quinta-feira, 7 de março de 2013

ARQUITETURA E SUSTENTABILIDADE - PARTE 2


Blog “Gestão e Negócios Sustentáveis”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.


7- Modelo de Residência sustentável para o sul do Brasil

Neste projeto buscou-se atingir um nível adequado de conforto térmico tanto no verão quanto no inverno tendo em vista o tipo climático da região sul, caracterizado por invernos moderados e verões quentes e úmidos.


O partido do projeto foi separar as áreas ocupadas mais a noite das ocupadas durante o dia e assim obter uma maior vantagem da orientação solar. Além disso, para obtenção de estratégias passivas de resfriamento e aquecimento, foi utilizado o programa do LABEEE (Laboratório de Eficiência Energética dos Edifícios), baseado no método de Watson e no método do LAB (1983).



O projeto é adaptável através de elementos móveis, podendo mudar sua configuração com a interação do usuário, de modo que no inverno ela é mais compacta e no verão a relação com o exterior é maior. Possui brises móveis que permitem o controle da radiação solar e os níveis de iluminação natural.


A massa térmica é aplicada através de paredes de tijolo furado e pedra, também através de laje de concreto e piso cerâmico. A ventilação acontece através das janelas e portas encontradas na altura do usuário e o resfriamento através de superfícies da área externa (piscina e teto-jardim) e no interior da residência (espelho d’água). Para proporcionar ganhos de calor no inverno e liberar no verão, foram projetadas em quartos e salas placas móveis de madeira recheadas com isolante.


8- Casa Madrigal (Espanha)

Projetada pelos arquitetos Javier Bernalte e Jose Luis Leon em 2002; localizada na cidade Real, sobre um antigo solar de esquina de pequenas dimensões; constitui-se em duas casas independentes construída para dois irmãos.


O projeto foi criado a partir de uma unidade residencial nova sobreposta a uma outra já existente em decorrência das condicionantes tais como: grande programa, questões urbanísticas citadas, diferentes alinhamentos da casa existente, pequeno tamanho da casa existente; e por outros fatores.
Os mecanismos de confortos aplicados como a iluminação artificial, climatização, ventilação natural e proteções solares, são controlados domoticamente  para cada estação do ano, permitindo também o acesso manual.

9- Casa Autônoma (Brasília)

Elaborada pelo arquiteto Mário Viggiano, o projeto reúne princípios da “Arquitetura Sustentável” dispondo de soluções tanto vernáculas quanto tecnológicas para problemas relacionados a ela e ao impacto na cidade e no meio ambiente.
  Nela é pensado desde a localização do sítio, aos tipos de materiais apropriados, orientação da edificação em relação à ventilação e insolação, impacto ambiental, vegetação, aspectos culturais e outros; baseados nos pressupostos da Arquitetura Bioclimática fundamentais ao programa, onde o conforto ambiental é tratado como uma das prioridades.

Em relação ao projeto energético, considera essenciais os princípios de eficiência energética, devido, principalmente, à redução do consumo de energia e a geração desta por tecnologias alternativas em nível urbano, visando à economia doméstica e o planejamento do sistema energético global. Faz uso da otimização da iluminação natural, geração de energia eólica, controle luminotécnico, autonomia de nobreak, sistema autônomo de bloqueio de circuitos, etc. Uma das vantagens é a diminuição dos gastos de energia elétrica, por mecanismos como o tradicional sistema de aquecimento solar da água. 
Quanto a climatização, se dá prioritariamente por meios naturais, como ventilação cruzada em toda a residência, utilização de espelhos d'água, controle da insolação incidente através de persianas retráteis, aberturas superiores para a saída do ar quente, proteção térmica dos telhados, orientação da edificação em relação a insolação e aos ventos, utilização de beirais verdes com vegetação e outros.
Faz uso ainda, da captação das águas pluviais, que pode propiciar economia ao proprietário e ajudar na melhoria do fornecimento de água potável – e conseqüentemente atenuar o problema de enchentes nos centros urbanos.


10- Residenciais Gênesis I e II

Localizados em Santana de Parnaíba (na grande São Paulo), é o primeiro empreendimento de desenvolvimento urbano do Brasil, em que se considerou os princípios da sustentabilidade. De acordo com alguns destes, o projeto consiste na concepção e implantação de lotes residenciais fechados, de alto padrão; no qual a prática do desenvolvimento sustentável - com preservação de matas nativas, reflorestamento de áreas degradadas, programas comunitários de ensino ambiental, infra-estrutura tecnológica de última geração, instalações subterrâneas de rede elétrica, telefonia e iluminação pública, sistema de vigilância e monitoramento - foi considerada.

De acordo com os empreendedores, no projeto dos Residenciais Gênesis I e II, levou-se em conta os seguintes objetivos:

·       Atender a crescente demanda por qualidade de vida de uma camada da população de maior poder aquisitivo e, ao mesmo tempo, oferecer o retorno adequado ao empreendedor, garantindo, assim, a sustentabilidade econômica;
·       Preservar e, se possível, melhorar o meio ambiente das regiões onde são implantados, desenvolvendo consciência e conhecimento ecológico, pelo exemplo e pela educação, garantindo desta forma, a sustentabilidade ambiental;
·       Oferecer novos postos de trabalho à classe trabalhadora, não somente durante a fase de obras, mas também após a entrega dos empreendimentos, quando novos postos permanentes de serviços na administração dos residenciais são abertos, contribuindo, ainda que de forma restrita, para a sustentabilidade social;
·       Proporcionar ganhos sociais para as comunidades adjacentes aos empreendimentos, não só oferecendo-lhes novas oportunidades de trabalho, mas criando incentivos à sua organização e formação para que estas encontrem a solução dos problemas relativos à sua própria sustentabilidade.





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