifícios. Isso porque o setor das edificações é responsável por
altíssimos níveis de emissão de CO² na atmosfera,o que resulta na poluição do
ar que, por sua vez, promove o aumento da temperatura da Terra, causadas
mudanças climáticas.As mudanças climáticas são, justamente, variações no clima
da Terra e, pode-se dizer, hoje é uma das principais responsáveis pela perda de
biodiversidade do Planeta, já que acaba gerando alterações no habitat natural
de várias espécies de plantas e animais.Ocorre que para que as metas traçadas
em tratados e protocolos sejam alcançadas os governos dos países precisam
trabalhar no sentido de promover a conscientização pública de que a ação humana
descontrolada é a principal responsável pela emissão acelerada de gases
poluentes na atmosfera e que isso provoca o aquecimento da temperatura média da
Terra, causa das mudanças climáticas no Planeta.A questão da utilização de
fontes renováveis de energia tornou-se uma necessidade, já que a população
mundial tende a crescer e, com isso, a demanda por energia ao passo em que as
reservas naturais vão se esgotando.A eficiência energética, tema principal
deste estudo, é uma das mais rentáveis formas de conseguir mitigação das
mudanças climáticas, senão vejamos.
Aproximadamente 25% a 30% das emissões
de CO² no Planeta vem do setor da construção civil, razão pela qual é
importante que cada vez mais as empresas sejam incentivadas a abraçar a idéia
da construção sustentável. Mas, para que isso seja possível, é preciso mudar o comportamento
dos consumidores finais, buscando a redução dos custos de energia, a vulnerabilidade
dos preços crescentes pelo seu uso e, consequentemente a diminuição das
emissões de CO². Em outras palavras, é preciso convencer aqueles que compram
dos benefícios proporcionados pelas medidas de eficiência energética.
De acordo com o IPCC - Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, a indústria da construção possui
o maior potencial para reduzir as emissões, já hoje em dia e para os próximos anos
também.A energia solar, térmica ou fotovoltaica tem um impacto importante na
redução do consumo,a rotulagem dos aparelhos e lâmpadas também representam uma
ótima idéia. Este é um tema atual que desperta interesse de empresários e
consumidores em todo o mundo, inclusive naqueles países em vias de
desenvolvimento, onde a economia ainda está crescendo.No caso do Brasil, por
exemplo, quase metade de toda a energia consumida é gerada a partir de fontes
renováveis, principalmente pequenas centrais hidrelétricas, o que faz com que o
país tenha uma posição suave em comparação com o resto do mundo no que tange ao
consumo de energia,mas isso não significa que o País esteja imune da
responsabilidade de contribuir, ao contrário, e a verdade é que isso já está
acontecendo. Além de resolver os problemas ambientais, o uso de energias
renováveis no Brasil ajuda na luta contra a pobreza, aumenta o nível de
segurança, contribui para a redução do desmatamento, grande problema hoje no
país.Existem atualmente diversos projetos de lei que requerem a utilização de
energias renováveis em edifícios nas cidades brasileiras, inclusive há uma lei
na cidade de São Paulo, Lei n º14.459 de 03 de julho de 2007, que requer a
instalação do sistema aquecimento de água utilizando energia solar em novas
edificações na cidade.
Os Green Building, ou edifícios verdes,
ou, ainda, construções sustentáveis são prédios onde foram aplicadas medidas
construtivas e procedimentais que buscam o aumento da sua eficiência no uso de
recursos para reduzir os impactos sócio-ambientais.Para ganhar um certificado
de que se trata de uma construção sustentável, o projeto é avaliado em diversas
categorias, tais como tratamento de água, reuso de água e utilização de materiais
reciclados ou recicláveis na sua estrutura e mobiliário. Além disso, são feitas
avaliações periódicas para garantir que os níveis testados quando da
certificação são respeitados.O Certificação LEED - Leadership in Energy
and Environmental Design (Liderança em Energia e Design Ambiental)
estimula e acelera a adoção global de construção sustentável e práticas de
desenvolvimento através da criação e implementação de normas universalmente
compreendidas e aceitas. Assim, na medida em que os certificados forem se
desenvolvendo, novas tecnologias vão surgindo para que seja possível
construções ecologicamente eficientes.
Os edifícios verdes estão começando a
ganhar terreno na construção civil brasileira, algumas empresas já estão
buscando a certificação dos edifícios para organizações internacionais como a USGBC -United States Green Building
Council, uma organização nascida nos Estados Unidos,sem fins lucrativos
empenhada em expandir práticas de construção sustentável.O Brasil é um dos
membros oficiais da WGBC - World Green Building Council. O GBC-BRASIL - Green Building Council
Brasil decidiu espalhar no mercado o sistema de certificação LEED adaptados à
realidade brasileira.Registre-se que a função social da cidade é um dos
princípios constitucionais do direito brasileiro e para que isso seja viável é
necessário que as propriedades cumpram com a sua função social, o que está
totalmente relacionado com a função ambiental da cidade.
2
A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E AS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS NOSETOR DA CONSTRUÇÃO
Nas últimas décadas o consumo de energia
primária aumentou dramaticamente em todo o mundo. Mas, nos últimos anos, as
pessoas começam a ter consciência de que energia é um recurso finito e,
portanto, surgem novas políticas de energia, a fim de reduzir o consumo e
aumentar a eficiência, utilizando-se, especialmente, as fontes de energia
renováveis, como, por exemplo,biomassa, solar, eólica, mini hídrica, dentre
outras.É certo que o consumo de energia é inevitável para satisfazer as necessidades
das pessoas,então o que se busca não é o fim do consumo de energia, mas um
modelo sustentável do consumo,onde se utilize a menor quantidade de energia
para atingir o mais alto nível de bem-estar e conforto,é o que se denomina eficiência
energética.
A questão da importância das
providências pelo uso eficiente da energia tornou-se um bem necessário, vez que
a demanda continua crescendo na medida em que as reservas, em contrapartida,vão
se esgotando.A eficiência energética é uma das mais rentáveis formas de atingir
a mitigação das mudanças climáticas. De acordo com o IEA - International Energy
Agency, a eficiência energética representa mais de metade do potencial de
trazer as emissões de CO² nos níveis atuais até 2050 e reduzi-los ainda mais.A
maioria das medidas de eficiência energética terá de acontecer sob demanda (na
indústria,manufatura, prédios comerciais e residenciais e transporte), daí a
importância de se promover na sociedade trabalhos que demonstrem que os
benefícios das medidas de eficiência energética geralmente superam os custos da
sua instalação, além de tentar mudar o comportamento dos consumidores finais no
sentido de reduzir os gastos no dia a dia e, assim, os custos de energia, a vulnerabilidade
aos preços crescentes, além da redução de emissões de CO² e outros gases que provocam
o efeito estufa.
Outra grande vantagem, porque não dizer
uma das principais, da energia renovável é a realização de cumprimento do
Protocolo de Kyoto para reduzir as emissões dos GEE - gases de efeito estufa,
um dos fatores mais importantes para o aquecimento global que é em grande parte
responsável pelas mudanças no clima do Planeta Terra.Referido Protocolo impõe
limites sobre as emissões de gases como o CO², por exemplo, e os países
abrangidos pelo Protocolo são obrigados a tomar medidas para alcançar a redução
nas emissões.Mas, além de todas as vantagens que o uso das fontes renováveis de
energia proporcionam ao meio ambiente, existem muitos outros aspectos positivos
também, sejam eles econômicos, já que o retorno do valor investido pela sua
instalação cedo ou tarde é percebido, pois uma vez que se consome menos,
gasta-se menos, sejam sociais, porque favorecem a criação de novos
empregos,estimula o desenvolvimento de novas tecnologias, etc.No que diz
respeito à construção civil não é diferente, ao contrário, pois de 25% a 30%
das emissões de CO² no planeta são provenientes deste setor, por isso que é tão
importante que cada vez mais as empresas sejam incentivadas a adotar um modelo
de construção sustentável.
De acordo com o IPCC
- Intergovernmental Panel on Climate Changeou Painel Inter governamental
sobre Mudanças Climáticas, a indústria da construção possui o maior potencial para
reduzir as emissões hoje e para os próximos anos.Consumo responsável de energia
e uso de fontes renováveis são formas de reduzir as emissões e preservar o meio
ambiente. A indústria da construção é um consumidor considerável de energia e
emite grandes quantidades de GEE na atmosfera a partir seus estágios iniciais.
Destarte,vê-se a importância dos edifícios verdes, ou seja, do certificado de
construção sustentável.O processo de globalização significa que a demanda por
novos edifícios tende a crescer, o que proporciona uma economia altamente
competitiva que faz com que empresas exijam maior eficiência em suas
atividades.O uso eficiente de energia elétrica, por exemplo, não significa
apenas uma redução nos gastos, mas também uma redução no impacto ambiental.
Ademais, a eficiência energética está frequentemente associada à melhoria da
qualidade do ambiente de trabalho e do processo de produção.
Eficiência energética nos edifícios
depende da capacidade da construção de tirar vantagem das condições climáticas
ou driblá-las usando minimamente a tecnologia. Em outras palavras, é uma
conseqüência direta da qualidade do projeto.Especialistas dizem que os
arquitetos devem avaliar o clima e os ambientes urbanos, o controle da
orientação solar, a temperatura do ar através da fachada, os ventos
predominantes, o ruído, dentre outros aspectos, buscando o conforto mínimo de
temperatura, iluminação e som.Existem muitas maneiras com que os edifícios
podem contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa e,
portanto, para cumprir o Protocolo de Kyoto.
A energia solar, térmica ou
fotovoltaica, tem um impacto importante na redução do consumo. A rotulagem dos
aparelhos e lâmpadas eficientes, por exemplo, representa uma ideia importante,
pois deste modo os consumidores têm a chance de escolher equipamentos mais eficientes
e, assim, reduzir em alguns casos até 25% do consumo para o mesmo uso,
atingindo o mesmo nível de conforto térmico desejado.Um modelo interessante
para alcançar uma construção sustentável desde o seu projeto até o final de sua
vida útil é a adoção de uma arquitetura bioclimática, onde são utilizadas
medidas de uso racional da energia, boas práticas na iluminação, aproveitando o
máximo da luz do sol, uso de fontes renováveis de energia, reaproveitamento de
água, entre outros.No que tange à utilização de fontes de energia renováveis no
setor da construção, a energia proveniente da luz do sol merece destaque. A
energia solar pode ser fotovoltaica (um sistema silencioso e estático que não
esgota materiais e é a transformação direta da energia procedente do sol em
elétrica) ou térmica (manipulação e transferência de energia solar para um
fluido que aquece). Também deve ser levado em conta, por exemplo, o uso de
vidro nas construções dos edifícios, conforme dito anteriormente, de modo que
seja possível explorar o máximo de luz do sol para o alcance do nível de
conforto esperado.A geração de energia a partir da fonte solar traz inúmeras
vantagens, senão vejamos. Cada metro quadrado do coletor solar instalado gera,
por ano, o que corresponde a 55kg de gás de cozinha, 66l de diesel ou 73l de
gasolina, afasta a utilização de energias nucleares além de que evita inundações
de zonas férteis pela construção das usinas hidroelétricas.
Além
disso, este método de conversão de energia é extremamente simples, não carrega quaisquer
peças mecânicas em movimento, tem uma característica modular (desde mW para
MW),tempo curto entre a instalação e aplicação, o alto grau de confiabilidade e
sistemas de baixo custo de manutenção.Os sistemas fotovoltaicos, por sua vez,
são uma fonte silenciosa, não poluente, renovável e,por tudo isso, bastante
apropriada ao ambiente urbano, mormente por conta da proximidade entre sua
instalação, produção e consumo o que representa diminuição nas perdas de
energia durante este processo.A utilização de fontes de energia renováveis na construção
civil é um tema atual que desperta interesse de empresários e consumidores do
mundo inteiro, mesmo em países onde a economia ainda está crescendo, que está
desenvolvendo, como é o caso do Brasil.Diante do uso das Centrais
Hidroelétricas, do etanol e dos baixos níveis relativos do consumo de energia,
o Brasil ainda tem uma posição confortável em comparação com o resto do mundo,
mas isso não o exime da responsabilidade de contribuir, mesmo que aos poucos,
utilizando tecnologias modernas e modelos de economia de energia. Nada impede
que o uso de tecnologias modernas e eficientes sejam introduzidas no processo
de desenvolvimento de um país, o que pode,inclusive, acelerar seu crescimento
social e econômico.Quase metade de toda a energia consumida no Brasil é gerada
por fontes renováveis, como biocombustíveis e energia hidrelétrica.
De
acordo com o BEN - Balanço Energético Nacional de 2011, a oferta interna de
energia no país foi de 268.754 milhões de toneladas equivalentes de petróleo
(TEP). Desse total, 122.329 milhões TOE, ou o equivalente a aproximadamente 45%
da oferta total, foram de fontes de energias renováveis, o que faz do Brasil o
maior consumidor de energia limpa do planeta.No Brasil os benefícios do uso de
fontes renováveis de energia foram definidos na Rio + 10.São exemplos destes
benefícios o aumento da diversidade da oferta de energia, garantindo a sustentabilidade
na geração de energia a longo prazo, redução das emissões de gases
poluentes,criação de oportunidades de emprego, especialmente nas áreas rurais,
já que proporciona chances de fabricação local de tecnologia de energia e não
requerem importação.
Além
de resolver problemas ambientais, pois promove a redução no desmatamento, o uso
de energias renováveis no Brasil ajuda no combate à pobreza, na medida em que
aumenta o acesso à água potável, reduz o tempo em que mulheres e crianças levam
na execução de atividades essenciais. Além disso, ter energia em casa facilita
o acesso à educação e aumenta o nível de segurança, permitindo a utilização de
meios e energias renováveis também ajudar na redução do desmatamento, grande
problema no país.
Especialistas
na área de energia afirmam que o Brasil tem uma situação privilegiada, comum a
média anual de 280 dias de sol, permitindo um retorno garantido sobre o
investimento tão rapidamente quanto maior for a necessidade do uso desta fonte
de energia nas construções.No entanto, apesar das facilidades que a natureza
oferece ao Brasil, a geração de energia elétrica a partir da fonte solar ainda
requer um alto investimento e, por isso, o País utiliza-se essencialmente das
pequenas centrais hidrelétricas, uma vez que trata-se de um dos países mais ricos
do mundo em recursos hídricos. Mas, no campo de aplicações térmicas que oferecem
alta energia, como aquecimento de água, a energia solar é muito aproveitada.No
Brasil, a competência para legislar sobre a matéria é da Câmara Municipal, ou
seja, cada cidade, com base no Estatuto da Cidade (instrumento de política
nacional), faz o seu Plano de Desenvolvimento Urbano (instrumento de política
municipal).
O
Estatuto da Cidade, instituído pela Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal estabelecendo
“normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade
urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem
como do equilíbrio ambiental”, dispõe o seguinte:
Art.
39. “A propriedade
urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no plano diretor,assegurando o atendimento das
necessidades dos cidadãos quanto à qualidade devida, à justiça social e ao
desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas
no art. 2º desta Lei.Art. 40.”
O
plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política
de desenvolvimento e expansão urbana.(...).
A Lei
Federal nº 10.295, de 17 de outubro de
2001, que dispõe sobre a Política Nacional de Conservação
e Uso Racional de Energia e dá outras providências,
estabelece em seus artigos 1º e 2º, que “a Política Nacional de Conservação e Uso
Racional de Energia visa a alocação
eficiente de recursos energéticos e a preservação do meio
ambiente” e que “o Poder Executivo estabelecerá níveis máximos de consumo específico de energia, ou mínimos de
eficiência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia
fabricados ou comercializados no País, com base em indicadores
técnicos pertinentes”.
Assim,
o Poder Executivo Municipal, através do Plano Diretor, deverá desenvolver mecanismos
que promovam a eficiência energética nos edifícios construídos no País, nos
termos do artigo 4º da supracitada Lei Federal.A nível nacional, existem
programas que incentivam os construtores e fabricantes de máquinas que exerçam
suas funções de maneira eficiente, ou seja, existem sistemas que analisam o produto
ou construção que recebe o certificado de que é energeticamente eficiente e
respeitam os níveis mínimos e máximos de consumo específico estabelecidos na
legislação.Por exemplo, o CONPET que é o Programa Nacional de Racionalização do
Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural - vinculado ao Ministério das
Minas e Energia ou selo PROCEL – Programa Nacional de Conservação de
Energia Elétrica.
Esses
selos premiam os melhores equipamentos de cada categoria.No que tange aos
mecanismos de promoção da eficiência energética nos edifícios, existem grupos
técnicos de especialistas que adotam procedimentos para avaliação da eficiência
energética dos edifícios: os indicadores técnicos de referência do consumo de
energia para o edifício e os requisitos técnicos para a construção de projetos
de modo a cumprir os indicadores listados na Lei.Assim, vê-se que economizar
energia representa usar de maneira racional as suas fontes naturais e isso
significa muito mais do que um status, mas
uma necessidade real e isso é responsabilidade de todas as comunidades em todos
os países do mundo, sejam eles desenvolvidos,subdesenvolvidos ou em vias de
desenvolvimento, cada um à sua medida.
Outro
instrumento de fomento à utilização de fontes renováveis de energia que merece destaque
é o IBPSA – International Building Performance Simulation Association (Associação Nacional para a Simulação de Desempenho de Edifícios) que,
de acordo com seu site oficial pretende reunir pesquisadores, engenheiros e
arquitetos envolvidos na implementação e desenvolvimento de modelos de
simulação para melhorar os edifícios desde o ponto de vista do design à
construção, manutenção de edifícios existentes e a operação dos novos.
A
questão já despertou o interesse de muitos desses países, inclusive do Brasil
que,lentamente, busca o seu lugar na lista dos que contribuem de maneira
significativa para o uso de fontes renováveis de energia e está se tornando
cada mais eficiente neste sentido, absorvendo de maneira séria a idéia de
caminhar sempre rumo ao desenvolvimento de uma forma sustentável.A eficiência
energética é uma atividade que busca otimizar o uso de fontes de energia, isso é,
minimizar o máximo possível as perdas de energia quando da conversão de energia
primária em energia útil.Assim, resta clara a relação entre a energia
renovável, eficiência energética e a importância da indústria da construção
civil adotar novas (limpas) tecnologias, longe dos modelos mais convencionais
que costumam provocar altos níveis de desperdícios, a fim de economizar energia
e aproveitá-la da forma mais razoável e eficiente possível.
Ficou
esclarecida, ainda, a importância da mudança nos costumes das pessoas no
sentido de criar a consciência de que o bem-estar e níveis de conforto, seja
térmico, acústico ou de iluminação depende diretamente de altos custos e
consumo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, aliás,economia de energia,
além de representar um enorme benefício ao meio ambiente e seus recursos naturais,
também, significa economia financeira, seja a curto ou a longo prazo.Deste
modo, o consumidor deve ser convencido de que a preservação do meio ambiente
gera também benefícios para si próprio, ainda que o investimento seja,
eventualmente, um pouco maior no primeiro momento, mas vale a pena, não só pela
natureza, mas pela certeza do retorno econômico.
3
OS EDIFÍCIOS VERDES – “GREEN
BUILDING”
Antes de começar a falar do Green
Building, é importante saber o que é o USGBC – United States
Green Building Council. Segundo a página oficial do USGBC, trata-se de uma
organização sem fins lucrativos comprometida com a ampliação de práticas de
construção sustentável. Está composta por mais de15.000 organizações de toda a
indústria de construção que trabalham para avançar em estruturas ambientalmente
responsáveis, rentáveis e saudáveis, ou seja, bons lugares para viver e
trabalhar.
Entre seus membros estão os proprietários
da obra e os usuários finais, corretores imobiliários, responsáveis de
instalações, arquitetos, desenhistas, engenheiros, produtores,fabricantes,
órgãos governamentais e órgãos sem fins lucrativos. Através de seus princípios,
busca esclarecer e fortalecer um sadio e dinâmico equilíbrioentre o meio
ambiente social e a prosperidade econômica, criar e restaurar a harmonia entre
as atividades humanas e os sistemas naturais, utilizar a ciência e a tecnologia
para garantir a saúde do Planeta, seus ecossistemas e espécies, além de adotar
decisões democráticas com o objetivo de construir um entendimento e compromisso
simultâneos por um bem comum ainda maior.Além do mais, o USGBC investe muito em
programas de incentivo às construções sustentáveis, por exemplo, o
LEED – Leadership in Energy and Environmental Design que será detalhado mais adiante, ou
programas de educação e incentivo a novos construtores para os edifícios
verdes.
Os Green
buildings, ou construções sustentáveis, ou edifícios verdes, são construções
nas quais foram aplicadas medidas construtivas e procedimentais que buscam o
aumento da sua eficiência no uso dos recursos com o fim de reduzir os impactos
ambientais.De acordo com os critérios do USGBC isto é feito através de um
processo que inclui o ciclo de vida completo das edificações, ou seja, a área
escolhida para sua localização, o projeto, a obra em si, a operação e
manutenção, remoção de resíduos, remoção ou renovação do prédio no final da sua
vida útil.
Assim, para que a construção seja cada
vez mais energeticamente eficiente, é importante concentrar-se não só no
edifício individualmente, mas em todo seu entorno, onde está situado, sua interação
com o que está ao redor, o solo, o clima do lugar, etc.Os mais variados estudos
e pesquisas já afirmam que são critérios importantes para a classificação de um
empreendimento como GREEN BUILDING, o uso racional de recursos como a água e a
utilização de fontes renováveis de energia, como a luz solar, o vento, entre
outras.Para conquistar o certificado de que é uma construção sustentável, o
empreendimento é avaliado em várias categorias como tratamento de esgoto,
reaproveitamento de água e utilização de material reciclado ou reciclável em
sua estrutura.
Além do mais, há avaliações periódicas
para assegurar que os níveis comprovados no primeiro momento se mantêm.Outro
aspecto importante que assegura a obtenção de vários pontos é a redução no
consumo de energia em prol do uso de fontes renováveis.Diante do êxito destes
modelos de construção e do interesse de muitos países do mundo,surge, em 2001,
o WGBC – World Green Building Council, entidade supranacional que
visa a ser o centro das organizações sem fins lucrativos que atuem na
transformação da indústria da construção rumo à sustentabilidade através das
atividades dos seus membros.Sua principal função é dar caráter oficial às
comunicações internacionais, ajudar os líderes da indústria no acesso aos
mercados emergentes e dar uma voz internacional às iniciativas dos edifícios
verdes.Hoje, seus membros são Brasil, Austrália, Canadá, Alemanha, Índia,
Japão, México, Nova Zelândia, Taiwan, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e
EUA. Mas não são apenas os países membros os interessados neste tema, também há
outros emergentes onde atua o WGBC, como Espanha, Portugal, Argentina, Chile,
China, Egito, Grécia, Guatemala, Hong Kong, Israel, Coréia,Nigéria, Panamá,
Filipinas, África do Sul, Vietnã, Suíça, etc.A título ilustrativo, dados
afirmam que mais da metade dos resíduos gerados provem de obras civis, de 15% a
50% aproximadamente dos recursos naturais extraídos da natureza são utilizados
por este setor, para cada tonelada de cimento produzido são emitidos 600 Kg de
CO2 na atmosfera, de 25% a 30% das emissões deste gás no Planeta provém de
obras civis.
Daí a
importância da colaboração de todos os países para concretizar a idéia de transformar
as práticas tradicionais das construções. Construir
um edifício sustentável pode ser muito mais barato do que se imagina. Ainda que
ligeiramente mais caro, cerca de 5% em comparação com os modelos tradicionais,
este tipo de construção oferece uma grande economia de mais ou menos 30%,
segundo as conclusões do primeiro relatório do programa de eficiência
energética em edifícios que o WBCSD – World Business
Council for Sustainable Development acaba de publicar.No relatório consta
que as principias razões que impedem o crescimento deste tipo de edificação são
de caráter organizacional e financeiro. A primeira barreira é a falta de
informação sobre a capacidade da equipe, seguido pela falta de preocupação com
a eficiência energética. Por último a diferença de custo que o estudo já
demonstrou ser um mito exagerado entre os executivos.
Especialistas
sugerem algumas medidas para solucionar o problema, como por exemplo,fomentar a
interatividade entre as empresas, promover o uso de fontes renováveis de
energia desde a primeira etapa até a sua execução, educar os profissionais para
uma consciência e cultura sustentáveis no setor, ou até mesmo fazer com que os
outros edifícios, não sustentáveis, pareçam antiquados.Alguns sugerem, ainda,
convencer o consumidor de que apesar de um pouco mais caro no primeiro momento,
o valor investido será amortizado com uma economia de até 30% por conta do baixo
consumo energético e que este baixo consumo beneficia o meio ambiente e que os
benefício são meio ambiente favorecem a todos de um modo geral.Deste modo, o
objetivo do Green Building é mudar a maneira tradicional de construir para uma
que seja ambiental e socialmente responsável, conscientizar os empreendedores e
os consumidores finais de que preservar o meio ambiente também significa
qualidade de vida e que os recursos naturais não são inesgotáveis.
Conselho
Empresarial Mundial pelo Desenvolvimento Sustentável. É uma associação mundial
de aproximadamente200 empresas que tratam exclusivamente do setor empresarial e
desenvolvimento sustentável. O Conselho proporciona uma plataforma para que as
empresas explorem o desenvolvimento sustentável, compartilhem
conhecimentos,experiências e melhores práticas para defender o posicionamento
do setor empresarial sobre estas questões em uma variedade de aspectos, em
colaboração com os governos, organizações governamentais e não governamentais.
São
muitos os benefícios e em vários aspectos. Aumento da eficiência com o uso responsável
de energia, consumo de água potável, geração de aterros, reutilização de
materiais,melhora no ambiente interno, maior satisfação dos usuários, redução
de problemas de saúde, maior produtividade, redução dos impactos ambientais,
alcance de maiores níveis de conforto (redução nas emissões de gases de efeito
estufa), aumento de áreas verdes e associação da marca com a sustentabilidade.
4. O CERTIFICADO LEED
Leadership
in Energy and Environmental Design - LEED é um
sistema desenvolvido pelo USGBC de normalização de sustentabilidade dos
edifícios verdes e planejamento urbano. De acordo com o nível da avaliação, uma
construção pode obter quatro tipos distintos de qualificação: certificado,
prata, ouro ou platino. O sistema LEED proporciona, independente de terceiros,
o atestado de que se trata de um projeto de uma verdadeira construção
ecológica, pois cumpre com os requisitos e medidas para sua execução. Todos os
projetos de certificado LEED recebem uma placa, símbolo reconhecido internacionalmente,
que demonstra que um edifício respeita o meio ambiente, é rentável e é um lugar
saudável para viver ou trabalhar. A placa fica exposta na parte de fora do
edifício. O LEED fomenta e acelera a adoção global de edifícios verdes e
práticas de desenvolvimento mediante a criação e aplicação de normas
universalmente compreendidas e aceitas, bem como as ferramentas e critérios de
rendimento.
Assim,
ao mesmo tempo em que isto se desenvolve vão surgindo novas tecnologias de
construção cada vez mais eficientes ecologicamente. Vale ressaltar que as
exigências são maiores com relação aos novos empreendimentos, pois as normas
tratam de detalhes que incluem a fase inicial da construção, como a origem do
material utilizado para levantar o edifício. Porém, os prédios antigos podem
ser transformados em Green buildings, a partir de investimentos em sua
renovação para adaptar-se aos novos modelos. Instalação de lâmpadas e aparelhos
de ar condicionado mais eficientes são exemplos de medidas que geram economia
de recursos naturais e colocam o projeto no caminho certo para conseguir o
certificado. Este tipo de edificação além de
preservar o meio ambiente proporciona uma melhor qualidade para trabalhar ou viver
e valorizam o imóvel. O certificado se refere à eficiência com a qual os
edifícios e suas áreas utilizam e aproveitam a energia, a água e os materiais e
também a redução do impacto sobre a saúde humana e meio ambiente, através da
melhor localização, desenho, construção, operação, manutenção e remoção, ou seja,
o ciclo de vida completo do edifício. Este tipo de construção certificada já
desperta interesse de construtores de diversas partes do mundo, não apenas
países desenvolvidos, mas também em desenvolvimento.
5.
GREEN BUILDING NO BRASIL
Como já foi dito, o Brasil é um dos
membros do WGBC – World Green Building Council. OGBC
Brasil – Green Building Council Brasil, criado em março de 2007,
começou suas operações em junho do mesmo ano e a partir de julho, Brasil já se
tornara membro oficial do WGBC. O GBC Brasil é uma organização sem fins
lucrativos que também visa a transformar os modos tradicionais de construção
para outros mais modernos e eficientes desde o princípio de cadeia construtiva
rumo à sustentabilidade.Sua missão é propagar os conhecimentos e através da
educação promover a formação de uma nova cultura, preparando a sociedade para
os novos conceitos de construção sustentável,facilitar a cooperação e
integração dos diversos setores da indústria da construção civil, incentivar o desenvolvimento
de tecnologias, materiais, processos e procedimentos que favoreçam as práticas sustentáveis
no setor, promover o certificado LEED e divulgar as melhores práticas de
construções sustentáveis.Os edifícios verdes, ou sustentáveis, estão começando
a ganhar espaço na construção civil brasileira, inclusive algumas empresas já
solicitaram o certificado para os edifícios aos organismos internacionais como
o USGBC.
O Green Building Council Brasil optou
por difundir no mercado o sistema de certificação LEED adaptado à realidade
brasileira. Por isso, se busca uma interpretação e adaptação deste instrumento
para o mercado nacional. Já existem alguns edifícios que possuem o certificado
LEED no Brasil e muitos projetos que o esperam.
6.
CONCLUSÕES
Este trabalho mostrou que a utilização
de fontes renováveis de energia, que não emitem CO² na atmosfera, contribui
para mitigar o aquecimento global, sendo necessário para isso algumas mudanças
nos padrões atuais de produção e consumo, sobretudo criando a consciência de
que é possível reduzir os consumos energéticos mantendo o conforto e a
produtividade das atividades dependentes de energia.A mudança climática é um
fato que ameaça a saúde da vida no Planeta Terra. É o resultado de uma complexa
relação entre economia, energia, tecnologia, sociedade e seu impacto sobre o meio
ambiente.No consumo, a utilização racional da energia consiste num conjunto de
ações e medidas que visam sua melhor utilização, fator importante de economia
energética e redução de custos, tanto no setor doméstico como no setor de
serviços e industrial.Tendo em vista que aproximadamente 40% da energia
primária consumida no mundo inteiro provém do setor da construção civil,
conclui-se os edifícios podem contribuir muito para a redução do consumo de
energia e, portanto, das emissões de gases de efeito estufa e logo para as
mudanças climáticas.Assim, a produção e o consumo de energia provocam grande
impacto ambiental, portanto os padrões atuais de consumo podem ser melhorados
por fomentar uma utilização mais eficiente da energia e a transição do uso de
combustíveis fósseis para fontes renováveis.Desde a criação do Programa de
Conservação de Energia Elétrica – PROCEL, no ano de1985, o Brasil vem
apoiando iniciativas de melhoria no uso final de energia elétrica. Muito embora
ainda de maneira irregular, o País já conseguiu alcançar progressos e
estabelecer uma consciência política que possibilitou a manutenção de
importantes iniciativas de cunho regulatório e legislativo nos últimos anos.
A indústria da construção representa
importante papel na luta pelo desenvolvimento sustentável, mas para isso é
necessário investir em pesquisas para desenvolver e implantar novas tecnologias
energéticas, além de promover a cooperação internacional para implementar
tecnologias avançadas de energia e, certamente, conscientizar e educar todas as
pessoas sobre a necessidade de preservar os recursos naturais.
7. REFERÊNCIAS
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Federativa do Brasil de 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Acesso em 3 janeiro2012.
BRASIL. Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 – Regulamenta os artigos.
182 e 183 da Constituição Federal estabelece diretrizes gerais da política
urbana e dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
LEIS_2001/L10257.htm. Acesso em
2 janeiro 2012.
INSTITUTO BRASIL PNUMA. Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Disponível em http://www.brasilpnuma.org.br.
JANNUZZI, Gilberto de Martino. Aumentando a eficiência nos usos finais de energia no Brasil. São
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GOLDEMBERG, José; LUCON, Oswaldo. Energia e meio ambiente no Brasil. 2007. Disponível em www.scielo.br/pdf/ea/v21n59/a02v2159.pdf.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O
DESENVOLVIMENTO. Disponível em http://www.pnud.org.br/home/.