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“Gestão e Negócios Sustentáveis”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.
Disponível
em http://gestaoenegociossustentaveis.blogspot.com
Autoria:
Paulo Henrique Teixeira. Contabilista e autor de diversas obras tributárias e contábeis, entre as quais: Blindagem Contábil e Fiscal, Defesa do Contribuinte, Manual de Auditoria Tributária , Auditoria Contábil e Gestão Tributária Empresarial.
Paulo Henrique Teixeira. Contabilista e autor de diversas obras tributárias e contábeis, entre as quais: Blindagem Contábil e Fiscal, Defesa do Contribuinte, Manual de Auditoria Tributária , Auditoria Contábil e Gestão Tributária Empresarial.
A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA CONTABILIDADE
Muitas são as formas em que as empresas,
seus sócios e administradores podem ser condenados por leis comerciais, civis e
penais pelo fato de não manter em ordem sua Contabilidade.
Seja pelo motivo de não levar a
sério a documentação relativa à transação operacional, fazer negócios fora do
objeto social, misturar ou confundir bens particulares do sócio e da empresa,
cometer desvios, ou até mesmo, efetuar contratação de um profissional
despreparado.
A Contabilidade é a alma da
empresa, nela ficam registrados todos os atos e fatos. Se os atos do
administrador são corretos: documentação adequada, transações negociais dentro
do objeto da empresa, o reflexo é imediato: a Contabilidade é transparente.
Caso contrário pode ser utilizada para incriminar a empresa, sócios, administradores
e contador que foram relapsos e desleixados.
No Brasil, principalmente nas
médias e pequenas empresas, há o vício dos administradores não se preocuparem
com a Contabilidade: “a Contabilidade é que se vire”. Essa atitude custa caro:
crime fiscal, indisponibilidade dos bens dos sócios e administradores, pesadas
multas, tributos, ingerência, concordata, falência, etc.
É mister aos empresários e
contadores conhecerem a definição de crimes, fraudes, dolos, erros, simulações,
arbitramentos fiscais, distribuição de lucros, responsabilidade; meios e
privilégios de manter a escrita contábil saudável, como prova a favor da
empresa nos mais variados embates em que estão sujeitos.
Assim, também, um enfoque da
importância da Auditoria como complemento da Contabilidade nas suas mais
variadas áreas.
CONCILIAÇÃO
CONTÁBIL – CONTABILIDADE SEM INCORREÇÕES PARA EVITAR FRAUDES
Não basta que o Contador apenas evite os
procedimentos viciosos para não se configurar fraude. Deverá, também, manter em
ordem a Contabilidade da empresa e para isso deverá conciliar a Contabilidade
com os documentos e os diversos relatórios dos demais setores que dão suporte
aos lançamentos contábeis, bem assim elaborar planilhas, relatórios e
composição dos saldos da contas contábeis, isto é, planilhas auxiliares que
comprovem a correção dos saldos existentes na contabilidade.
Exemplo: Planilha de empréstimos
bancários com os respectivos juros e atualizações, os quais estão em
conformidade com a Contabilidade. O objetivo é que as Demonstrações Contábeis
espelhem a realidade da empresa dentro dos Princípios, Convenções e Postulados
Contábeis (Resolução CFC nº 750 de 29 de dezembro de 1993).
O Contabilista, por sua vez, deve
ter ciência dos saldos existentes no Balancete ou no Balanço
Patrimonial. Como vimos, a certeza de que os saldos contábeis estão
corretos está na empresa e quanto mais houver o confronto dos relatórios de
cada setor com a Contabilidade, maior será a precisão das informações contidas
no Balanço Contábil da empresa.
Dessa forma, podemos dizer que a
Contabilidade espelha realidade da empresa desobrigando os sócios, os
administradores e o próprio contador de responderem com seus bens pessoais em
questionamentos tributários, civis, comerciais, penais e criminais, provando
que os mesmos não agiram de forma enganosa, lesiva ou com abuso de poderes
perante terceiros.
A RELEVÂNCIA DA CONTABILIDADE DE GESTÃO
Os gestores necessitam de conhecer os
custos, proveitos e resultados associados aos diversos objectivos que a empresa
prossegue. Produzir ou vender determinado produto, entregar uma mercadoria,
fazer funcionar determinado departamento constituem exemplos desses objectivos
prosseguidos pela empresa.
Salienta-se que esta necessidade de
informação não é exclusiva das empresas, sendo também visível na gestão de
outras organizações, tais como fundações, associações profissionais,
instituições, etc.
A Contabilidade Financeira apura essas
grandezas (custos, proveitos e resultados) de uma forma global, ou seja,
relativamente ao conjunto da organização, pelo que não satisfaz a necessidade
de informação detalhada acerca dos custos, proveitos e resultados associados a
cada objectivo da organização.
Assim, é á Contabilidade de Gestão que compete fornecer essa informação, pelo que esta constitui um sub-sistema de informação que visa mensurar e analisar os custos, proveitos e resultaodos inerentes aos diversos objectivos.
Assim, é á Contabilidade de Gestão que compete fornecer essa informação, pelo que esta constitui um sub-sistema de informação que visa mensurar e analisar os custos, proveitos e resultaodos inerentes aos diversos objectivos.
Para tal, a contabilidade analítica usa
um conjunto de conceitos,métodos, procedimentos e processos de contabilização.
O Objeto da Contabilidade de gestão são os custos, proveitos e resultados das
organizações, os quais determina e analisa, não de uma forma global, mas sim de
forma analítica e de acordo com as necessidades da gestão da organização.
É de salientar que embora tenha sido nas
empresas industriais que a contabilidade analítica mais se desenvolveu (para
apurar os custos dos produtos fabricados), a informação por si prestada é
igualmente necessária à gestão de qualquer empresa (comercial, de serviços,
etc) e outras organizações.
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA NÃO CONTADORES
Antes de explorarmos esta questão será importante, senão
essencial, definir o que é a contabilidade. De acordo com o dicionário Porto
Editora “contabilidade é a técnica do
cálculo e do registo das operações comerciais ou financeiras realizadas por uma
pessoa, sociedade, empresa ou repartição do Estado". Suas quatro funções são: registro, controle,
avaliação e previsão. Por isso, tem como finalidade fornecer informações
relevantes sobre o patrimônio (composição e variações) de uma determinada
pessoa ou entidade. Essas informações são seu interesse, pois lhe permite obter
um conhecimento realista da sua situação económica e financeira e tomar
decisões com base em dados objetivos.
De acordo com o dicionário Porto Editora “contabilidade é a técnica do cálculo e do registo das
operações comerciais ou financeiras realizadas por uma pessoa, sociedade,
empresa ou repartição do Estado".Suas quatro funções são: registro,
controle, avaliação e previsão.Por isso, tem como finalidade fornecer informações
relevantes sobre o patrimônio (composição e variações) de uma determinada
pessoa ou entidade. Essas informações são do interesse de contabilistas,
administradores, empresários, acionistas, governo, bancos, fornecedores e
consumidores, pois lhes permite obter um conhecimento realista da sua situação
econômica e financeira e tomar decisões com base em dados objetivos.
A
contabilidade nasceu destinada a auxiliar o comerciante (o conceito antigo do
atual empresário) a controlar seu patrimônio e seus negócios. Dela extraímos
informações como lucro e rentabilidade, capacidade de pagamento e recursos
disponíveis, risco de terceiros e próprios, etc. Através da análise do conjunto
das Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado,
etc.) e das informações derivadas do processo e conhecimento contábil,
conseguimos identificar e prever com boa margem de acerto o futuro da entidade
analisada, encontrando acertos e desacertos do negócio, enfim, participando de
forma decisiva do processo de tomada de decisões.
Ao
longo do tempo, o Estado, conhecedor da contabilidade como instrumento de
medição da riqueza gerada e acumulada, passou a usá-la com o intuito de
arrecadação. Afinal, nela se concentram todas as informações financeiras,
econômicas e patrimoniais da empresa, obtida e organizada através de um
processo científico, uniforme e consistente ao longo do tempo, pois baseada em
Princípios. Ora, se o Estado, com seu poder coator, utiliza a contabilidade
como fonte de decisão (tributária), por que o empresário não a aproveita da melhor
forma? Infelizmente, entretanto, alguns empresários acabam por se valer da
sonegação como instrumento de crescimento e, certamente nestes casos, a
informação contábil é prejudicada.
O
processo de inflação que vivemos por quase três décadas (dos fins dos anos 60 a
meados de 90), criava dificuldades na interpretação dos números contábeis. Porém,
com a estabilização econômica (Plano Real), os processos de inteligência fiscal
eletrônica (SPED) e os novos princípios contábeis (antes internacionais - IFRS,
agora nacionais - Lei 11.638/07), vêm alterando esta realidade da cultura
brasileira e fazendo com que a informação contábil volte ao centro da tomada de
decisão.
A
NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para a Elaboração e
Apresentação das Demonstrações Contábeis – estabelece todos os procedimentos e
princípios necessários para a correta execuçãodos trabalhos contábeis. Esses
princípios introduzem conceitos e procedimentos que são obrigatoriamente
seguidos pelos profissionais da contabilidade, o que assegura a
comparabilidade, relevância, confiabilidade, etc. da informação.As
Demonstrações Contábeis tem um formato padronizado definido pela Lei das
Sociedades por Ações e complementada através de Resoluções do Conselho Federal
de Contabilidade.
Corolários:
a
contabilidade é a ciência que estuda analiticamente, sistematizando e
interpretando registros dos eventos contábeis mormente de organizações
empresariais e estatais, a fim de diagnosticá-la e servir como alicerce da
elaboração e implantação das estratégias administrativas. Outrossim, a
contabilidade e o Plano de Negócios são as duas principais ferramentas
necessárias para uma administração eficaz.
O PAPEL DA CONTABILIDADE NA GESTÃO DE NEGÓCIOS
RESUMO
Atualmente,
em virtude da grande competitividade entre as empresas, e na enorme
concorrência traçada por elas, o mundo corporativo vem exigindo da
administração das empresas uma excelente performance, ou seja, a administração
que não conseguir extrair os dados necessários de seus departamentos, dificilmente
conseguirá resultados satisfatórios e conseqüentemente estão sujeitos ao
fracasso. Nas últimas décadas, o cenário econômico passou por grandes evoluções
e a contabilidade, para adequar as necessidades exigidas, vem sofrendo diversas
e significativas mudanças, para cada dia mais auxiliar o gestor na tomada de
decisão, através de melhorias na parte operacional e também nos planejamentos
tributários, a fim de melhorar o resultado da empresa com a diminuição da carga
tributária. Estes resultados esperados somente serão possíveis com a
colaboração de todas as áreas da empresa, pois, cada departamento é responsável
por uma informação que será depositada no departamento contábil.
1. INTRODUÇÃO
Com
a acirrada competitividade entre as empresas, os administradores ou gestores precisam
estar cada vez mais atentos com as informações que os departamentos internos e
externos das empresas fornecem, porque precisam antes de qualquer decisão ter
confiança de que as informações estão corretas ou na pior das hipóteses, mais
próxima da realidade. Durante as últimas décadas, a contabilidade vem passando por
diversas e significativas mudanças no intuito de encontrar um padrão de apresentação
de relatórios e demonstrações financeiras que atendam a todos os segmentos e
mercados. Sabe-se que no mundo corporativo a informação é um dos itens mais
valiosos.
Numa
primeira estância toda organização utiliza a combinação de várias informações para
definir, por exemplo, área de atuação, característica de produto, quantidade a ser
produzida, metas a serem atingidas e público-alvo. As informações a respeito do
segmento de negócio das organizações são ferramentas indispensáveis para um
real posicionamento no mercado, além de diagnosticar como andam as vendas, como
se encontra o caixa, qual é a carga tributária, quais os custos fixos e
variáveis, quais os gastos que podem ser reduzidos ou até eliminados, e a
partir destes dados tomar as decisões necessárias para a contínua melhoria dos
processos. O poder da informação é algo inquestionável.
Os
profissionais da área de contabilidade estão sendo mais valorizados em virtude do
grau de conhecimento que são exigidos para exercer a função e a cada dia vem
sendo necessário atualização para o bom desempenho na gestão da empresa. Suas
informações prestadas estão indo de encontro com a necessidade da gestão em
planejamento, qualidade de informação, enfim, todos os fatos ocorridos passam pelo
departamento contábil e quem souber extraí-las terá uma enorme fonte
informações.
O
novo ritmo da economia mundial requer das organizações um conhecimento para
coletar, trabalhar, interpretar e gerenciar os recursos baseados nas
informações extraídas de todos os departamentos e conseqüentemente, vem sendo
fundamental a busca por uma posição melhor no mercado em relação aos seus
concorrentes.
Em
contrapartida a comunicação empresarial deve fundamentar-se na clareza e na
simplicidade para alcançar a compreensão dos colaboradores, porque todos têm que
ter o mesmo propósito para então tentar atingir o mesmo objetivo. Nessa fase é de
suma importância o papel dos líderes para expor aos demais funcionários o
objetivo que a empresa pretende atingir e a importância do comprometimento com
a missão da empresa.
Segundo
Iudícibus (1993, p.15) “A Contabilidade Gerencial também se vale em suas
aplicações de outros campos de conhecimento não circunscritos à Contabilidade.”.
Reconhecendo assim que, o desenvolvimento das áreas tecnológicas como a informática,
a logística, os recursos-humanos entre outras, aliados aos conhecimentos sociais,
forneceram meios para que a Contabilidade utilize-se de técnicas, informações
e relatórios feitos sob medida para favorecer as necessidades gerenciais
dos administradores.
Além
disto, as informações decorrentes da Contabilidade, não se restringem apenas
aos limites das empresas, mas também a outros segmentos de usuários, com por
exemplo investidores, fornecedores, bancos, governos, sindicatos, funcionários,
entre outros interessados, porque são notadas e avaliadas também para
posicionamento e decisões destes na rotina de seu dia a dia.
Segundo
Nasi (1994, p.5), para não perder espaço para outros profissionais: “ O
contador deve estar no centro, na liderança do processo, pois do
contrário, seu lugar vai ser ocupado por outro profissional. O contador
deve saber comunicar-se com outras áreas da empresa. Para tanto não pode
ficar com os conhecimentos restritos aos temas contábeis e fiscais,
inteirando-se do que aconteça ao seu redor, na sua comunidade, no seu
Estado, no seu país, no mundo. O contador deve ter um comportamento
ético - profissional inquestionável. O contador deve participar de
eventos destinados à sua permanente atualização profissional (educação
continuada).”
Pode-se
dizer que ambos: contador e administrador fazem parte de um trabalho em
conjunto onde, o trabalho do administrador depende do trabalho do contador, porque
o contador gera todas as informações necessárias para o planejamento da empresa,
visando a melhoria contínua de seus resultados e negócios. A contabilidade
permite apoiar as decisões de planejamento, organização, coordenação e
controle, além da ação corretiva, dentro de uma organização, o que permite uma
maior competitividade. Quanto mais os administradores souberem sobre contabilidade,
mais estarão capacitados para tomarem decisões de planejamento e controle
dentro de uma organização. Podemos concluir que: a formação profissional de
nossa área de atuação será o eixo de equilíbrio entre a ação e o conhecimento sobre
esta ação.
2. METODOLOGIA
A
metodologia utilizada foi feita através de levantamento bibliográfico, artigos publicados
e estudo de caso real. Através dos vários estudos realizados, está claro que a
função e o desafio dos profissionais da área contábil, deixaram de ser nos
últimos anos apenas narrativos e se transformaram na necessidade de atender aos
seus diversos segmentos de usuários com suas diversidades e necessidades de
informações, para o eficaz gerenciamento das suas atividades e ao mesmo tempo,
atendimentos nos diversos órgãos governamentais.
O
contador no seu dia a dia vem se deparando com inúmeras mudanças de diversas
fontes:
•
Governo no que se refere à legislação tributária;
•
Instituições financeiras quando a empresa precisar recorrer a fonte externa de
financiamentos ou empréstimos, etc...
O
responsável pelo departamento contábil (contador gerencial), realmente assume e
tem que entender as noções de risco, incerteza, custo de oportunidade, e com
isto, entra no pricing de produtos e serviços munidos de um ferramental
mais poderoso de análise econômico-financeira, por isto é que hoje em dia já
pode ser considerado como “braço direito” dos administradores no
processo de tomada de decisão.
3. ESTUDO DE
CASO
Para
analisar todo o contexto de reflexão da abordagem anterior, utilizarei como referencial
a empresa onde atualmente trabalho, Metalúrgica de médio porte que devido a
nossa situação financeira, necessitou de uma contratação de uma consultoria especializada
em recuperar empresas com péssima situação financeira. Estou participando
ativamente desse projeto de recuperação desde janeiro de 2.010 e, vale lembrar
que embora tenhamos contratado esta consultoria somente este ano, nossa situação
esta ruim desde meados de outubro de 2.008, quando ocorreu a crise mundial e
também em virtude da má administração que tínhamos.
O
trabalho da consultoria no primeiro momento consiste em colher dados e
informações da empresa e então, aceitar ou não o projeto de recuperação. Ela
precisa fazer uma análise antes de entrar no projeto, porque cada trabalho
realizado é o cartão de visita para os futuros projetos que a consultoria venha
querer administrar, ou seja, a cada empresa recuperada é um ponto positivo na
apresentação dela para as demais empresas com dificuldade.
Foi
feito o levantamento de informações em dezembro de 2.009 e a consultoria enxergou
a ótima viabilidade da recuperação porque, embora ela estivesse em má situação
foi detectado que estava bem melhor do que diversos contratos aceitos
anteriormente e que tiveram um êxito no projeto. Além do que, o cenário
econômico do segmento da empresa (condutores elétricos) era favorável para o
ano de 2.010 em diante.
Antes
da consultoria iniciar qualquer trabalho de recuperação judicial, é preciso entender
os procedimentos internos para se certificar que as demonstrações que a empresa
irá entregar estão correspondendo à realidade e também para conhecer o ramo de
atuação, porque para gerenciar um negócio é muito importante entender o segmento
de atuação para maior facilidade nas análises das demonstrações financeiras dos
concorrentes e para nos auxiliar na hora de projetar nossos resultados futuros.
Paralelamente
a estes estudos, também precisamos escutar os funcionários de todos os
departamentos e conscientizá-los de que para a empresa sair da situação do
vermelho, precisará contar com todos os departamentos para atingirmos o
resultado esperado.
No
momento em que começaram a auditar os relatórios apresentados, perceberam que
não estavam condizendo com a realidade da empresa, ou seja, diversos relatórios
oriundos da contabilidade não existiam e se os poucos que existiam não estavam
preparados corretamente de acordo com as normas contábeis. Por isso, descobrimos
que muitas decisões tomadas eram com base nos fatos históricos e não com base
nos demonstrativos contábeis e financeiros, porque os mesmo se encontravam com
divergências perante a legislação.
Ao
iniciar o projeto de recuperação da empresa a consultoria começou a ter mais
contato com o departamento de contabilidade e financeiro e descobriram que estes
departamentos não tinham os relatórios indispensáveis para uma boa gestão da
empresa e ainda havia muita falha operacional devido os funcionários não terem muita
experiência.
Desde
que detectamos que o maior problema estava na falta de relatórios elaborados pela
contabilidade para tomadas de decisões, começamos a enfrentar outro problema
que era de mostrar para a alta administração que certas decisões que eles tomavam
estavam colaborando para o péssimo resultado da empresa, porque eles tomavam
decisões com bases no passado e no passado não existiu a crise mundial que
freou todos os contratos que tínhamos firmados, estávamos com nosso quadro de
funcionários muito além do que a necessidade para o 1° semestre de 2.010 e
começamos a tomar decisões muitas vezes contrárias ao que a alta administração
gostaria.
4. RESULTADOS
OBTIDOS
Após
muito trabalho e revisão total dos procedimentos internos da empresa,
aconteceram e ainda acontecem inúmeras reuniões a fim de se definir todos os
passos, cronogramas, responsáveis, pontos focais e atividades para que cada
gestor de departamento possa estar enviando a informação correta para o
departamento de contabilidade, através do sistema integrado (ERP). Lembrando,
todos devem estar atentos com os prazos para conclusão das atividades, porque a
contabilidade estava começando a consolidar as informações passadas pelos
departamentos e elaborando os devidos relatórios que a administração passou a
utilizar para a gestão da empresa.
A
realização de muitos ajustes na contabilidade era o sinal de que a empresa estava
agindo de forma incorreta no passado e o principal era que ao mesmo tempo em
que se regularizava o passado, os funcionários do setor de contabilidade
estavam sendo treinados para darem continuidade nos novos procedimentos
adotados.
Paralelamente
a este treinamento dado pela consultoria aos funcionários da contabilidade e
financeiro, a alta administração da empresa esta cada dia mais preocupada com
os procedimentos adotados a fim de que não tenham problemas fiscais com os
órgãos governamentais. Passaram a entender que o departamento contábil precisa
estar sempre atento a legislação e sempre se atualizando.
Após
alguns meses de auditoria e revisão de procedimentos internos, o departamento de
contabilidade já esta conseguindo elaborar alguns demonstrativos necessários para
a administração da empresa. Porém, ainda não é o suficiente para uma boa
gestão, mas, de acordo com os trabalhos que estão sendo feitos, muito em breve
a contabilidade estará regularizada e sendo a principal fonte de informação da empresa
para os sócios. Mesmo com o projeto não concluído, já conseguimos visualizar uma
enorme evolução nos resultados mensais apresentados pela empresa em virtude da
rapidez e qualidade das informações prestadas pelos departamentos à área
contábil.
Atualmente
fazemos reuniões quinzenais com a alta administração da empresa para
apresentação dos demonstrativos contábeis (DRE, Balancete mensais, Fluxo de
caixa orçado e real, etc). Ou seja, nestas reuniões o contador expõe o
resultado atingido pela empresa (mês e acumulado) e, em conjunto com o
departamento financeiro e comercial, projetam os resultados que precisam ser
atingidos para que a empresa consiga obter lucros e saldar seus compromissos.
Os
resultados obtidos com estas novas ferramentas de gestão acoplada aos processos
já existentes na organização estão sendo favoráveis e de certa forma tranquilizantes
para os sócios, porque agora eles têm números reais para discutir e todos os
departamentos acabam sendo envolvidos na importância que eles tem de passar a
informação rápida e correta para o departamento contábil poder consolidar a
tempo de apresentar nestas reuniões quinzenais.
Embora
não tenhamos concluído todo o projeto de recuperação, temos a certeza que
estamos no caminho certo, porque estamos trabalhando muito alinhado com o
departamento comercial, que neste momento é o departamento que irá definir o sucesso
ou insucesso do projeto, em virtude de já termos conseguido estancar nossos credores
atrasados e fizemos parcelamentos de todo o nosso passivo. Ou seja, precisamos
atingir nossas metas de faturamento, conforme projetado no fluxo de caixa, para
podermos honrar nossos compromissos assumidos na recuperação judicial.
5. CONCLUSÃO
Em
todas as atividades desenvolvidas, um bom planejamento seguido de um efetivo e
persistente gerenciamento, maximiza a possibilidade de se alcançar o objetivo final
com sucesso. Conclui-se que a contabilidade tem evoluído juntamente com o
crescimento sócio econômico global e contemporâneo, tornando-se um instrumento
importante de informação e análise empresarial, fazendo com que o contador seja
o principal elemento na gestão de informações qualificadas para a tomada de
decisão.
Porém,
a função do contador perante alguns segmentos da nossa economia, principalmente
nas micros e pequenas empresas, infelizmente vem sendo distorcida e utilizada
apenas com o intuito de atender as exigências fiscais. Levando em conta a
realidade sócio-econômica da atualidade, sabe-se que para a sobrevivência de
pequenas empresas é necessário um controle muito rigoroso de custos, no entanto
para uma administração eficaz é essencial o conhecimento anterior, atual e
futuro da situação patrimonial da empresa, sendo essas informações fornecidas
pela contabilidade.
É
necessário que haja uma maior valorização por parte do profissional da
contabilidade para que seja reconhecido com um profissional altamente qualificado
e capacitado a fornecer informações rápidas e precisas auxiliando a
administração a alcançar o maior nível de riqueza da empresa e consequentemente
dos sócios.
Finalizando,
é importante lembrar que a implantação da Contabilidade Gerencial dependerá, principalmente,
da vontade do empresário em passar todas as informações de sua empresa ao
contador, e também a capacitação técnica do profissional em dispor de
informações, analisá-las e devolvê-las de forma que o administrador possa tomar
a melhor decisão ou a menos arriscada para a empresa.
REFERÊNCIAS
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NASI,
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SANTOS,
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da contabilidade como instrumento de apoio a gestão de micro e pequenas
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artigo3.doc.
MARION,
José Carlos, Contabilidade empresarial.
9. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002.
ATKINSON,Anthony
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FRANCO,
Hilário. Contabilidade geral.
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WARREN, Carl S., REEVE, James M., FESS, Philip E. Contabilidade gerencial, Pioneira
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IUDÍCIBUIS,
Sergio de. Contabilidade introdutória.
5ª. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 1998.
Fonte Adicional: http://www.classecontabil.com.br/site/trabalhos/ArtigoFinalMBA1.pdf
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