quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A relevância da Contabilidade para a Gestão de Negócios


Blog “Gestão e Negócios Sustentáveis”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.

Autoria:
Paulo Henrique Teixeira. Contabilista e autor de diversas obras tributárias e contábeis, entre as quais: Blindagem Contábil e Fiscal, Defesa do Contribuinte, Manual de Auditoria Tributária , Auditoria Contábil e Gestão Tributária Empresarial.


A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA CONTABILIDADE


Muitas são as formas em que as empresas, seus sócios e administradores podem ser condenados por leis comerciais, civis e penais pelo fato de não manter em ordem sua Contabilidade.
 Seja pelo motivo de não levar a sério a documentação relativa à transação operacional, fazer negócios fora do objeto social, misturar ou confundir bens particulares do sócio e da empresa, cometer desvios, ou até mesmo, efetuar contratação de um profissional despreparado.
 A Contabilidade é a alma da empresa, nela ficam registrados todos os atos e fatos. Se os atos do administrador são corretos: documentação adequada, transações negociais dentro do objeto da empresa, o reflexo é imediato: a Contabilidade é transparente. Caso contrário pode ser utilizada para incriminar a empresa, sócios, administradores e contador que foram relapsos e desleixados.
 No Brasil, principalmente nas médias e pequenas empresas, há o vício dos administradores não se preocuparem com a Contabilidade: “a Contabilidade é que se vire”. Essa atitude custa caro: crime fiscal, indisponibilidade dos bens dos sócios e administradores, pesadas multas, tributos, ingerência, concordata, falência, etc.
 É mister aos empresários e contadores conhecerem a definição de crimes, fraudes, dolos, erros, simulações, arbitramentos fiscais, distribuição de lucros, responsabilidade; meios e privilégios de manter a escrita contábil saudável, como prova a favor da empresa nos mais variados embates em que estão sujeitos.
 Assim, também, um enfoque da importância da Auditoria como complemento da Contabilidade nas suas mais variadas áreas.

CONCILIAÇÃO CONTÁBIL – CONTABILIDADE SEM INCORREÇÕES PARA EVITAR FRAUDES

Não basta que o Contador apenas evite os procedimentos viciosos para não se configurar fraude. Deverá, também, manter em ordem a Contabilidade da empresa e para isso deverá conciliar a Contabilidade com os documentos e os diversos relatórios dos demais setores que dão suporte aos lançamentos contábeis, bem assim elaborar planilhas, relatórios e  composição dos saldos da contas contábeis, isto é, planilhas auxiliares que comprovem a correção dos saldos existentes na contabilidade.
 Exemplo: Planilha de empréstimos bancários com os respectivos juros e atualizações, os quais estão em conformidade com a Contabilidade. O objetivo é que as Demonstrações Contábeis espelhem a realidade da empresa dentro dos Princípios, Convenções e Postulados Contábeis (Resolução CFC nº 750 de 29 de dezembro de 1993).
 O Contabilista, por sua vez, deve ter ciência dos saldos existentes no Balancete ou no Balanço Patrimonial. Como vimos, a certeza de que os saldos contábeis estão corretos está na empresa e quanto mais houver o confronto dos relatórios de cada setor com a Contabilidade, maior será a precisão das informações contidas no Balanço Contábil da empresa.
 Dessa forma, podemos dizer que a Contabilidade espelha realidade da empresa desobrigando os sócios, os administradores e o próprio contador de responderem com seus bens pessoais em questionamentos tributários, civis, comerciais, penais e criminais, provando que os mesmos não agiram de forma enganosa, lesiva ou com abuso de poderes perante  terceiros.

A RELEVÂNCIA DA CONTABILIDADE DE GESTÃO


Os gestores necessitam de conhecer os custos, proveitos e resultados associados aos diversos objectivos que a empresa prossegue. Produzir ou vender determinado produto, entregar uma mercadoria, fazer funcionar determinado departamento constituem exemplos desses objectivos prosseguidos pela empresa.
Salienta-se que esta necessidade de informação não é exclusiva das empresas, sendo também visível na gestão de outras organizações, tais como fundações, associações profissionais, instituições, etc.
A Contabilidade Financeira apura essas grandezas (custos, proveitos e resultados) de uma forma global, ou seja, relativamente ao conjunto da organização, pelo que não satisfaz a necessidade de informação detalhada acerca dos custos, proveitos e resultados associados a cada objectivo da organização.
Assim, é á Contabilidade de Gestão que compete fornecer essa informação, pelo que esta constitui um sub-sistema de informação que visa mensurar e analisar os custos, proveitos e resultaodos inerentes aos diversos objectivos.
Para tal, a contabilidade analítica usa um conjunto de conceitos,métodos, procedimentos e processos de contabilização. O Objeto da Contabilidade de gestão são os custos, proveitos e resultados das organizações, os quais determina e analisa, não de uma forma global, mas sim de forma analítica e de acordo com as necessidades da gestão da organização.
É de salientar que embora tenha sido nas empresas industriais que a contabilidade analítica mais se desenvolveu (para apurar os custos dos produtos fabricados), a informação por si prestada é igualmente necessária à gestão de qualquer empresa (comercial, de serviços, etc) e outras organizações.

 

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA NÃO CONTADORES


Antes de explorarmos esta questão será importante, senão essencial, definir o que é a contabilidade. De acordo com o dicionário Porto Editora “contabilidade é a técnica do cálculo e do registo das operações comerciais ou financeiras realizadas por uma pessoa, sociedade, empresa ou repartição do Estado". Suas quatro funções são: registro, controle, avaliação e previsão. Por isso, tem como finalidade fornecer informações relevantes sobre o patrimônio (composição e variações) de uma determinada pessoa ou entidade. Essas informações são seu interesse, pois lhe permite obter um conhecimento realista da sua situação económica e financeira e tomar decisões com base em dados objetivos.
De acordo com o dicionário Porto Editora “contabilidade é a técnica do cálculo e do registo das operações comerciais ou financeiras realizadas por uma pessoa, sociedade, empresa ou repartição do Estado".Suas quatro funções são: registro, controle, avaliação e previsão.Por isso, tem como finalidade fornecer informações relevantes sobre o patrimônio (composição e variações) de uma determinada pessoa ou entidade. Essas informações são do interesse de contabilistas, administradores, empresários, acionistas, governo, bancos, fornecedores e consumidores, pois lhes permite obter um conhecimento realista da sua situação econômica e financeira e tomar decisões com base em dados objetivos.
A contabilidade nasceu destinada a auxiliar o comerciante (o conceito antigo do atual empresário) a controlar seu patrimônio e seus negócios. Dela extraímos informações como lucro e rentabilidade, capacidade de pagamento e recursos disponíveis, risco de terceiros e próprios, etc. Através da análise do conjunto das Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado, etc.) e das informações derivadas do processo e conhecimento contábil, conseguimos identificar e prever com boa margem de acerto o futuro da entidade analisada, encontrando acertos e desacertos do negócio, enfim, participando de forma decisiva do processo de tomada de decisões.
Ao longo do tempo, o Estado, conhecedor da contabilidade como instrumento de medição da riqueza gerada e acumulada, passou a usá-la com o intuito de arrecadação. Afinal, nela se concentram todas as informações financeiras, econômicas e patrimoniais da empresa, obtida e organizada através de um processo científico, uniforme e consistente ao longo do tempo, pois baseada em Princípios. Ora, se o Estado, com seu poder coator, utiliza a contabilidade como fonte de decisão (tributária), por que o empresário não a aproveita da melhor forma? Infelizmente, entretanto, alguns empresários acabam por se valer da sonegação como instrumento de crescimento e, certamente nestes casos, a informação contábil é prejudicada.
O processo de inflação que vivemos por quase três décadas (dos fins dos anos 60 a meados de 90), criava dificuldades na interpretação dos números contábeis. Porém, com a estabilização econômica (Plano Real), os processos de inteligência fiscal eletrônica (SPED) e os novos princípios contábeis (antes internacionais - IFRS, agora nacionais - Lei 11.638/07), vêm alterando esta realidade da cultura brasileira e fazendo com que a informação contábil volte ao centro da tomada de decisão.
A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis – estabelece todos os procedimentos e princípios necessários para a correta execuçãodos trabalhos contábeis. Esses princípios introduzem conceitos e procedimentos que são obrigatoriamente seguidos pelos profissionais da contabilidade, o que assegura a comparabilidade, relevância, confiabilidade, etc. da informação.As Demonstrações Contábeis tem um formato padronizado definido pela Lei das Sociedades por Ações e complementada através de Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade.

Corolários: a contabilidade é a ciência que estuda analiticamente, sistematizando e interpretando registros dos eventos contábeis mormente de organizações empresariais e estatais, a fim de diagnosticá-la e servir como alicerce da elaboração e implantação das estratégias administrativas. Outrossim, a contabilidade e o Plano de Negócios são as duas principais ferramentas necessárias para uma administração eficaz.

O PAPEL DA CONTABILIDADE NA GESTÃO DE NEGÓCIOS

RESUMO

Atualmente, em virtude da grande competitividade entre as empresas, e na enorme concorrência traçada por elas, o mundo corporativo vem exigindo da administração das empresas uma excelente performance, ou seja, a administração que não conseguir extrair os dados necessários de seus departamentos, dificilmente conseguirá resultados satisfatórios e conseqüentemente estão sujeitos ao fracasso. Nas últimas décadas, o cenário econômico passou por grandes evoluções e a contabilidade, para adequar as necessidades exigidas, vem sofrendo diversas e significativas mudanças, para cada dia mais auxiliar o gestor na tomada de decisão, através de melhorias na parte operacional e também nos planejamentos tributários, a fim de melhorar o resultado da empresa com a diminuição da carga tributária. Estes resultados esperados somente serão possíveis com a colaboração de todas as áreas da empresa, pois, cada departamento é responsável por uma informação que será depositada no departamento contábil.

1. INTRODUÇÃO

Com a acirrada competitividade entre as empresas, os administradores ou gestores precisam estar cada vez mais atentos com as informações que os departamentos internos e externos das empresas fornecem, porque precisam antes de qualquer decisão ter confiança de que as informações estão corretas ou na pior das hipóteses, mais próxima da realidade. Durante as últimas décadas, a contabilidade vem passando por diversas e significativas mudanças no intuito de encontrar um padrão de apresentação de relatórios e demonstrações financeiras que atendam a todos os segmentos e mercados. Sabe-se que no mundo corporativo a informação é um dos itens mais valiosos.
Numa primeira estância toda organização utiliza a combinação de várias informações para definir, por exemplo, área de atuação, característica de produto, quantidade a ser produzida, metas a serem atingidas e público-alvo. As informações a respeito do segmento de negócio das organizações são ferramentas indispensáveis para um real posicionamento no mercado, além de diagnosticar como andam as vendas, como se encontra o caixa, qual é a carga tributária, quais os custos fixos e variáveis, quais os gastos que podem ser reduzidos ou até eliminados, e a partir destes dados tomar as decisões necessárias para a contínua melhoria dos processos. O poder da informação é algo inquestionável.
Os profissionais da área de contabilidade estão sendo mais valorizados em virtude do grau de conhecimento que são exigidos para exercer a função e a cada dia vem sendo necessário atualização para o bom desempenho na gestão da empresa. Suas informações prestadas estão indo de encontro com a necessidade da gestão em planejamento, qualidade de informação, enfim, todos os fatos ocorridos passam pelo departamento contábil e quem souber extraí-las terá uma enorme fonte informações.
O novo ritmo da economia mundial requer das organizações um conhecimento para coletar, trabalhar, interpretar e gerenciar os recursos baseados nas informações extraídas de todos os departamentos e conseqüentemente, vem sendo fundamental a busca por uma posição melhor no mercado em relação aos seus concorrentes.
Em contrapartida a comunicação empresarial deve fundamentar-se na clareza e na simplicidade para alcançar a compreensão dos colaboradores, porque todos têm que ter o mesmo propósito para então tentar atingir o mesmo objetivo. Nessa fase é de suma importância o papel dos líderes para expor aos demais funcionários o objetivo que a empresa pretende atingir e a importância do comprometimento com a missão da empresa.
Segundo Iudícibus (1993, p.15) “A Contabilidade Gerencial também se vale em suas aplicações de outros campos de conhecimento não circunscritos à Contabilidade.”. Reconhecendo assim que, o desenvolvimento das áreas tecnológicas como a informática, a logística, os recursos-humanos entre outras, aliados aos conhecimentos sociais, forneceram meios para que a Contabilidade utilize-se de técnicas, informações e relatórios feitos sob medida para favorecer as necessidades gerenciais dos administradores.
Além disto, as informações decorrentes da Contabilidade, não se restringem apenas aos limites das empresas, mas também a outros segmentos de usuários, com por exemplo investidores, fornecedores, bancos, governos, sindicatos, funcionários, entre outros interessados, porque são notadas e avaliadas também para posicionamento e decisões destes na rotina de seu dia a dia.
Segundo Nasi (1994, p.5), para não perder espaço para outros profissionais: “ O contador deve estar no centro, na liderança do processo, pois do contrário, seu lugar vai ser ocupado por outro profissional. O contador deve saber comunicar-se com outras áreas da empresa. Para tanto não pode ficar com os conhecimentos restritos aos temas contábeis e fiscais, inteirando-se do que aconteça ao seu redor, na sua comunidade, no seu Estado, no seu país, no mundo. O contador deve ter um comportamento ético - profissional inquestionável. O contador deve participar de eventos destinados à sua permanente atualização profissional (educação continuada).”
Pode-se dizer que ambos: contador e administrador fazem parte de um trabalho em conjunto onde, o trabalho do administrador depende do trabalho do contador, porque o contador gera todas as informações necessárias para o planejamento da empresa, visando a melhoria contínua de seus resultados e negócios. A contabilidade permite apoiar as decisões de planejamento, organização, coordenação e controle, além da ação corretiva, dentro de uma organização, o que permite uma maior competitividade. Quanto mais os administradores souberem sobre contabilidade, mais estarão capacitados para tomarem decisões de planejamento e controle dentro de uma organização. Podemos concluir que: a formação profissional de nossa área de atuação será o eixo de equilíbrio entre a ação e o conhecimento sobre esta ação.

2. METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi feita através de levantamento bibliográfico, artigos publicados e estudo de caso real. Através dos vários estudos realizados, está claro que a função e o desafio dos profissionais da área contábil, deixaram de ser nos últimos anos apenas narrativos e se transformaram na necessidade de atender aos seus diversos segmentos de usuários com suas diversidades e necessidades de informações, para o eficaz gerenciamento das suas atividades e ao mesmo tempo, atendimentos nos diversos órgãos governamentais.
O contador no seu dia a dia vem se deparando com inúmeras mudanças de diversas fontes:

• Governo no que se refere à legislação tributária;
• Instituições financeiras quando a empresa precisar recorrer a fonte externa de financiamentos ou empréstimos, etc...

O responsável pelo departamento contábil (contador gerencial), realmente assume e tem que entender as noções de risco, incerteza, custo de oportunidade, e com isto, entra no pricing de produtos e serviços munidos de um ferramental mais poderoso de análise econômico-financeira, por isto é que hoje em dia já pode ser considerado como “braço direito” dos administradores no processo de tomada de decisão.

3. ESTUDO DE CASO

Para analisar todo o contexto de reflexão da abordagem anterior, utilizarei como referencial a empresa onde atualmente trabalho, Metalúrgica de médio porte que devido a nossa situação financeira, necessitou de uma contratação de uma consultoria especializada em recuperar empresas com péssima situação financeira. Estou participando ativamente desse projeto de recuperação desde janeiro de 2.010 e, vale lembrar que embora tenhamos contratado esta consultoria somente este ano, nossa situação esta ruim desde meados de outubro de 2.008, quando ocorreu a crise mundial e também em virtude da má administração que tínhamos.
O trabalho da consultoria no primeiro momento consiste em colher dados e informações da empresa e então, aceitar ou não o projeto de recuperação. Ela precisa fazer uma análise antes de entrar no projeto, porque cada trabalho realizado é o cartão de visita para os futuros projetos que a consultoria venha querer administrar, ou seja, a cada empresa recuperada é um ponto positivo na apresentação dela para as demais empresas com dificuldade.
Foi feito o levantamento de informações em dezembro de 2.009 e a consultoria enxergou a ótima viabilidade da recuperação porque, embora ela estivesse em má situação foi detectado que estava bem melhor do que diversos contratos aceitos anteriormente e que tiveram um êxito no projeto. Além do que, o cenário econômico do segmento da empresa (condutores elétricos) era favorável para o ano de 2.010 em diante.
Antes da consultoria iniciar qualquer trabalho de recuperação judicial, é preciso entender os procedimentos internos para se certificar que as demonstrações que a empresa irá entregar estão correspondendo à realidade e também para conhecer o ramo de atuação, porque para gerenciar um negócio é muito importante entender o segmento de atuação para maior facilidade nas análises das demonstrações financeiras dos concorrentes e para nos auxiliar na hora de projetar nossos resultados futuros.
Paralelamente a estes estudos, também precisamos escutar os funcionários de todos os departamentos e conscientizá-los de que para a empresa sair da situação do vermelho, precisará contar com todos os departamentos para atingirmos o resultado esperado.
No momento em que começaram a auditar os relatórios apresentados, perceberam que não estavam condizendo com a realidade da empresa, ou seja, diversos relatórios oriundos da contabilidade não existiam e se os poucos que existiam não estavam preparados corretamente de acordo com as normas contábeis. Por isso, descobrimos que muitas decisões tomadas eram com base nos fatos históricos e não com base nos demonstrativos contábeis e financeiros, porque os mesmo se encontravam com divergências perante a legislação.
Ao iniciar o projeto de recuperação da empresa a consultoria começou a ter mais contato com o departamento de contabilidade e financeiro e descobriram que estes departamentos não tinham os relatórios indispensáveis para uma boa gestão da empresa e ainda havia muita falha operacional devido os funcionários não terem muita experiência.
Desde que detectamos que o maior problema estava na falta de relatórios elaborados pela contabilidade para tomadas de decisões, começamos a enfrentar outro problema que era de mostrar para a alta administração que certas decisões que eles tomavam estavam colaborando para o péssimo resultado da empresa, porque eles tomavam decisões com bases no passado e no passado não existiu a crise mundial que freou todos os contratos que tínhamos firmados, estávamos com nosso quadro de funcionários muito além do que a necessidade para o 1° semestre de 2.010 e começamos a tomar decisões muitas vezes contrárias ao que a alta administração gostaria.

4. RESULTADOS OBTIDOS

Após muito trabalho e revisão total dos procedimentos internos da empresa, aconteceram e ainda acontecem inúmeras reuniões a fim de se definir todos os passos, cronogramas, responsáveis, pontos focais e atividades para que cada gestor de departamento possa estar enviando a informação correta para o departamento de contabilidade, através do sistema integrado (ERP). Lembrando, todos devem estar atentos com os prazos para conclusão das atividades, porque a contabilidade estava começando a consolidar as informações passadas pelos departamentos e elaborando os devidos relatórios que a administração passou a utilizar para a gestão da empresa.
A realização de muitos ajustes na contabilidade era o sinal de que a empresa estava agindo de forma incorreta no passado e o principal era que ao mesmo tempo em que se regularizava o passado, os funcionários do setor de contabilidade estavam sendo treinados para darem continuidade nos novos procedimentos adotados.
Paralelamente a este treinamento dado pela consultoria aos funcionários da contabilidade e financeiro, a alta administração da empresa esta cada dia mais preocupada com os procedimentos adotados a fim de que não tenham problemas fiscais com os órgãos governamentais. Passaram a entender que o departamento contábil precisa estar sempre atento a legislação e sempre se atualizando.
Após alguns meses de auditoria e revisão de procedimentos internos, o departamento de contabilidade já esta conseguindo elaborar alguns demonstrativos necessários para a administração da empresa. Porém, ainda não é o suficiente para uma boa gestão, mas, de acordo com os trabalhos que estão sendo feitos, muito em breve a contabilidade estará regularizada e sendo a principal fonte de informação da empresa para os sócios. Mesmo com o projeto não concluído, já conseguimos visualizar uma enorme evolução nos resultados mensais apresentados pela empresa em virtude da rapidez e qualidade das informações prestadas pelos departamentos à área contábil.
Atualmente fazemos reuniões quinzenais com a alta administração da empresa para apresentação dos demonstrativos contábeis (DRE, Balancete mensais, Fluxo de caixa orçado e real, etc). Ou seja, nestas reuniões o contador expõe o resultado atingido pela empresa (mês e acumulado) e, em conjunto com o departamento financeiro e comercial, projetam os resultados que precisam ser atingidos para que a empresa consiga obter lucros e saldar seus compromissos.
Os resultados obtidos com estas novas ferramentas de gestão acoplada aos processos já existentes na organização estão sendo favoráveis e de certa forma tranquilizantes para os sócios, porque agora eles têm números reais para discutir e todos os departamentos acabam sendo envolvidos na importância que eles tem de passar a informação rápida e correta para o departamento contábil poder consolidar a tempo de apresentar nestas reuniões quinzenais.
Embora não tenhamos concluído todo o projeto de recuperação, temos a certeza que estamos no caminho certo, porque estamos trabalhando muito alinhado com o departamento comercial, que neste momento é o departamento que irá definir o sucesso ou insucesso do projeto, em virtude de já termos conseguido estancar nossos credores atrasados e fizemos parcelamentos de todo o nosso passivo. Ou seja, precisamos atingir nossas metas de faturamento, conforme projetado no fluxo de caixa, para podermos honrar nossos compromissos assumidos na recuperação judicial.

5. CONCLUSÃO

Em todas as atividades desenvolvidas, um bom planejamento seguido de um efetivo e persistente gerenciamento, maximiza a possibilidade de se alcançar o objetivo final com sucesso. Conclui-se que a contabilidade tem evoluído juntamente com o crescimento sócio econômico global e contemporâneo, tornando-se um instrumento importante de informação e análise empresarial, fazendo com que o contador seja o principal elemento na gestão de informações qualificadas para a tomada de decisão.
Porém, a função do contador perante alguns segmentos da nossa economia, principalmente nas micros e pequenas empresas, infelizmente vem sendo distorcida e utilizada apenas com o intuito de atender as exigências fiscais. Levando em conta a realidade sócio-econômica da atualidade, sabe-se que para a sobrevivência de pequenas empresas é necessário um controle muito rigoroso de custos, no entanto para uma administração eficaz é essencial o conhecimento anterior, atual e futuro da situação patrimonial da empresa, sendo essas informações fornecidas pela contabilidade.
É necessário que haja uma maior valorização por parte do profissional da contabilidade para que seja reconhecido com um profissional altamente qualificado e capacitado a fornecer informações rápidas e precisas auxiliando a administração a alcançar o maior nível de riqueza da empresa e consequentemente dos sócios.
Finalizando, é importante lembrar que a implantação da Contabilidade Gerencial dependerá, principalmente, da vontade do empresário em passar todas as informações de sua empresa ao contador, e também a capacitação técnica do profissional em dispor de informações, analisá-las e devolvê-las de forma que o administrador possa tomar a melhor decisão ou a menos arriscada para a empresa.

REFERÊNCIAS

LEITE, Hélio de Paula. Contabilidade para administradores. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 1997.
TASSO, Carla Cristina. A importância da contabilidade na estratégia das empresas. Vitória/ES. Disponível em: http//www.Fisco soft.com.br/main_index.php?home=home-Artigos &m, maio/2005.
NASI, Antônio Carlos. A contabilidade como instrumento de informação, decisão e controle da gestão. Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, n.77, 1994.
SANTOS, Elisangela Fernandes dos. A importância da contabilidade como instrumento de apoio a gestão de micro e pequenas empresas. 2001. site contábeis. ufba.br/artigos/ artigo3.doc.
MARION, José Carlos, Contabilidade empresarial. 9. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002.
ATKINSON,Anthony A., BANKER, Rajiv D., KAPLAN, Robert S., YOUNG, S. Mark, Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23ª Ed. São Paulo: Editora Atlas, 1997
WARREN, Carl S., REEVE, James M., FESS, Philip E. Contabilidade gerencial, Pioneira Thomson learning, 2001
IUDÍCIBUIS, Sergio de. Contabilidade introdutória. 5ª. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 1998.

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